sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Nova técnica promete alívio para o refluxo

Um nova técnica de tratamento para o refluxo já está disponível no Brasil. Ela consiste na implantação de um dispositivo, chamado EndoStim, de forma minimamente invasiva, na região do esfíncter inferior do esôfago para a sua estimulação elétrica, a fim de corrigir problemas no seu funcionamento.
De acordo com o Prof. Dr. Richard Gurski, doutor em doenças esôfago-gástricas, esse aparelho será responsável por impedir que os alimentos e líquidos voltem em direção ao esôfago, que quando está defeituoso, produz a doença do refluxo gastroesofágico. “O tratamento estimula o esfincter a se contrair fazendo com que o refluxo não ocorra. O funcionamento é algo similar ao ao marcapasso cardíaco”, afirma.


Atualmente, o EndoStim é o único equipamento que estimula diretamente o esfincter e já possui 4 anos de acompanhamento no mundo, trazendo resultados efetivos e duradouros para quem sofre com o refluxo crônico.
“Outro ponto interessante sobre o tratamento é sua capacidade de ajuste por meio de um programador de telemetria após a cirurgia, caso persista algum sintoma. Além disso, é o único tratamento que objetiva restaurar a função do esfíncter esofágico sem mudança anatômica. Os trabalhos clínicos sobre o EndoStim demonstram que 90% dos pacientes que fizeram a implantação não tomam mais nenhuma medicação. Atualmente há 300 pacientes tratados no mundo e a expectativa é de realizar cerca de 50 procedimentos ainda esse ano no Brasil”, completa Gurski.

Caso de sucesso do EndoStim

Um dos pacientes que passou pela terapia há dois anos é o brasileiro, Sebastian Garcia. “No meu caso, passada a operação já não sentia mais nada. Tenho uma vida normal novamente, consigo comer e beber qualquer coisa e não sinto mais aquela acidez que tanto me atrapalhava. Consigo dormir bem à noite e não tomo mais nenhum medicamento. Foi uma mudança geral”, conta.


Os pacientes que estão aptos para realizar o implante são os que possuem doença de refluxo gastro-esofágico (DRGE) comprovada através de endoscopia, manometria e phmetria esofágica de 24 horas, e que tenham usado bloqueadores de secreção ácida por ao menos 6 meses com controle adequado da DRGE. Dr. Richard Gurski, afirma que os riscos são pequenos, iguais a qualquer procedimento cirúrgico feito por videocirurgia. No momento, o procedimento é feito apenas particular.


Manutenção do EndoStim
O especialista comenta que a bateria do EndoStim dura 7 anos. Para a manutenção, a única coisa que precisa ser trocada no dispositivo é o estimulador. Já o paciente segue em acompanhamento semestral com o médico para controle do resultado e ajustes que se fizerem necessários.

Onde implantar

Os tratamentos com EndoStim irão iniciar em Porto Alegre pelo Dr. Richard Gurski, médico credenciado para iniciar o método e treinar outros cirurgiões no Brasil. Os profissionais que tiverem interesse em realizar o procedimento deverão passar por treinamento com o Prof. Dr. Gurski, que acompanhará os procedimentos iniciais de cada novo cirurgião. Além disso, a EndoStim só aprovará a realização de procedimentos mediante análise de exames específicos que comprovem o refluxo. Mais informações pelo site www.endostim.com.br

*Dr. Richard Gursk é Graduado em Medicina pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Mestrado em Medicina Cirurgia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Doutorado em Medicina: Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Pós-doutorado no exterior (PDE), realizado na Universidade do Sul da Califórnia – Los Angeles.  É Chefe do Serviço de Cirurgia Digestiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, atuando no Grupo de Cirurgia do Esôfago, Estômago e Intestino.

Fonte: http://mulhercomsaude.com.br/saude-da-mulher/nova-tecnica-promete-alivio-para-o-refluxo/