terça-feira, 5 de abril de 2016

Veganismo pode salvar até 8 milhões de vidas

A dieta é mais importante do que você poderia imaginar. Calma, não estamos entrando naquela velha história de exclusão e de padronização que tanto faz mal. Mas da forma como você e boa parte do planeta se alimenta.
Uma pesquisa publicada pela Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America aponta que, ao contrário de alguns medos comuns que a desinformação pode causar, a dieta vegana pode ser muito boa para você - e, claro, para o planeta todo também.
Veganismo pode salvar até 8 milhões de vidas
Segundo o relatório divulgado pelos pesquisadores, se todas pessoas adotassem o veganismo - que exclui alimentos de origem animal, incluindo carne, ovos, leite e seus derivados -, 8,1 milhões de vidas seriam salvas até 2050. Ou seja: teríamos 8,1 milhões a menos de vítimas de doenças associadas a diabetes, obesidade, problemas cardíacos e câncer, comumente ligadas com a dieta atual.
Se o mundo adotasse o vegetarianismo, por exemplo, 7,3 milhões de mortes seriam evitadas e US$ 1,06 trilhão por ano seriam economizados globalmente.
Mas na hipótese de que as pessoas passassem a adotar uma alimentação que inclui carne, mas atende às recomendações da Organização Mundial de Saúde, 5,1 milhões de vidas acabariam poupadas. E a economia global deixaria de gastar US$ 735 bilhões ao ano.
O principal vilão é a carne vermelha. Sem o item na dieta, 51% das mortes poderiam ser evitadas, segundo a pesquisa.

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia

Bactérias intestinais podem ajudar a proteger o cérebro

Pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, descobriram que bactérias intestinais podem proteger o cérebro de danos causados por AVCs. O estudo, que foi publicado na revista Nature, pode ajudar a ciência a entender melhor o derrame cerebral, que é a segunda principal causa de morte no mundo.
"Nossa experiência mostra uma nova relação entre o cérebro e o intestino", disse Josef Anrather, um dos autores da pesquisa, em um comunicado da Universidade Cornell. "[O estudo] irá impactar a maneira como a comunidade médica encara e define o risco do acidente vascular cerebral", explica.
Bactérias intestinais podem diminuir os danos causados por um derrame
Os resultados da pesquisa foram encontrados após os cientistas induzirem um derrame isquêmico - quando um vaso sanguíneo obstruído impede o sangue de chegar ao cérebro - em dois grupos de ratos. O primeiro, que foi tratado com antibióticos, teve danos 60% menores do que o segundo grupo, que não recebeu a medicação.
Segundo os cientistas, o ambiente microbiano do intestino influenciou as células do sistema imunológico a seguirem para a meninge, o revestimento externo do cérebro, onde elas se organizaram para diminuir o impacto do AVC. Desse modo, o derrame não atingiu os ratos com força total.
"Uma das descobertas mais surpreendentes foi a de que o sistema imunológico fez os derrames menores ao orquestrar a resposta de fora do cérebro, como um maestro que não desempenha um próprio instrumento, mas instrui os outros, criando a própria música", disse Costantino Iadecola, um dos autores do estudo.
A fase de testes clínicos em seres humanos ainda não tem data para começar. Se essa relação entre bactérias e o cérebro das pessoas se mostrar verdadeira, o estudo poderá ajudar na criação de tratamentos direcionados para proteger pacientes com alto risco de sofrer um AVC ou aumentar a defesa dos indivíduos contra danos cerebrais a partir de novas dietas.
"Dietas são mais fáceis de seguir do que o uso de drogas", disse Anrather. "A dieta tem o maior efeito na composição do ambiente microbiano e uma vez que espécies benéficas são identificadas, nós poderemos abordá-las com uma intervenção dietética", finaliza.

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia