segunda-feira, 2 de maio de 2016

Esfrie os calores da menopausa

Esfrie os calores da menopausa

Um fogacho com duração de dois a três minutos pode fazer uma mulher suar cinco vezes mais do que o normal, efeito similar a pedalar por meia hora em um ritmo moderado. Mas não pense, baseado nesses dados, que os exercícios alastram os calorões no organismo feminino. Pelo contrário. Na Liverpool John Moores University, cientistas ingleses observaram o efeito de quatro meses de treino físico em 14 voluntárias na pós-menopausa. Analisando o antes e o depois - e também comparando os resultados com o de outras sete participantes que seguiram no sedentarismo -, eles notaram que a malhação reduziu bastante a frequência de fogachos. "A prática aprimora o sistema termorregulatório do corpo", resume a fisiologista Helen Jones, orientadora do trabalho.
Até por isso, mesmo quando aparecia, a onda de calor se tornou menos intensa do que no início da investigação. Traduzindo isso em números, houve uma diminuição de 9% na dilatação de vasos localizados na pele do peitoral e de 7% na do antebraço durante uma crise. Isso quer dizer que menos sangue, um líquido quente, passou por essas regiões para escaldá-las.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Dificuldade para se localizar pode ser sinal precoce de Alzheimer

Dificuldade para se localizar pode ser sinal precoce de Alzheimer

Como você se sai quando precisa visitar um lugar desconhecido sem o auxílio de um GPS? Tem dificuldade para traçar a melhor rota? Pois um estudo da Universidade Washington, nos Estados Unidos, sugere que as respostas para essas perguntas podem agilizar um eventual diagnóstico de Alzheimer. 
Para chegar a essa conclusão, eles analisaram o desempenho de 71 pessoas enquanto elas realizavam algumas tarefas dentro de um labirinto virtual. Entre elas, 42 eram clinicamente saudáveis e não tinham marcadores para a doença (moléculas que indicam maior propensão a desenvolvê-la). Outros 13 também eram saudáveis, porém, possuíam os tais marcadores. Os 16 participantes restantes, por outro lado, já demonstravam sintomas comportamentais de estágio precoce de Alzheimer.
Esses indivíduos passaram duas horas em um labirinto virtual. Daí, foram testados em relação a duas habilidades: o quão bem eles aprenderiam e seguiriam uma rota pré-definida nesse espaço, e como eles poderiam formar e usar um mapa mental do meio ambiente para chegar até determinado ponto. 
No fim das contas, as pessoas com uma predisposição ao Alzheimer enfrentaram dificuldades significativas para criar um mapa mental do ambiente. Contudo, conseguiram tranquilamente seguir uma rota predeterminada. Enquanto isso, os voluntários que já apresentavam lapsos de memória e outros problemas comportamentais associados à doença se deram mal nas duas situações – ou seja, aprender uma rota já estabelecida e também encontrar seu próprio caminho. A parcela considerada saudável e sem indícios de possível declínio cognitivo não enfrentou perrengues em nenhum dos dois momentos. 

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Exercitar-se pode driblar problemas genéticos

Exercitar-se pode driblar problemas genéticos

O destino das artérias não se restringe às determinações do código genético - e um levantamento finalista do Prêmio SAÚDE de 2015 dá uma mostra clara disso. Ancorados em um banco de dados de 1 009 adolescentes europeus, estudiosos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo puderam comparar o efeito do exercício físico frente a mutações nos genes que estimulam a constrição dos vasos. Aí veio a boa surpresa: mesmo os meninos e meninas que carregavam um DNA desfavorável exibiam níveis ideais depressão quando se mexiam de maneira vigorosa por 60 minutos ao dia (quantidade recomendada para essa fase da vida). "Eles inclusive apresentaram índices mais baixos do que sedentários sem as alterações genéticas", comenta o profissional de educação física Augusto Cesar Ferreira de Moraes, que assina o artigo. "O DNA tem um papel no surgimento da hipertensão, mas ele é menos importante do que os hábitos", conclui.
E não pense que isso se limita aos jovens. Embora manter um cotidiano ativo desde a infância traga benefícios aos montes, abandonar o marasmo quando adulto já auxilia a relaxar as artérias - e a se prevenir contra diabete, câncer...
 
A avaliação
O que foi medido na pesquisa
 
Pressão arterial
As aferições consideravam particularidades como a idade, o sexo e até a estatura.
Carga genética
Um teste completo flagrava a presença de mutações ligadas à hipertensão em três genes.
Atividade física
Para ser considerado ativo, o adolescente tinha que realizar uma hora de exercício por dia. 


Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Durante a amamentação, as mães podem tomar qualquer tipo de remédio?

Bebê Mamando

Ao longo dos nove meses, é necessário que as grávidas tenham cuidado em relação aos medicamentos. Existe ainda uma série de substâncias perigosas que podem causar malformações no feto - é o caso da cortisona, da isotretinoína e do ácido retinoico, por exemplo - e devem ser evitadas durante a gestação. Já no período da lactação, algumas drogas, dependendo do tipo e da dose, podem ser excretadas pelo leite materno. Por isso, pode ser necessária a suspensão ou o ajuste da dose (e até dos horários), para que componentes não afetem o bebê. O ácido acetil salicílico (aspirina), por exemplo, está entre os fármacos de uso criterioso durante a amamentação, ao contrário da dipirona e do paracetamol, que têm o uso compatível com essa fase - de acordo com o manual "Amamentação e Uso de Medicamentos e Outras Substâncias", disponibilizado aos profissionais de saúde pelo Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). De qualquer forma, a automedicação é sempre contraindicada. “Caso você faça uso de qualquer remédio durante a gestação ou no período da amamentação, é muito importante conversar com o seu médico para que uma avaliação correta seja feita e você receba as orientações adequadas”, esclarece Rossana Pulcineli Vieira Francisco, professora associada da disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP.


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http://mdemulher.abril.com.br/saude

Hormônios da gravidez potencializam riscos do vírus H1N1, aponta estudo

Mulher assoando o nariz e segurando guarda-chuva


O H1N1 não para de provocar estragos: até o último dia 16 de abril, o Ministério da Saúde contabilizou 1 365 casos de síndrome respiratória aguda grave provocados pelo vírus, um dos causadores da gripe. Entre os grupos de risco para a doença estão as gestantes, que devem se vacinar para se proteger da infecção. A ação do micro-organismo no corpo da grávida ainda está sendo investigada pela ciência, mas uma pesquisa recente trouxe novos - e importantes - achados sobre o comportamento do H1N1 na gestação.
O estudo, feito por especialistas brasileiros, americanos e indianos, foi publicado no periódico International Journal of Health & Allied Sciences. Os cientistas descobriram que a alteração hormonal típica da gravidez favorece a ação do vírus, levando a um agravamento do quadro gripal e propiciando outras complicações. Para chegar a essa conclusão, os estudiosos recrutaram, entre os anos de 2009 e 2010, oito grávidas com diagnóstico de gripe causada pelo H1N1, oito gestantes que não contavam com qualquer infecção e dez mulheres que não esperavam um bebê. As voluntárias foram submetidas a exames de sangue, que dosaram os anticorpos de cada uma.  
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As grávidas apresentaram uma quantidade maior das células que constituem o exército de defesa do nosso corpo em comparação àquelas que não estavam gestantes. Mas essa situação é normal, pois se trata de uma consequência da ação mais significativa dos hormônios na gestação. O que surpreendeu os pesquisadores foi que as gestantes contaminadas pelo H1N1 contavam com um número ainda mais significativo das estruturas que formam o sistema imunológico.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o imunologista Marcello Bossois, um dos autores do estudo, explica que isso é um problema porque a presença exagerada de anticorpos gera um desequilíbrio na imunidade. É que aumenta o número de estruturas celulares responsáveis por disparar um processo alérgico e cai a quantidade de células de defesa - e o ideal é que esses dois grupos estejam balanceados. O resultado é uma paciente mais suscetível a doenças alérgicas, como asma e sinusite.
De acordo com Bossois, esse achado demonstra que, além de desestabilizar o sistema imune, a gravidez também abre portas para que o vírus aja de forma ainda mais grave. "Se esse estudo obtiver a atenção de cientistas, ele pode ter múltiplas utilidades não só para a gripe suína (causada pelo H1N1) ou para a gripe comum, mas também para outras doenças em gestantes", dizem os autores do trabalho.
Campanha nacional
Neste sábado (30), começa a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Além das gestantes, devem receber a dose crianças com idades entre 6 meses e 5 anos, idosos, mulheres que ainda estão no período de até 45 dias após o parto, pessoas com doenças crônicas e profissionais de saúde. A ação vai até o dia 20 de maio e a expectativa do Ministério da Saúde é que 49,8 milhões de brasileiros sejam imunizados. 

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As novas regras da cirurgia bariátrica

Mudanças cirurgia bariátrica

A recente mudança aprovada pelo Conselho Federal de Medicina em relação ao tratamento cirúrgico de obesos graves é um grande passo. Ela amplia para 21 o número de doenças que, em uma pessoa com índice de massa corporal (IMC) maior do que 35 kg/m2, abrem as portas para a cirurgia bariátrica. Entre esses problemas agora estão asma não controlada, esteatose hepática, disfunção erétil e depressão — eles se juntam a diabete, hipertensão e outros. Isso mostra que esse não é um procedimento estético, mas uma opção que, se bem prescrita, leva a uma grande melhora nas comorbidades relacionadas à obesidade.
Veja o caso do diabete tipo 2. A técnica mais indicada, conhecida como bypass gástrico, modifica o caminho do alimento pelo tubo digestivo. Ao evitar sua passagem pela parte inicial do intestino, gera uma diminuição da resistência à insulina, o que pode ajudar parte dos 11 milhões de diabéticos no Brasil. Outra contribuição da nova resolução é que ela aperfeiçoou as descrições das vantagens e desvantagens de cada tipo de cirurgia, o que serve até para que leigos compreendam melhor esses procedimentos. E foi criado um conjunto de indicadores que, quando somados, definirão o perfil do paciente a se submeter a esse método invasivo. Mas quero tocar em outro ponto fundamental sobre o tema.
Desde que iniciei, em 1988, o desafio de montar uma equipe multidisciplinar para o tratamento cirúrgico de obesos, sabia da grande missão que tinha em mãos. Nessa época, a cirurgia bariátrica começava a se expandir, mas eu já estava convencido de que era só uma parte do tratamento — outras medidas deveriam andar juntas para chegarmos a um bom resultado. Afinal, o paciente tinha (e tem) a necessidade de mudar seus hábitos para essa estratégia funcionar direito. Dessa forma nasceu o conceito de multidisciplinaridade. Hoje, depois de quase 20 anos atuando na área, sei que a tecnologia avançou, mas o tratamento multiprofissional continua primordial. O sujeito que passou por uma operação deve ser acompanhado por toda a vida para não voltar a engordar. Indivíduos muito acima do peso chegam a esse estado devido a uma dieta inadequada e um padrão de atividade física insuficiente.
E tanto a má alimentação quanto o sedentarismo são maus hábitos adquiridos ao longo dos anos. O mais importante, no fim das contas, é que essas pessoas saibam que a obesidade grave é uma doença na qual elas sempre têm um papel ativo no tratamento.
Dr. Cláudio Corá Mottin é cirurgião bariátrico e diretor do Centro da Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude