quarta-feira, 30 de setembro de 2015

COMO LER CORRETAMENTE OS RÓTULOS?

Bateu a fome, mas você está sem tempo para cozinhar. Qual a saída? Aquela lasanha pronta, o salgadinho de pacote ou a tão tradicional bolacha recheada. Para aqueles que andam na onda mais saudável, uma refeição light congelada ou uma barrinha de cereais com iogurte fazem a vez.
Não é novidade que esse tipo de cardápio não é o ideal, pois além de ser menos saboroso, tem teor nutritivo baixo. Por outro lado, não há como fechar os olhos para a realidade: os alimentos industrializados estão por aí e vão ser consumidos por muitos, seja por falta de tempo ou por agradarem o paladar. O que fazer, então?
O primeiro passo é não se desesperar. Muitos portais de gastronomia criam pavor diante de qualquer alimento processado, como se você mordesse aqui e morresse ali. O importante é ter informação sobre a porção ideal a ser consumida, saber identificar o que está comendo, quais são os problemas que o consumo exagerado pode acarretar e, com isso, escolher a melhor opção.
DE OLHO NO RÓTULO
Desde 2001, o rótulo com informações nutricionais é obrigatório em qualquer produto regulado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável pelas normas de Rotulagem de Alimentos Industrializados. Mas nem sempre recebe a atenção merecida.
Em geral, os rótulos trazem dados baseados na quantidade saudável que podemos consumir, quanto a porção daquele alimento contribui para o total de nutrientes diários, calorias, a quantidade de vitaminas, proteínas, carboidratos, gorduras, fibras e sódio.

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“É importante verificar todos os nutrientes presentes na tabela nutricional (que fica geralmente na parte de trás do produto) e considerar o tipo de alimento em questão. Por exemplo, um alimento integral deve ter quantidade significativa de fibras. Se não tiver, desconfie. De maneira geral, é sempre importante atentar para a quantidade de gordura saturada, gordura trans e sódio, nutrientes que habitualmente os brasileiros consomem em quantidade acima da recomendação”, explica a nutricionista Mirella Pasqualin, da consultoria nutricional RG Nutri.
Segundo a especialista, considerando uma dieta padrão de 2000 calorias (recomendada para um adulto), o valor diário para cada nutriente deve ser:
  • Carboidratos: 300g
  • Proteínas: 75g
  • Gorduras Totais: 55g
  • Gorduras Saturadas: 22g
  • Fibra Alimentar: 25g
  • Sódio: 2000 a 2400mg.
  • Açúcares: 150 g
“Essas quantidades devem ser consumidas ao longo do dia, divididas entre as principais refeições (café da manhã, almoço, jantar) e lanches intermediários”, reforça Pasqualin.
Para calcular o percentual do Valor Diário recomendado (%VD – esse valor também está presente no rótulo), utiliza-se apenas uma regra de três. Pasqualin dá um exemplo: “Você possui uma fatia de pão cujo rótulo indica 23g de carboidrato. Como o consumo diário deve ser em torno de 300g de carboidrato, o resultado é que nessa fatia de pão contém aproximadamente 8% do valor necessário em um dia inteiro.”
Cálculo: 300g (quantidade diária) – 100%
23g (quantidade da fatia de pão) – x%
x = 100 x 23/300
x%= 7,67% ~ 8%
O problema que requer sua atenção é: os valores nutricionais dos produtos são informados por quantidades pré-estipuladas de porções, e não pela quantidade do produto inteiro. Um pacote de salgadinhos de 100g muitas vezes traz as informações para uma porção de 25g. Porém, todo mundo sabe que a maioria come o pacote inteiro do salgadinho de uma vez. Assim, muitas vezes consumimos além do recomendável com a ilusão de que estamos ingerindo somente aquele valor indicado. E exceder quantidades ao longo da vida pode acarretar vários problemas à saúde.
“As gorduras saturadas, presentes naturalmente nos alimentos de origem animal, como leite integral, queijos e carnes; e as tão temidas gorduras trans, dos salgadinhos em pacotes, biscoitos, sorvetes e margarinas, podem contribuir para o aumento do colesterol ruim (LDL) e risco do desenvolvimento de doenças do coração. Assim como o sódio, muito presente em embutidos, que se consumido em demasia pode elevar a pressão arterial”, explica a nutricionista.
Açúcar é outro ingrediente perigoso. Seu excesso pode causar obesidade, cáries e diabetes. Alimentos cheios de açúcar refinado, farinha branca e óleos oxidados podem causar inflamação no organismo.

Fonte:
http://drauziovarella.com.br/nutricao

Pise firme

pés em forma



Pesquisadores americanos do Spaulding National Running Center, ligado à Universidade Harvard, publicaram um artigo mostrando a importância de trabalhar a musculatura do pé. Isso porque ela auxilia a sustentar aquele arco localizado entre o calcanhar e os dedos. Em cada passo dado, o arco abaixa um pouco quando o pé toca o chão para atenuar o impacto desse contato. Já no momento de impulsionar o corpo, flexiona-se para empurrá-lo adiante. De uma maneira simplista, é como se tivéssemos uma mola na região. Acontece que, quando ela fica achatada, amortece menos a força dos choques com o solo, além de exigir muito esforço a cada passada. Patrick McKeon, um dos autores do estudo, fala sobre a importância dos exercícios para desenvolver a musculatura do núcleo do pé e dos chamados calçados minimalistas nesse processo.

Qualquer pessoa, e não apenas aquelas com problemas nas articulações, pode se beneficiar  da ginástica para os pés?

O exercício ajuda a melhorar a performance de qualquer um. É como praticar posturas corretas para a coluna – trabalhar a musculatura do pés é igualmente fundamental para manter o corpo saudável. E fazer isso todo dia ajuda a desenvolver uma consciência do papel dos músculos da planta do pé. Por isso, em vez de prescrever uma certa quantidade de repetições, acho mais importante propor que se dedique um tempo por dia para aperfeiçoar a sequência. Por exemplo, se você já consegue executar o exercício sentado, pode experimentar fazê-lo em pé. À medida que avançar com os dois pés no chão, comece a balançar seu peso para a frente e para trás, mantendo a postura a musculatura intrínseca do pé. Depois, faça tudo com uma perna dobrada... E tudo pode ser feito durante as atividades do dia a dia.

Além desse exercício, caminhar ou correr também ajuda a desenvolver os músculos intrínsecos da planta do pé?

Caminhada e corrida são benéficas para o controle desses músculos. Depois de ativá-los pelo exercício para os pés, dá para melhorar sua capacidade por meio de atividades funcionais, como caminhada e corrida.

Em seu trabalho, o senhor mencionou também que os calçados minimalistas podem ser usados para fortalecer o núcleo dos pés. Por quê?

Um dos principais benefícios desse tipo de calçado é o controle dos músculos intrínsecos. Mas para isso é importante que a pessoa tenha plena capacidade de controle do pé, senão vai acabar confiando mais nas características passivas do sistema do que nas ativas. Ao trabalhar os músculos intrísecos primeiro, é possível garantir o controle da musculatura interna e externa.

Qual é a principal contribuição de seu estudo?

É ter apresentado uma maneira intuitiva de trabalhar o controle do pé. O treinamento dos músculos intrínsecos desses membros não é um conceito novo. No entanto, o que nós propomos é que eles não apenas funcionem como estabilizadores dinâmicos do pé, a partir de um ponto de vista do movimento, mas também como sensores de deformação. Com base na sua arquitetura e alinhamento, esses músculos podem desempenhar um papel fundamental na coordenação do resto do corpo, uma vez que o pé interage com o ambiente. Ao ativar esses músculos, pode-se então ter acesso a uma fonte sólida de informação sensorial que é adaptável às exigências que lhe são colocadas.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Por que algumas pessoas são mais propensas a ter cárie do que outras?

sorriso


A ideia de higiene bucal é: se você escova os dentes e usa fio dental com frequência, não terá cáries, certo? Não, errado. Cuidar da saúde dos seus dentes é importante, mas não é só esse fator que está relacionado com o aparecimento de cáries. Na verdade, os grandes responsáveis são: a sua dieta e o seu DNA.
“Não existem estudos clínicos comprovando que o uso do fio dental e a escovação ajudam a reduzir as cáries”, afirma Page Caufield, dentista e pesquisador da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Então, de onde será que vêm os pontinhos pretos? Sua formação ocorre em dois momentos: com o processo de fermentação do açúcar e por causa de pequenos furos nos dentes, que surgem com o desgaste causado pela mordida de cada um.
Logo, se você cortar o doce da dieta vai eliminar as cáries causadas pelas bactérias naturais do corpo, que tentam quebrar os açúcares ingeridos. E, algumas pessoas, podem ser mais propensas a sofrer com os desagradáveis efeitos do doce do que outras. "Há um componente genético que responde por cerca de 1/3 dos casos de cáries, que está relacionado com o formato dos seus dentes e a quantidade de saliva que você produz", diz Caufield.

Se você é da turma que vai ao dentista e sempre encontra uma surpresa, Caufield recomenda o uso de selantes –  técnica feita no consultório – ou pasta de dente com flúor, que pode reduzir em 20% o desenvolvimento de novas bactérias.  

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Artrite muito além das juntas

Artrite muito além das juntas



Caminhar, subir escadas, virar páginas de uma revista... Nenhuma dessas atividades simples seria possível sem o complexo de dobradiças, roldanas e cabos que conecta um osso a outro. Esse maquinário todo compõe as articulações, as estruturas que permitem a movimentação de dedos, joelhos e tornozelos. Porém, em algumas pessoas, as juntas começam cedo a passar por maus bocados. Sem razão aparente, o próprio sistema imunológico produz substâncias capazes de danificar essas peças. É a artrite reumatoide, condição que afeta cerca de 2 milhões de brasileiros, a maioria mulheres entre 30 e 50 anos. 

“A liberação excessiva de moléculas inflamatórias desencadeia uma agressão à membrana sinovial, camada que reveste a articulação”, descreve o reumatologista Diogo Domiciano, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Aí, é como se as articulações fossem corroídas aos poucos. Se nada for feito, a destruição alcança até os ossos. A erosão se inicia nas peças menores de mãos e pés e, sem o devido cuidado, se espalha para as estruturas maiores. Os primeiros sintomas são dor, inchaço e rigidez.
Mas não pense que a artrite reumatoide afeta só as juntas. O coração é um dos principais alvos desse golpe. Sim, até esse músculo está sujeito a sofrer com esse problema. Pra início de conversa, a artrite promove alterações nos níveis de colesterol, e isso favorece o surgimento das famigeradas placas de gordura na parede das artérias. Com o tempo, esse emaranhado cresce e pode interromper o fluxo de sangue. 

Outro temor está no uso indiscriminado de anti-inflamatórios para aliviar a dor e o inchaço típicos da doença reumatoide. Tomar esses comprimidos sem o aval do especialista pode desembocar em hipertensão e diabete, duas condições intimamente ligadas a perrengues nas artérias. “Para evitar desdobramentos mais graves, recomendamos que as consultas com o médico e os exames de checkup sejam feitos com maior regularidade nesses pacientes”, sugere o reumatologista Claiton Brenol, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

E a lista de interações arriscadas não para por aí. “A artrite está relacionada a boca e olhos secos, além de inflamação nos pulmões e nos nervos”, enumera Emilia Sato, professora titular de reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O que chama atenção é o pouco conhecimento sobre o tema. Numa leva de estudos conduzida com o apoio da farmacêutica Pfizer, 76% dos participantes não sabiam nada da artrite reumatoide antes de serem diagnosticados com a doença. E essa falta de informações prejudica o diagnóstico e atrasa o tratamento. Fica aqui, então, o principal conselho: se você está com dor persistente nas juntas, procure um reumatologista.

E se você já foi diagnosticado, calma que tem solução. Apesar de ainda não existir uma cura, os remédios disponíveis hoje são capazes de mantê-la sob rédea curta e permitem uma vida praticamente normal. O exercício físico é outro aliado no controle. Mexer o esqueleto não confere apenas ânimo e bem-estar: há um efeito direto nessa artrite. “O exercício estimula a liberação de hormônios, como o cortisol, que também tem ação anti-inflamatória”, ensina Francisco Navarro, da Universidade Federal do Maranhão. Ao adotar um estilo de vida mais equilibrado, manejar a artrite reumatoide se torna um plano muito mais fácil de cumprir. E não só as articulações serão eternamente gratas por isso.




Fonte:

http://mdemulher.abril.com.br/saude/

Os problemas que levam as pessoas ao cardiologista

Os problemas que levam as pessoas ao cardiologista

Um levantamento realizado pela Orizon – empresa que oferece serviços para os segmentos de saúde, seguros e benefícios – identificou as principais causas que levaram os brasileiros a buscarem um cardiologista. A pesquisa foi feita com 6 609 beneficiários de planos de saúde em 2011 e com 7 191 em 2014. Entre todos os participantes investigados, 33,4% procuraram atendimento por causa da síndrome coronariana aguda, considerada um estágio prévio ao infarto. Em seguida, 29,4% correram atrás do especialista por causa da doença cardíaca hipertensiva, quando o coração é comprometido devido à pressão arterial elevada. A insuficiência cardíaca, caracterizada pela dificuldade de o órgão bombear sangue para o corpo, ficou em terceiro lugar da lista, levando 15,7% dos entrevistados ao médico. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 350 mil pessoas morrem por ano no Brasil vítimas de complicações no sistema cardiovascular. 
Conheça 10 fatores consagrados que fazem mal ao coração e proteja-se:

1. Colesterol alto
2. Consumo exagerado de gordura e açúcar
3. Barriga e/ou excesso de peso
4. Abuso de álcool
5. Cigarro
6. Estresse
7. Depressão
8. Hipertensão
9. Diabete
10. Sedentarismo

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Está difícil emagrecer? Pode ser culpa da sua... idade

Balança


Se você tem 25 anos ou mais e está na luta para perder peso, sinto informar, mas não vai ser fácil. De acordo com um estudo recente da Universidade de York, no Canadá, pessoas da Geração Y têm mais dificuldade para perder peso do que seus antepassados, mesmo ingerindo e gastando o mesmo número de calorias.


De acordo com o estudo, as pessoas ficavam 10% mais pesadas depois de comer em 2008 do que em 1971, e 5% mais leves depois de fazer exercícios em 1988 do que em 2006. Segundo a pesquisadora Ruth Brown, essas mudanças podem ajudar a explicar o aumento da obesidade no mundo.
Além disso, a professora de cinesiologia e ciência da saúde Jennifer Kuk explica que nosso peso é impactado por outras coisas, como estilo de vida, meio-ambiente, uso de medicamentos, agentes poluentes, genética, horário das refeições, estresse, bactérias do intestino e, até mesmo, exposição à luz noturna. Não é, portanto, uma mera questão de calorias ingeridas versus calorias gastas. 
"Manter um corpo saudável hoje em dia é mais desafiador do que nunca", afirma Jennifer.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

6 atitudes para ter um coração mais saudável

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Alguns hábitos como passar o dia inteiro sentada, não cuidar da alimentação e não praticar atividade física, podem prejudicar seu coração e, infelizmente, causar até a morte. Por ano, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% das mortes registradas no Brasil. As principais causas são o infarto, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) e a morte súbita. “Os principais cuidados com a saúde do coração estão diretamente relacionados a fatores comportamentais, hábitos que podem ser incorporados no nosso dia a dia e que não custam nada, a não ser determinação”, ressalta o cardiologista Luiz Pereira de Magalhães, Presidente da SOBRAC.

1. Cuide da alimentação!

Evite frituras e o excesso de gordura saturada, açúcar e embutidos. Prefira gorduras chamadas “boas”, presentes no azeite, óleo de soja e milho e em seus derivados, como os cremes vegetais. Adicione ao cardápio as frutas, legumes, verduras, pois são boas fontes de vitaminas, minerais e fibras. “A aveia é uma ótima opção para ser incluída ao longo do dia, pois contém fibras solúveis que ajudam a diminuir a absorção do colesterol”, comenta a nutricionista Bianca Chimenti.

2. Mexa-se no trabalho!

Ficar a maior parte do dia sentada engorda, faz mal para a coluna, dificulta a circulação, dá varizes e pode complicar a saúde do coração. A dica é levantar da cadeira a cada 40 minutos para ir até o bebedouro (evite deixar a garrafinha na mesa) e beber pelo menos 100 mililitros de água. Com isso, você dilui o sangue e reduz o risco de formação de trombos (coágulos de sangue na circulação sanguínea). Vá ao banheiro sempre que sentir vontade. Assim, você evita segurar o xixi por muito tempo, o que aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial e estressando o sistema cardiovascular. Você também pode aproveitar para esticar as pernas e estimular a circulação: “Em pé, suba e desça o calcanhar, apoiando-se na ponta dos dedos para estimular os músculos da panturrilha e melhorar o retorno do sangue para o coração. Repita por 30 segundos em cada lado, de manhã e à tarde”, sugere a cardiologista Janieire Alves, da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (Incor).

3. Aposte na dieta mediterrânea

A ciência comprovou o que os especialistas defendem há anos: a dieta mediterrânea faz bem ao coração. Um cardápio rico em peixes (salmão, atum), azeite extravirgem, frutas frescas e castanhas, verduras e legumes - alimentos consumidos nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo - reduz em 30% o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral. A dieta também sugere o consumo moderado de queijos e vinho tinto. Esses e os outros itens acima são encontrados no Brasil, mas você pode substituí-los por opções mais acessíveis, sem comprometer os efeitos benéficos do cardápio original.

4. Moderar no sal

Se você é fã de sopa e macarrão instantâneos, cuidado: eles têm muito sódio - substância que, em excesso, se torna inimiga do coração (e da barriga chapada!). Então, modere o consumo e leia o rótulo, pois algumas marcas chegam a ter sete vezes mais sódio que outras. A boa notícia: por definição do Ministério da Saúde, os fabricantes têm até 2014 para reduzir esse item dos produtos instantâneos e de outras 15 categorias de alimentos, como salgadinhos de milho, batata palha e biscoitos recheados. Mas, desde já, você pode economizar no sal de cozinha. "Dois gramas desse tempero (o equivalente a uma colher de café) têm cerca de 400 miligramas de sódio (quase 1/5 da dose diária máxima para um adulto saudável)", diz Roseli Rossi, nutricionista da Clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo. Aderir ao sal light e ervas podem ajudá-la nessa missão.

5. Pratique atividade física e combata o colesterol alto 

A alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos aeróbicos, pelo menos três vezes por semana, são medidas importantes para manter a saúde do coração. Além de ajudar na melhoria das condições do corpo, a realização de atividades físicas favorece a diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumenta o nível do bom (HDL) no sangue. "Escolha uma atividade física que te dê e pratique regularmente. Vale tudo: natação, corrida, bicicleta e assim por diante", fala o cardiologista do Hospital Niterói D'Or Rafael Vilanova.

6. Fuja do tabagismo

Fumantes correm 70% mais risco de sofrer um infarto em comparação com quem não fuma, porque o cigarro abre as portas do corpo para fatores de risco para a doença: promove o depósito de colesterol na parede das artérias e a oxidação dele (favorecendo a formação de coágulos que podem provocar ainda um derrame cerebral) e facilita a coagulação do sangue (dificultando a circulação). "Mais da metade dos pacientes com doenças coronárias é fumante", aponta o cardiologista Ricardo Pavanello, do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. Se você toma pílula anticoncepcional, então, o perigo aumenta. "O estrogênio presente no remédio faz o sangue coagular mais rápido, aumentando os riscos de formação de trombos", diz o cirurgião vascular Ricardo Aun, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.  

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Tudo o que você precisa saber para fazer tapioca saudável em casa

Manual da tapioca: tudo o que você precisa saber


A especiaria originária do Norte e Nordeste do país caiu nas graças de musas fitness e virou ingrediente indispensável da dieta. Feita a partir da mandioca, a tapioca não tem glúten e suas calorias podem ser bem utilizadas no cardápio - e você pode escolher qual recheio quer usar para deixá-la mais ou menos light. Pode ser servida no café da manhã, almoço, lanche da tarde, pré-treino, jantar e até como sobremesa! Se você ainda tem dúvidas de como fazê-la em casa (desde a preparação da goma até jogar na frigideira), dê uma olhadinha no nosso guia que ajuda a entender tudo sobre esse superalimento:

Goma x farinha de tapioca

A goma vem em pedaços grandes, como um bloco. Aí você precisa peneirá-la, usando uma peneira de tramas largas, para poder chegar à farinha. Ou então comprar a goma já peneirada e hidratada (famosa farinha) que vende nas feiras e supermercados.

Tapioca granulada x goma de mandioca hidratada


Às vezes acontece de você encontrar no mercado a tal da "tapioca granulada", mas ela é diferente da "farinha" que se usa para fazer a delícia amiguinha da dieta. Se, por um acaso, acabar comprando a granulada, aproveite para fazer um maravilhoso pudim de tapioca - e procure por goma de mandioca hidratada da próxima vez. 

Fécula de mandioca, polvilho doce e azedo?


Se você é do tipo que gosta de fazer tudo do zero, então precisa entender quais são os ingredientes que se transformam em farinha para tapioca. A mistura é feita com polvilho doce, o azedo e um pouco de sal. Porém, saiba que a fécula de mandioca é o mesmo que polvilho doce, caso você se depare com esse nome na hora de comprar.

Como fazer em casa?

Existem duas maneiras de preparar a sua própria goma:
1. Combinar em partes iguais o polvilho doce e o azedo e deixar de molho, de um dia para o outro. Depois é só escorrer o excesso e peneira-la.
2. A segunda forma é ir adicionando a água aos poucos - e não correr o risco de ficar "aguada" e precisar de mais farinha (que você provavelmente não tem, porque jogou tudo junto, de uma só vez). Aqui tem um passo a passo bem explicadinho e fofo.

A fatídica escolha da panela

Frigideiras são as melhores escolhas, principalmente as antiaderentes, pois evitam que a farinha grude em algum lugar e não te permita tirá-la depois rs. Só prefira as que têm bordas mais altas e não são tão baixinhas, como as famosas panquequeiras - o trabalho é dobrado com esse modelo!

Como fazer o círculo perfeito

Existem duas maneiras de fazer a tapioca: usando uma colher (sopa) ou então peneirando direto na frigideira. Com a colher, adicione de 3 a 5 colheres e vá espalhando, formando o círculo da panela. Se preferir fazer com a peneira, basta colocar as mesmas colheres e peneirar. "Um bom tamanho de tapioca feita em casa é com frigideira antiaderente de 20cm, com  3 colheres de sopa cheias", explica Renata Fadel, daTapiocando. Dica: use um jogo americano embaixo da panela (antes de levar ao fogo) para recolher o farelo que vai cair. E não tem como evitar a sujeira...

Chegando ao ponto certo

Assim que ela começar a desgrudar as bordas da frigideira, vire rapidamente e desvire novamente, para em seguida rechear. O truque para que sua tapioca não fique dura feito pedra é não deixar cozinhar tanto tempo (nem queimar!). "Para deixar a tapioca mais bonita e uniforme, além de peneirar, é aconselhado virar a tapioca 2 vezes antes de rechear", ensina Renata.

Fogo médio e pouco tempo


Se você se considera uma pessoa com boas habilidades culinárias, ligue o fogo, coloque a panela e adicione a goma, preparando sua tapioca. Não aumente o fogo e não saia de perto do fogão, pois ela fica pronta rapidinho (coisa de 2 a 3 minutos). Ou então vai ficar queimada, dura e ressacada :/
PS: não, infelizmente não é possível fazer tapioca no micro-ondas.

A escolha dos recheios

Com tantas variedades, opções, sabores, cores, texturas...como decidir qual será o recheio fabuloso da sua tapioca? Primeiramente é importante lembrar que ela só com manteiga também é bem boa. E se você fizer questão mesmo, a gente tem sugestões saudáveis e outras nem tanto. "Quando for utilizar recheios secos, deixe-os um tempinho a mais, para que sua tapioca fique crocante. Ou se a sua escolha permitir, aqueça separadamente os ingredientes antes de colocar na tapioca. Experimente com bananas cortadas e canela. Fica uma delícia!", sugere Renata.

Como armazenar



Quando você compra a goma já hidratada e peneirada na feira ou no supermercado, por exemplo, eles indicam deixar fora da geladeira até abrir. No entanto, levá-la direto ao refrigerador não é nenhum problema também. Ela tem validade de 4 a 5 dias - depois vai ficar com um cheiro estranho e a água começa a se desprender da farinha (e volta a ser goma e água). Se preferir, ainda dá para congelá-la. E dura 1 mês :)

Congele para comer depois




Sim, amig@s, dá para deixar a tapioca pronta congelada e comer quando você quiser! Claro que como todos os alimentos no mundo ela é mais gostosa fresquinha, porém, fica ótima para levar de lanche para o trabalho, por exemplo. É só descongelar e finalizar com 15 segundos no micro-ondas. Voilà!





Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/receitas

Ser vegetariano custa caro?



Essa tua ideia de ser vegetariana é coisa de rico, né?!" Já ouvi. É mais um dos mitos que paira sobre a alimentação baseada em vegetais. Custa caro ser vegetariano? Não. É lógico que há itens mais caros que fazem parte desta alimentação, como queijos veganos ou leites vegetais, mas eles não são nem de perto essenciais ou então podem ser feitos em casa por muito menos do que custam as versões industrializadas.



A lista completa para vegetárianos tem:

1 pedaço de melancia (R$ 5)
2 maços de couve manteiga (R$ 4)
1 maço de hortelã (R$ 1)
1 pacote de 900g de cebola roxa (R$ 5)
1,5 kg de tomate italiano (R$ 5)
14 maçãs gala (R$ 6)
1 mamão formosa (R$ 3)
4 pepinos japoneses (R$ 3)
1 couve-flor grande (R$ 4)
1 brócolis (R$ 3)
2 pacotinhos de abóbora moranga descascada 800g (R$ 3)
2 pedaços de gengibre 300g (R$ 1)
2 galhos de louro (R$ 2)
4 cenouras (R$ 1)
7 beterrabas pequenas (R$ 1)
1 alho-poró grande (R$ 2)
1 bandeja de cogumelos paris 500g (R$ 5)
500g de mandioquinha (R$ 1)
3 pimentões pequenos (R$ 1,50)

A couve, as maçãs, os pepinos, o gengibre e o hortelã vão render pelo menos uns cinco dias ou mais de suco verde. Ou seja, aí já temos o café da manhã garantido.

Melancia e mamão cortadinhos vão virar lanches da manhã e da tarde por também pelo menos cinco dias ou mais.

Os tomates, o pimentão vermelho e parte das cebolas vou usar para fazer um super molho de tomate e deixar pronto. É ótimo para ter congelado e recorrer nas horas em que precisamos de um almocinho ou jantar rápido, como macarrão.

A moranga e a cenoura vão virar sopa. É só cozinhar, temperar a gosto e bater no liquidificador. Uma boa ideia é acrescentar o gengibre no preparo das duas. Fica ótimo.

Com os cogumelos fiz uma nova receita que serve para ser cobertura de pizzas ou de brusquetas. A massa de pizza é simples: farinha de trigo, fermento, água e azeite. Para o cogumelo picante, a receita manda refogá-los picados no azeite, colocar conhaque, mostarda forte, páprica, suco de um limão, sal, pimenta, salsa e creme de leite fresco. Se você quiser uma versão vegana é só usar creme de soja ou outra opção vegetal.

A mandioquinha pode virar sopa também, mas eu optei por fazer um pãozinho de mandioquinha com indicações da blogueira @theveggievoice. Use uma parte de mandioquinha cozida para metade dessa parte de polvinho doce e ¼ de polvilho azedo. Sal, temperos e uma colher de azeite é só amassar, fazer bolinhas e levar ao forno.
O alho-poró eu costumo refogar e colocar em quase tudo, sem contar que as folhas uso para fazer um bom caldo de legumes com cenoura, cebola e outros temperos fervidos. Um bom cuscuz marroquino com alho-poró e cenoura picadinha fica delicioso. Outra ideia é aproveitar algum feijão já cozido que você tenha na geladeira. Refogue alho-poró e abóbora moranga no azeite, tempere com sálvia e bem pouquinho de alecrim e acrescente o seu feijão. Fica delicioso.

As beterrabas podem virar sopa (refogar, cozinhar e bater), risoto (faça um risoto simples e coloque a beterraba quando ele estiver quase no ponto, para ela cozinhar e dar cor ao prato) ou ainda entrar no suco matinal que fica uma delícia. Ainda podemos fazer salada ou assá-las no forno. Corte, coloque numa assadeira, acrescente vinagre balsâmico, azeite, pimenta, sal e um pouco de açúcar mascavo. Nham!

A couve-flor pode ser assada (lave, tempere, jogue azeite, enrole no papel alumínio e forno!), refogada com alho-poró, virar salada ou ainda uma receita do Jamie Oliver que também usa brócolis e tem feito a minha cabeça nos últimos tempos. Para veganizar o preparo é só usar leite vegetal.

O brócolis ainda pode virar salada, creme, ser refogado ou então picado e cozido junto com o arroz e umas folhinhas de louro. Delícia!

Os pimentões verdes podem ser recheados com aquele molho de tomate que fizemos antes, um pouco dos cogumelos refogados e pão torrado e triturado por cima. É só assar e pronto!

Se você acrescentar leguminosas (feijão,lentilha, grão de bico, ervilha) em qualquer um desses preparos já estará potencializando a sua ingestão de proteínas. E aí temos pelo menos uma semana de muita comida vegetariana - café, almoço e jantar - por menos de R$ 100 (contando as outras coisas que você vai usar). Que tal? Se joga nos vegetais!


Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br

Xampu bomba de café: será que ele acelera o crescimento dos fios?

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Mistura caseira que promete fazer o cabelo crescer até cinco vezes mais rápido do que o natural, o xampu bomba de café virou febre e se espalhou pela internet. Fácil, o produto “milagroso” leva apenas dois ingredientes em sua fórmula: um xampu sem sal e três colheres de sopa de café em pó. A vantagem anunciada pelas defensoras do método é que a fórmula não contém agentes químicos nocivos à saúde, como o xampu bomba original, que é feito de Monovin A, uma vitamina de uso veterinário para animais de grande porte, prejudicial não só aos cabelos, mas também ao fígado. Mas será que o café é capaz de estimular o crescimento das madeixas?

Como começou

A mania de usar pó de café como tratamento capilar ganhou força após um estudo da Universidade Lübeck, na Alemanha, divulgar que a cafeína pode auxiliar no tratamento da queda de cabelo estimulando o crescimento de novos fios. “Quando fizemos o experimento de aplicar uma solução com cafeína nos folículos capilares fragilizados, notamos que a velocidade de crescimento aumentou 25%”, explica Tobias U. Fischer, dermatologista do centro de estudos alemão. O estudo explica que a cafeína ativa um fator de crescimento que ajuda a prevenir que as células capilares morram ou entrem em estado de dormência.

Adianta colocar café no xampu?

A cafeína funciona para estimular o couro cabeludo e fazer com que os fios cresçam mais, mas o café em pó...não!

Como assim?

O Jornal Internacional de Tricologia explicou que a cafeína capaz de ajudar no crescimento do cabelo é a cafeína anidra, ou seja, sua versão pura sintetizada, sem água na molécula. Logo, o café em pó que temos em casa não trará resultado porque ali não existe quantidade suficiente de cafeína pra garantir o efeito. Nem tomando 50 cafés por dia seria o bastante para o corpo absorver a quantidade necessária de cafeína para estimular o folículo capilar.

Como o café pode ajudar os fios?

É preciso um tratamento especial com uma fórmula ideal, como um xampu manipulado. Na Europa, a Plantur 39 Caffeine lançou uma linha completa de tratamentos para o cabelo que promete ter quantidade de cafeína suficiente para agir no couro cabeludo sem prejudicar a saúde.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/cabelos

Hipnose: os benefícios dessa técnica na gravidez e no trabalho de parto

Mulher grávida sentada na grama


Esqueça aquela imagem dos desenhos animados de um indivíduo sendo hipnotizado com um relógio e ficando, assim, totalmente alheio ao que está acontecendo à sua volta - isso não é hipnose. "Ela é um estado modificado de consciência e não um tipo de sono, como se acreditava", esclarece o mestre em obstetrícia Osmar Ribeiro Colás, coordenador do grupo de estudos de hipnose da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A pessoa hipnotizada não está, portanto, inconsciente, mas em um modo de profundo relaxamento.
Por meio da hipnose, é possível tratar diversos problemas. "Ela é muito usada para ir direto ao trauma de pacientes com fobias, por exemplo. Também está indicada para aqueles com dores crônicas", exemplifica o médico psiquiatra João Jorge Cabral, presidente da Associação Brasileira de Hipnose. Entre os casos com recomendação para usufruir dos benefícios dessa técnica milenar estão as gestantes.
E não pense que isso é novidade no mundo da ciência. Em entrevista à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Colás conta que, já no século XIX, especialistas europeus observavam a ação da hipnose no alívio das dores do parto. Ao longo do tempo, esse recurso foi sendo estudado, de forma que, em 1951, o francês Fernand Lamaze criou um método que se caracterizava por preparar a mulher antes de dar à luz a partir de orientações gerais sobre posturas, técnicas de respiração e relaxamento com hipnose. O objetivo era que o nascimento da criança ocorresse sem medo e sem dor.
Embora mais estudos tenham sido feitos para investigar a fundo esse benefício, o tratamento desenvolvido por Lamaze ainda é usado para essa finalidade. A vantagem é que, hoje, sabe-se que a hipnose não é indicada apenas para a hora do parto, mas antes e depois dele também.

Os benefícios

Antes mesmo de gerar um filho, a mulher consegue tirar proveito da hipnose. "A gente pode usá-la para diminuir ou modificar todas as ansiedades ligadas à gravidez, como o medo de engravidar e de morrer na hora do parto", conta Osmar Colás, que também é membro do departamento de obstetrícia da Unifesp. Durante a gestação, o método está indicado para aliviar sintomas como enjoos e dores de cabeça e nas costas.
No entanto, o que muitas mamães ainda não sabem é que a hipnose também é recomendada para modificar a percepção das contrações, alterando a forma como a gestante sente a dor durante o trabalho de parto. "Uma dor aguda pode ser percebida como uma sensação de peso ou de dormência", explica o médico da Unifesp. Além disso, ao longo do tratamento, a mulher aprende com o especialista em hipnose técnicas de respiração e relaxamento que vão permitir que ela entre nesse estado alterado de consciência. Mas o que vai garantir que ela consiga focar a sua atenção em pensamentos positivos na hora do nascimento é a sua imaginação. "Eu peço para ela imaginar, por exemplo, que o bebê está sorrindo e agradecendo por ela estar respirando adequadamente e contribuindo para que ele consiga passar pelo canal vaginal de uma maneira mais suave", relata Osmar Colás, que também faz parte da Comissão de Violência Sexual e Abortamento Previsto em Lei da Febrasgo.
Somando todos esses fatores (menos dor, relaxamento, respiração e imaginação), o resultado é um parto mais tranquilo. "A hipnose não irá de maneira nenhuma fazer a paciente se desligar do processo, ao contrário, ela irá participar muito mais intensamente do que faria caso estivesse amedrontada, insegura e com dor descontrolada", esclarece Colás. Aliás, dependendo da sensibilidade da mulher para a dor, ela pode nem precisar de anestesia se estiver sob hipnose. "A quantidade de remédio administrado diminui em até 70% e a necessidade de anestesia é reduzida em 50%", calcula o médico da Unifesp.

Baby Blues

Devido à queda dos hormônios femininos depois do nascimento do bebê, é comum que as mulheres passem pelo chamado Baby Blues, um estado de melancolia que dura de 15 a 20 dias após o parto. "Existem estudos mostrando que as pacientes que fazem qualquer técnica de preparo psicoprofilático, como a hipnose, têm 70% menos risco de desenvolver esse problema", informa Colás. Isso ocorre porque essas terapias modulam os estados emocionais, evitando o desequilíbrio. 

A hipnoterapia

Para conseguir tirar proveito de todos esses benefícios da hipnose é preciso muito treinamento. Osmar Colás chama esse preparo de "condicionamento psicofisiológico para o parto" - que pode ser feito em qualquer fase da gravidez. Esse processo inclui informações sobre a fisiologia do parto e das contrações, as dores, os tipos de posição e de respiração que devem ser aplicadas em cada período do nascimento (dilatação, expulsão e dequitação, que é a saída da placenta), bem como as técnicas de relaxamento apropriadas para essas diferentes etapas.
Além disso, recursos hipnóticos são usados para que a paciente consiga entrar em um estado de tranquilidade e serenidade profundas. "Existe também um momento em que se faz uma experiência chamada projeção, na qual se vive o dia seguinte ao parto, já com o bebê. O objetivo é plantar na gestante a vivência positiva", relata o obstetra.
Tudo isso é passado para a futura mamãe ao longo de oito sessões, que duram, em média, dois meses. Mas entre cada encontro com o hipnólogo e depois do tratamento é fundamental que a mulher pratique em casa. Isso porque a ideia é que, no parto, ela consiga se focar apenas neste momento e entrar no estado de relaxamento profundo sozinha, sem precisar ser induzida.

Quem consultar

Pacientes com fobias, traumas e inseguranças que exigem atuação em estruturas psicológicas profundas devem ser tratadas por médicos ou psicólogos especialistas em hipnose. Já aquelas que querem usar a técnica apenas para o controle do parto podem ser atendidas por outros profissionais (enfermeiras obstétricas, doulas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, por exemplo), desde que eles tenham treinamento para utilizar os métodos de respiração, relaxamento e psicoeducação.
Vale lembrar que a hipnose é reconhecida e regulamentada pelos conselhos de medicina, psicologia, odontologia e fisioterapia.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Tem remédio vencido em casa? Jogar no lixo é uma péssima solução



Na caixa de remédios da sua casa tem sempre uma cartela de comprimidos ou aquele frasquinho usado durante a virose, mas esquecido depois da doença, que acabou ficando lá guardado durante muito tempo. Quando chega a hora da faxina, você percebe que eles atingiram a data de validade, e então surge a dúvida: qual a melhor maneira de jogá-los fora?

Se você pensou no lixo ou na privada, está enganado. O remédio é um produto químico capaz de contaminar solos, água e colocar em risco a vida de pessoas que manuseiam resíduos nos aterros sanitários. A maneira correta de descartar medicamentos vencidos é incinerá-los. Mas, provavelmente você não conseguirá fazer isso na sua casa. A boa notícia é que tanto o poder público como algumas redes de farmácias oferecem este serviço, enquanto o descarte não é regulamentado pelo governo.

Segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), um total de 704 farmácias, em 120 municípios de 12 Estados da federação, oferece o serviço do descarte correto de medicamentos. Dentre elas estão os estabelecimentos da rede Droga Raia, Drogaria São Paulo, Drogaria Carrefour, e as farmácias do Hipermercado Extra. Mas, é preciso checar se as lojas da sua cidade aceitam o medicamento, porque o serviço não é oferecido em todas as unidades.

Farmácia ou UBS?

Entramos em contato com quatro prefeituras para saber como o cidadão comum pode descartar o seu medicamento, já que ainda não existe uma política nacional voltada para a questão: Birigui (SP), São Paulo (SP), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). Das quatro, três possuem programas próprios de descarte de medicamentos.
Os paulistanos podem levar seus remédios vencidos para qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde) da cidade. A Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) tem contratos com duas empresas que recolhem resíduos dos estabelecimentos de saúde.
Em 2014, foram coletados e incinerados 1.168 toneladas de medicamentos na capital paulista. A Amlurb informa ainda que as cinzas resultantes da incineração são encaminhadas para aterros licenciados para receber resíduos de serviços de saúde.
No Recife, os cidadãos também podem levar seus remédios às UBSs da cidade. A Emlurb (Empresa Municipal de Limpeza Urbana) tem um contrato com uma empresa que recolhe o material para ser incinerado. Além disso, o órgão afirmou realizar campanhas educativas para orientar a população sobre a importância de se descartar, de maneira correta, os medicamentos sem uso. "Os usuários de insulina, por exemplo, são orientados a depositar as seringas utilizadas em garrafas pet que devem ser entregues nas unidades de saúde ou nas farmácias da família", informou.
Não é apenas nas cidades grandes que esse esquema funciona. A Secretaria Municipal de Saúde de Birigui, no interior de São Paulo, também descarta medicamentos, mas apenas os distribuídos pela Farmácia Municipal e pelas nove UBSs do município. Os remédios são coletados por uma empresa contratada e incinerados. Mais de 32 quilos de medicamentos vencidos foram incinerados em 2014. No caso de medicamentos que não foram distribuídos pelo SUS, a gestão municipal aconselha os cidadãos a levar os remédios à Droga Raia do município.
O Rio de Janeiro não possui programas de recolhimento de medicamentos nas suas unidades de saúde. A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) aconselha os cariocas a devolver "voluntariamente medicamentos no mesmo local onde comprou" e também lista algumas redes de farmácia que recebem o produto.

O remédio é antes de tudo um produto químico

Quando é jogado na privada, o remédio cai na rede de esgoto doméstico, que mesmo tratado, não consegue eliminar necessariamente produtos químicos, já que o tratamento é mais focado na eliminação de contaminantes orgânicos. Estima-se que a cada quilo de medicamento que deixa de ser lançado na rede de esgoto, 450 mil litros de água deixam de ser contaminados.

Para citar um exemplo, estudos já mostraram que pílulas anticoncepcionais ao serem descartadas pelo esgoto chegam aos rios de água doce e podem dar traços femininos a peixes machos. Uma pesquisa realizada por especialistas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em 2013 mostrou peixes machos que perderam a capacidade de fecundar óvulos e, em casos mais graves, até desenvolveram ovas, característica do gênero feminino da espécie, por causa das substâncias contidas nesses medicamentos.

Se você joga no lixo, saiba que isso pode trazer risco para adultos e crianças que vivem nas áreas de lixões e aterros. No caso dos pequenos, as cores, a textura e até o gosto de muitos medicamentos podem ser confundidos com doces ou balas.


Fonte:
http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente