terça-feira, 16 de agosto de 2016

Colesterol: sintomas, tratamentos e causas


O que é Colesterol?

O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. O colesterol está presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, o colesterol desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol:
  • LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento
  • HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.

Tipos

Podemos dizer que existem vários tipos de colesterol circulando no sangue. O total da soma de todos eles chama-se "Colesterol Total". Como visto, colesterol é uma espécie de "gordura do sangue" e, como gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, o colesterol precisa da "carona" de certas proteínas para cumprir as suas funções.
A associação entre proteínas e colesterol dá origem às chamadas lipoproteínas. Essas, sim, são aptas a viajar por todo o organismo via corrente sanguínea. As lipoproteínas - ou apenas colesterol - assumem algumas formas, sendo divididas em "bom colesterol" (HDL - high density, ou alta densidade) e "mau colesterol" (LDL - low density ou baixa densidade).
Pesquisas provaram que o bom colesterol (HDL) retira o colesterol das células e facilita a sua eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau colesterol (LDL) faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura. Justamente por isso, traz diversos malefícios.

Fatores de risco

Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade e atividade física reduzida. No entanto, um dos fatores mais comuns é a dieta.
A dieta rica em colesterol inclui grandes quantidades de alimentos de origem animal: óleos, leite não desnatado e ovos. As gorduras, sobretudo as saturadas, contribuem para o problema do colesterol elevado.
    A gordura saturada é um tipo de gordura que, quando ingerida, aumenta a quantidade de colesterol no organismo. Está presente, principalmente, em alimentos de origem animal. A carne vermelha, mesmo quando aparentemente "magra", possui moléculas de colesterol entre as suas fibras e deve ser evitada. As margarinas light ou diet devem ser as escolhidas em substituição à manteiga.
    As gorduras insaturadas estão presentes, principalmente, em alimentos de origem vegetal. Elas são essenciais ao organismo, mas o corpo humano não tem condição de produzi-las. É por isso que é necessário consumi-las na alimentação. A substituição de gorduras saturadas por insaturadas na dieta pode auxiliar a reduzir o colesterol no sangue. Quando quiser preparar um pão mais saboroso, prefira margarina light ou diet à manteiga.

    Sintomas de Colesterol

    O colesterol alto não apresenta sintomas, por isso, quem tem aterosclerose e obesidade, possui história de morte na família por infarto, é sedentário e/ou alimenta-se com ingestão exagerada de gorduras saturadas tem mais chances de ter colesterol alto. A aterosclerose não produz qualquer tipo de sintoma até que ocorra a obstrução de uma ou mais artérias.

    Diagnóstico de Colesterol

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os níveis ideais de colesterol no sangue devem ser:
    • Pacientes de alto risco: LDL abaixo de 70 mg/dL
    • Pacientes de risco intermediário: LDL abaixo de 100 mg/dL
    • Pacientes com baixo risco devem ter seus limites de colesterol individualizados pelo médico.
    São condições de alto risco:
    • Doença aterosclerótica arterial coronária, cerebrovascular ou obstrutiva periférica, com manifestações clínicas (eventos CV).
    • Ateroclerose na forma subclínica, significativa, documentada por metodologia diagnóstica.
    • Procedimentos de revascularização arterial.
    • Diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2.
    • Doença renal crônica.
    • Hipercolesterolemia familiar (HF).
    São considerados como de baixo risco aqueles com probabilidade menor que 5% de apresentarem os principais eventos cardiovasculares (doença arterial coronariana, AVC, doença arterial obstrutiva periférica ou insuficiência cardíaca) em 10 anos. Os pacientes classificados nessa categoria e que apresentem histórico familiar de doença cardiovascular prematura serão reclassificados para risco intermediário.
    São considerados como de risco intermediário homens com risco calculado entre 5% e 20% e mulheres com risco calculado entre 5% e 10% de ocorrência de algum dos eventos citados.
    São considerados de alto risco aqueles probabilidade de evento cardiovascular acima de 20% para homens e acima de 10% para mulheres no período de 10 anos.
    Nos indivíduos de risco intermediário deve-se utilizar os fatores agravantes, que quando presentes (pelo menos um desses) reclassificam o indivíduo para a condição de alto risco:
    • História Familiar de doença arterial coronária prematura (parente de primeiro grau masculino com menor de 55 anos ou feminino com menos de 65 anos)
    • Critérios de Síndrome metabólica de acordo com a International Diabetes Federation (IDF)
    • Microalbuminúria (30-300 µg/min) ou macroalbuminúria (>300 µg/min)
    • Hipertrofia Ventricular Esquerda
    • Proteína-C-Reativa de alta sensibilidade acima de 2 mg/dL
    • Espessura íntima-média de carótidas acima de 100
    • Escore de cálcio coronário acima de 100
    • Índice tornozelo-braquial (ITB) abaixo de 0,9.

    Tratamento de Colesterol

    Existem remédios para controlar o colesterol alto, mas a aterosclerose só melhora com uma mudança mais significativa no estilo de vida. Reduzir o estresse, praticar exercícios físicos, manter a pressão arterial estável e o peso sob controle, são fundamentais para controlar o colesterol. As pessoas que tem diabetes devem ficar mais atentas.

    Medicamentos para Colesterol

    Os medicamentos mais usados para o tratamento de colesterol são:
    Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

    Complicações possíveis

    Níveis elevados de colesterol estão associados a doenças coronarianas e aterosclerose. As recomendações habituais são para uma ingestão diária de colesterol inferior a 300 mg, quantidade que representa cerca de 50% da quantidade ingerida pelos norte-americanos.
      O colesterol, popularmente chamado de gordura do sangue, é uma substância gordurosa, esbranquiçada e sem odor. Não existe nos vegetais, apenas no organismo dos animais. Em pequenas quantidades, é necessário para algumas funções do organismo; em excesso, causa problemas.
      Encontrado em todas as células do organismo, o colesterol é utilizado para a produção de muitas substâncias importantes, incluindo alguns hormônios e ácidos biliares.

      Aterosclerose

      É o endurecimento das paredes dos vasos causado pela deposição de gordura e colesterol. Existe uma predisposição genética que, combinada com o fumo, o estresse, a vida sedentária e a pressão alta, pode levar à doença.

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      Na aterosclerose, placas de gordura diminuem o diâmetro dos vasos sanguíneos e podem levar à obstrução total

      Prevenção

      Além de uma alimentação equilibrada, há outras maneiras de evitar o aumento do colesterol e, até mesmo, diminuí-lo:
      • Fazer exercícios físicos: a atividade física pode ajudálo a emagrecer e a diminuir as tensões. Controlando o peso, fazendo exercício ou praticando esporte, você se sente melhor e diminui o risco de infarto e os níveis de colesterol no sangue
      • Não fumar: o cigarro é um fator de risco para doença coronária. Aliado ao colesterol, multiplica os riscos
      • Evitar o estresse: uma vida menos estressada também diminui o risco de infarto e redução do colesterol. Procure transformar as suas atividades diárias em algo que lhe dê satisfação
      • Fazer uma dieta com baixos níveis de gordura e colesterol: seja rigoroso no controle da alimentação.
      Lembre-se de que todos os alimentos de origem animal têm colesterol. Portanto, dê preferência a alimentos de origem vegetal: frutas, verduras, legumes e grãos. Quem tem predisposição ao colesterol alto deve seguir as mesmas recomendações descritas no tratamento: manter hábitos de vida saudáveis, evitar o fumo e controlar o colesterol e a pressão arterial. Sugestões de hábitos:
      • Coma mais frutas e vegetais
      • Coma mais peixe grelhado ou assado e menos carnes fritas
      • Coma uma variedade de alimentos ricos em fibras, como aveia, pães integrais e maçãs. As fibras ajudam a reduzir as taxas de colesterol
      • Limite a ingestão de gorduras saturadas, como gordura de derivados de leite
      • Limite os alimentos ricos em colesterol, como gema de ovo e fígado
      • Utilize derivados de leite pobres em gordura: leite desnatado, iogurte desnatado e sorvetes light
      • Evite frituras.
      Os cuidados com a alimentação devem ser redobrados por pessoas com diabetes, pois estas apresentam riscos de manifestações da aterosclerose de três a quatro vezes maior que as pessoas não-diabéticas. Há alimentos que ajudam a reduzir as taxas de colesterol no sangue, assim como também existem os que devem ser evitados. Para isso, preste atenção nas duas listas abaixo:

      Alimentos ricos em colesterol:

      • Bacon
      • Chantilly
      • Ovas de peixes
      • Biscoitos amanteigados
      • Doces cremosos
      • Pele de aves
      • Camarão
      • Queijos amarelos
      • Carnes vermelhas "gordas"
      • Gema de ovos
      • Sorvetes cremosos
      • Creme de leite
      • Lagosta
      • Vísceras.

      Alimentos que ajudam a reduzir o colesterol:

      • Aipo
      • Couve-de-bruxelas
      • Bagaço da laranja
      • Ameixa preta
      • Ameixa preta
      • Couve-flor
      • Mamão
      • Amora
      • Damasco
      • Mandioca
      • Azeite de oliva
      • Ervilha
      • Pão integral
      • Aveia
      • Farelo de aveia
      • Pêra
      • Cenoura
      • Farelo de trigo
      • Pêssego
      • Cereais integrais
      • Feijão
      • Quiabo
      • Cevada
      • Figo
      • Vegetais folhosos.
      Pronto, você já sabe o que é o colesterol e como evitá-lo. Na próxima vez que for fazer suas compras, opte por alimentos que ajudem a diminuir o colesterol e pense duas vezes antes de faltar à academia. Seu corpo agradece duplamente.

      Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/colesterol