quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Células-tronco: o que você precisa saber antes de armazenar o cordão umbilical

Bebê recém-nascido de fraldas


É bem provável que você já tenha ouvido falar, pelo menos alguma vez na vida, em células-tronco, uma das grandes esperanças da medicina para a cura de diversas doenças. Mas você sabe dizer o que elas são? "Trata-se de células do nosso corpo que têm potencial de regenerar tecidos. Qualquer lesão que acontece no organismo, inclusive em órgãos internos, elas é que vão fazer o reparo", responde o biólogo Eder Zucconi, do banco privado de células-tronco StemCorp, em São Paulo. Isso significa que elas têm a capacidade de se duplicar, gerando células idênticas à original, e também de se transformar em outras formas celulares, que dão origem a diferentes partes do corpo humano.
Entre elas, as que possuem maior poder de diferenciação são as células-tronco embrionárias (também chamadas de pluripotentes), encontradas no interior de embriões no estágio do blastocisto, que se forma entre quatro e cinco dias após a fecundação do óvulo. "Elas são capazes de formar todos os tecidos do nosso organismo", explica a professora doutora Patricia Pranke, coordenadora do Instituto de Pesquisa com Células-Tronco (IPCT) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mas há um grande debate entre ciência e religião quanto ao uso deste tipo célula em pesquisas e possíveis tratamentos terapêuticos.
Estudos vêm demonstrando, no entanto, os benefícios de outra forma de células-tronco: as adultas, obtidas, principalmente, da medula óssea e do cordão umbilical. Embora sejam menos versáteis que as embrionárias e tenham, portanto, um uso mais limitado, essas células podem formar áreas específicas do corpo, como órgãos e ossos. Saiba mais sobre elas abaixo.
Tipos de células-tronco
As células-tronco adultas se dividem entre as hematopoéticas e as mesenquimais. O primeiro grupo pode ser encontrado na medula óssea, no sangue periférico (aquele da corrente sanguínea) e no sangue do cordão umbilical. São responsáveis por formar todo o tecido sanguíneo e só conseguem se transformar em células ligadas ao sangue.
Já as mesenquimais estão em todos os outros tecidos do organismo que não o sanguíneo: nos órgãos, nos ossos, nos dentes de leite e, inclusive, na medula óssea e no cordão umbilical. Elas foram descobertas recentemente e, de acordo com estudos, têm um potencial maior do que as hematopoéticas. "Percebeu-se que essas células podem se diferenciar em vários tecidos e apresentam capacidade de liberar substâncias anti-inflamatórias", revela a médica hematologista Andrea Kondo, responsável pelo banco público de sangue de cordão umbilical do Hospital Israelita Albert Einstein, também na capital paulista. Por isso, pesquisadores mundo afora vêm investigando o uso desse tipo de célula-tronco adulta no tratamento de diversas enfermidades.
Quais doenças as células-tronco podem tratar?
Depende de qual tipo estamos falando. O transplante de células-tronco hematopoéticas é feito há bastante tempo para o tratamento de doenças ligadas ao sangue, como leucemia, linfoma e anemia falciforme. "Para esses casos, já há resultados claros na literatura médica. É algo aceito no mundo todo", conta Andrea Kondo. No caso das células-tronco mesenquimais, seu uso terapêutico ainda está sendo investigado. Mas os resultados obtidos nas pesquisas feitas até agora são promissores. "Elas conseguem diminuir a morte celular, a inflamação e até regular o sistema imunológico", enumera Eder Zucconi. Por isso, esse tipo de célula seria capaz de tratar uma série de problemas, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 1 e lesões da medula espinhal.

Vale a pena armazenar o cordão umbilical?

Com tantas promessas, muitos pais têm optado por armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus filhos recém-nascidos. A ideia é que, no futuro, os pequenos possam usar as suas próprias células para tratar algumas doenças. No entanto, é preciso levar em conta uma série de questões antes de investir nesse recurso, entre elas o tipo de célula-tronco que será guardado:
  • Aquelas retiradas do sangue do cordão (as hematopoéticas) são úteis apenas quando empregadas no tratamento de problemas hematológicos. No entanto, como a maioria dessas doenças do sangue tem um fundo genético, é raro que um indivíduo consiga usar suas próprias células para se tratar. "Se o paciente tiver uma leucemia na infância, por exemplo, muito provavelmente essa alteração já estava no sangue do cordão", esclarece a especialista do Einstein.
  • Armazenar células-tronco do sangue do cordão umbilical valeria a pena quando há uma pessoa na família com alguma doença que possa ser tratada com essas células hematopoéticas. Por exemplo: se um casal que já tem um filho com leucemia ganha um bebê, recomenda-se que as células-tronco do recém-nascido sejam coletadas, porque aí sim há chances de os dois irmãos serem compatíveis.
  • Um procedimento mais promissor do que guardar apenas o sangue do cordão umbilical seria o de preservar, também, o seu próprio tecido, rico em células-tronco mesenquimais, que são mais versáteis que as hematopoéticas e poderiam, no futuro, ser utilizadas no tratamento de um leque maior de doenças. O problema é que, embora existam no país bancos privados que congelem esse tipo de célula, ainda não é possível usá-la para tratar enfermidades. "Elas estão em estudo. Alguns trabalhos estão sendo feitos em animais e outros, já em humanos. Mas, de qualquer forma, dependem de resultados”, diz Andrea Kondo, do Hospital Albert Einstein. E não é possível cravar em quanto tempo todas essas pesquisas serão concluídas.
  • Por último, outro ponto a ser considerado é que, apesar de as células-tronco do cordão umbilical serem jovens e terem uma boa capacidade de renovar tecidos, elas são tão efetivas quanto as células extraídas da medula óssea de um adulto. Portanto, é possível coletar células hematopoéticas e mesenquimais em qualquer fase da vida - não apenas no momento do parto!
Como faço para armazenar células-tronco do cordão umbilical do meu filho?
Você pode fazer isso tanto em bancos públicos quanto privados. No primeiro caso, só é possível guardar células-tronco do sangue do cordão (hematopoiéticas). "O banco público armazena célula apenas para aquilo que tem evidência científica", justifica Andrea Kondo. Nesses bancos, o material coletado fica disponível para qualquer pessoa que necessite dele - e não só para o paciente que doou. Para fazer a doação, é preciso que o parto seja realizado nas maternidades credenciadas na Rede BrasilCord, que reúne os bancos públicos de sangue de cordão do país. Além disso, a gestante precisa atender a critérios específicos, como ter mais de 18 anos, realizar no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, não possuir câncer ou doenças hematológicas (a exemplo de anemias hereditárias) e estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta.    
Entre os bancos privados, há estabelecimentos que permitem armazenar todos os tipos de células-tronco. O material fica guardado exclusivamente para o paciente que optou pelo congelamento. Só que tem um custo. "É preciso pagar uma taxa inicial, que gira em torno de R$ 3 mil. Depois, é cobrada uma anuidade de cerca de R$ 600", calcula Eder Zucconi, da StemCorp.
Durabilidade
Tanto em bancos públicos quanto privados, as células-tronco são congeladas a temperaturas baixíssimas, o que garante que possam ser armazenadas por muito tempo sem comprometimento. "Até hoje, a mostra mais antiga armazenada e que foi descongelada tinha 20 anos. Então, a gente sabe que, pelo menos por esse período, as células se mantêm", conclui Zucconi. Embora esse "prazo de validade" seja longo, os pais devem levar em consideração que existe uma limitação do número de vezes que esse material poderá ser utilizado, já que uma vez descongelado ele não pode passar por um novo processo de congelamento.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

CONTROLE A ANSIEDADE PELO NARIZ

A ansiedade e o estresse andam atrapalhando o seu dia a dia? Já tentou de tudo e não consegue relaxar? Chazinho de camomila não tem mais efeito pra você?
Talvez a solução esteja no simples ato de respirar. Mas pra dar certo, você tem que fazer da maneira correta, não desse jeitinho que você tem feito a vida toda.
É o que sugere a Nadi Shodhan Pranayama, uma técnica de respiração do Yoga (conjunto de disciplinas físicas e mentais tradicionais da Índia). Traduzindo para melhor compreender: nadi = canal de energia sutil; shodan = limpeza, purificação; pranayama = técnica de respiração.

BENEFÍCIOS

O Nadi Shodhan acaba com o estresse e a ansiedade, limpando os canais de energia do corpo e da mente. É o que garantem mestres yogues e um estudo realizado pelo Dr Swami Nirmalananda Saraswati, publicado na Yoga Magazine. 
A técnica indiana promete trabalhar de forma terapêutica muitos dos problemas circulatórios e respiratórios; harmonizar os hemisférios esquerdo e direito do cérebro, responsáveis pelos lados lógico e emocional da personalidade de cada ser humano; e ainda equilibrar a temperatura do corpo. Outra coisa boa é que não há contraindicação, ou seja, você pode praticar o Nadi Shodhan sem medo, quando bem entender.
Nadj-Shodhana1

FUNCIONA MESMO?

No Brasil, o Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conduz uma pesquisa para avaliar os efeitos de técnicas do Yoga, entre elas, os pranayamas (técnicas de respiração).
Embora ainda não tenha a estatística final, a pesquisadora Camila Vorkapic revela que durante o estudo os pacientes já estavam dormindo melhor e sentiam bem menos os sintomas físicos da ansiedade, como tremores, palpitação e dificuldade de respirar.
Já que os resultados estão sendo positivos, porque não começar a praticar essa técnica hoje?

VAMOS LÁ!

1. ACOMODE-SE

Primeiro de tudo, procure um ambiente calmo e escolha uma posição confortável, sente-se no chão ou em uma cadeira, não importa onde, desde que sua coluna fique reta e seus ombros relaxados. Feche os olhos.
Comece então, colocando no seu joelho esquerdo, sua mão esquerda com a palma aberta e virada para cima, ou em posição Chin Mudra, aquela em que o polegar e o dedo indicador tocam as pontas (como na foto abaixo).
nadi_sodhana_sossolteiros.jpg

2. POSICIONANDO A MÃO

Com a mão direita você controla o fluxo da respiração. Coloque o dedo indicador e o médio entre as suas sobrancelhas. O dedo anelar vai na narina esquerda e o polegar vai na direita.

nadi_sodhana02_sossolteiros

3. ALTERNANDO AS NARINAS

Feche a narina direita e inspire pela esquerda. Retenha o ar nos pulmões.
Agora alterne: feche a narina esquerda e expire, soltando o ar retido nos pulmões pela direita.
Inspire pela mesma narina (direita) e expire pela outra (esquerda). Continue essa sequência por nove vezes, sempre inalando e exalando com as narinas alternadas.
Detalhes importantes: Não esqueça de inspirar pela mesma narina que você expirou. Apenas troque a narina com os pulmões cheios e nunca quando eles estiverem vazios.
Se ainda ficou com alguma dúvida, veja o vídeo postado pelo canal do Youtube Arte de Viver Brasil, onde é possível acompanhar detalhadamente todo o processo.

Fonte:
http://sossolteiros.bol.uol.com.br

Dor nas costas: 4 fatores inusitados causadores do problema

Dor nas costas: 4 fatores inusitados causadores do problema


   O vento 
Parece que aquele conselho de vó de evitar correntes de ar mais intensas faz mesmo sentido. Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, e da Universidade Federal de Minas Gerais resolveram tirar a limpo se as condições climáticas influenciavam o aparecimento de desconfortos na lombar - algo muito relatado por quem convive com a chateação. Após acompanhar 933 voluntários durante um ano e avaliar mudanças na temperatura e na umidade do ar, por exemplo, os investigadores descobriram que a friagem ou as chuvas em si não interferiam no problema. "O único fator em que observamos uma pequena associação foi a exposição a ventos de alta intensidade", conta a fisioterapeuta Leani Pereira, uma das brasileiras responsáveis pelo trabalho. Embora o elo entre ventanias e dores na coluna seja discreto, especialistas acreditam que dá para tirar uma nova recomendação daí. "Vou pedir aos pacientes que se protejam mais do vento", afirma o neurocirurgião Adriano Scaff, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. E por que será que as rajadas de ar chegam a afligir a lombar? "Suspeita-se que os ventos estimulem uma espécie de travamento muscular", diz Scaff.
2.    A tristeza 
A dor na alma tem repercussões físicas. E estudos assinam embaixo. O último deles, debatido no encontro anual da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos e baseado em dados de 26 milhões de pessoas, acusa uma íntima relação entre a depressão e dores nas costas. "Quando o indivíduo tem dificuldade para lidar com sentimentos negativos, o corpo pode expressar esse conflito por meio de dores", explica a psicóloga Patrícia Mussoi, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, no Rio de Janeiro. Não é por menos que fatores psicológicos respondem por 16% dos incômodos na nuca ou na lombar, segundo um levantamento canadense publicado no periódico Pain. Se houver predisposição, a angústia sem fim sensibiliza o corpo à dor, e esta, por sua vez, abala o bem-estar emocional – é um círculo vicioso. "Por causa do problema nas costas, o sujeito abandona a atividade física e fica ainda mais triste, tudo que conspira para as dores persistirem", diz Patrícia. Uma hipótese que justifica essa ligação é o fato de que neurotransmissores na cachola que modulam o humor também participam do controle da dor. Por isso, em alguns casos, o tratamento do suplício físico cobra sessões com o psicólogo.
3.    Cigarro
Quase todo mundo, em algum momento, vai enfrentar um episódio de dor nas costas – 80% da população do planeta, para sermos precisos. Mas quem fuma tem uma probabilidade muito maior de fazer parte dessa turma (e, pior, não sair mais dela). A conclusão vem do mesmo estudo americano que apontou o dedo para a depressão. Ele registrou que 16,5% dos fumantes sofriam com o perrengue na coluna, ante 3,7% dos não fumantes. É uma diferença expressiva, resultado dos danos que o tabagismo impõe aos vasos que irrigam as costas. Nesse contexto, há uma maior dificuldade de o organismo se livrar do lixo gerado pelas células musculares. Isso deixa a região imersa em um meio muito ácido, propício a espasmos na musculatura. Para complicar, o aperto nos vasinhos impede que analgésicos naturais do corpo, como as endorfinas, cheguem ao local para aliviar a situação. Aí já viu: é um cenário perfeito para o incêndio doloroso continuar. "Pessoas que fumam ainda não costumam se exercitar, o que torna os músculos mais flácidos e suscetíveis a contraturas", avisa Carlos Macedo, chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Precisa dizer mais? Se for o seu caso, largue o cigarro.
4.    Bebidas alcoólicas
A lista de motivos para não se exceder na bebida alcoólica é looonga. E acaba de ficar maior: a dor nas costas entrou na parada. Palavra daquele mesmo estudo que escancarou o impacto do cigarro no sofrimento da coluna. No caso do álcool, pessoas que abusam têm nitidamente uma tendência maior à encrenca. A incidência é de 14,7% nesse grupo, diante de 4,4% entre os indivíduos que bebem socialmente. Embora seja complicado definir limites seguros, o alerta serve tanto a quem toma drinques diariamente como a quem deixa para encher o caneco no final de semana. "A dor lombar pode ocorrer na primeira fase da dependência alcoólica, quando se perde o controle e há repercussões negativas nos relacionamentos e no trabalho", afirma a psiquiatra Ana Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira do Estudo do Álcool e Outras Drogas. Isso porque altas doses etílicas atrapalham a absorção da vitamina B1 dos alimentos, facilitando uma inflamação nas terminações nervosas e nos músculos. O álcool também desregula as substâncias internas que gerenciam as sensações de dor e bem-estar, contribuindo para que o incômodo na coluna vire crônico. Pelas suas costas, aprecie com moderação.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Coma grãos e viva mais

Coma grãos e viva mais


Aveia, milho, arroz, trigo... Segundo pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, incluir esses alimentos na rotina é sinônimo de mais aniversários pela frente. Como isso foi descoberto? Eles separaram cerca de 110 mil voluntários em cinco grupos, de acordo com a frequência de consumo de grãos integrais. Ficou claro, então, que, entre os grandes fãs desses itens, a taxa de mortalidade por qualquer causa caía 9% e, por doenças cardiovasculares, 15%. Para Qi Sun, que conduziu a investigação, um dos motivos recai sobre a carga glicêmica. "Ao contrário dos grãos refinados, os integrais não elevam drasticamente os níveis de açúcar e insulina no sangue", explica.
A nutricionista Daniela Chaud, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, ainda lembra que eles são mais nutritivos. "É que preservam fibras e componentes como vitaminas E e do complexo B, cobre, zinco e magnésio, além de outras substâncias de ação antioxidante", enumera. Mas, atenção: para entrar no time dos integrais, o cereal precisa ter estas três partes intactas: 
•    Endosperma
É onde fica a maior parcela de amido, um carboidrato complexo que fornece energia.
•    Casca
O nome oficial é farelo. Carrega fibras, vitaminas do complexo B e minerais.
•    Gérmen
Concentra gorduras do bem e minerais, além das vitaminas E e do complexo B.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude