quarta-feira, 23 de março de 2016

HIV é removido de células por meio de edição genética

Imagine pegar uma célula humana, tirá-la do corpo, alterar sua função e colocá-la de volta para evitar a multiplicação de uma doença. Foi isso que pesquisadores da Universidade Temple, EUA, fizeram para remover células da aids. Eles eliminaram o HIV a partir do genoma de células humanas. E o melhor, quando essas células foram expostas ao vírus, estavam protegidas contra a reinfecção.
O método utilizado pelos cientistas é o CRISPR/Cas9. A técnica consiste em direcionar proteínas "editoras" para seções específicas do DNA de uma célula. O nome CRISPR refere-se a uma sequência específica de DNA retirado de um organismo unicelular – como uma bactéria – que faz par com uma enzima guiada por RNA.
Passo-a-passo
Para editar o DNA do vírus dentro de uma célula humana, coloca-se uma bactéria para identificá-lo e produzir uma fita de RNA idêntica ao código do DNA viral. Esse RNA-guia vai se juntar à enzima Cas9 para caçar os vírus com o DNA codificado e destruí-los.
Usando essa técnica, os pesquisadores eliminaram o DNA HIV-1 do genoma de linfócitos T (glóbulos brancos que atuam na imunidade do organismo) humanos cultivadas em laboratório. E quando essas células foram expostas novamente ao vírus, estavam protegidas contra reinfecção.
Apesar dos cientistas já terem testado outras formas de edição genética antes, esta é a primeira vez que se descobre como evitar novas infecções. E quando se fala de HIV, isso é fundamental para melhorar os tratamentos e desenvolver medicamentos anti-retrovirais, porque quando os pacientes param de tomar esses remédios, o HIV volta a sobrecarregar as células - com o CRISPR/Cas9, esse processo pode ser barrado sem efeitos tóxicos.
No Reino Unido, o uso da CRISPR/Cas9 foi aprovado recentemente em embriões humanos para melhorar a qualidade das fertilizações in vitro e reduzir o número de abortos.
No início deste ano, pesquisadores norte-americanos utilizaram a técnica em ratos de laboratório para tratar uma doença genética rara, a Distrofia Muscular de Duchenne. A pesquisa foi o primeiro caso de sucesso da CRISPR/Cas9 em mamíferos vivos e indica o potencial do tratamento para o HIV no futuro.

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia

Por que mulheres precisam de mais horas de sono do que homens?

Mulher dormindo


Uma pesquisa realizada por acadêmicos da Universidade de Duke, na Califórnia do Norte constatou que mulheres insones, ou que possuem alguma dificuldade para dormir, ficam mais zangadas pela manhã, quando comparadas com homens que descansam a mesma carga horária. O estudo analisou os hábitos noturnos de uma amostragem de 210 pessoas e a explicação para a descoberta é mais clara do que a gente imagina: isso se deve a diferença hormonal entre ambos os sexos, o que implica numa necessidade de mais horas de repouso para elas. O esforço para manter equilibradas as cargas hormonais é muito maior quando nós não somos agraciadas com uma noite tranquila de sono, segundo os estudiosos.
Um cochilo mal tirado pode ainda ser medido segundo a persistência de três fatores-chave: pela quantidade de horas de repouso, vezes em que despertamos e o tempo estimado para adormecer. As consequências também são mais graves para a saúde feminina, podendo deixá-las mais aflitas, hostis, depressivas e irritadas. Também temos uma tendência maior a desenvolver complicações cardíacas, quadros depressivos e distúrbios psíquicos, caso não coloquemos tranquilamente, ao longo da vida, a cabeça no travesseiro. Acho que agora vocês poderiam reavaliar o pedido de suas companheiras para ficar mais quinze minutinhos na cama, não é mesmo? 

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude