quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Pise firme

pés em forma

Pesquisadores americanos do Spaulding National Running Center, ligado à Universidade Harvard, publicaram um artigo mostrando a importância de trabalhar a musculatura do pé. Isso porque ela auxilia a sustentar aquele arco localizado entre o calcanhar e os dedos. Em cada passo dado, o arco abaixa um pouco quando o pé toca o chão para atenuar o impacto desse contato. Já no momento de impulsionar o corpo, flexiona-se para empurrá-lo adiante. De uma maneira simplista, é como se tivéssemos uma mola na região. Acontece que, quando ela fica achatada, amortece menos a força dos choques com o solo, além de exigir muito esforço a cada passada. Patrick McKeon, um dos autores do estudo, fala sobre a importância dos exercícios para desenvolver a musculatura do núcleo do pé e dos chamados calçados minimalistas nesse processo.

Qualquer pessoa, e não apenas aquelas com problemas nas articulações, pode se beneficiar  da ginástica para os pés?

O exercício ajuda a melhorar a performance de qualquer um. É como praticar posturas corretas para a coluna – trabalhar a musculatura do pés é igualmente fundamental para manter o corpo saudável. E fazer isso todo dia ajuda a desenvolver uma consciência do papel dos músculos da planta do pé. Por isso, em vez de prescrever uma certa quantidade de repetições, acho mais importante propor que se dedique um tempo por dia para aperfeiçoar a sequência. Por exemplo, se você já consegue executar o exercício sentado, pode experimentar fazê-lo em pé. À medida que avançar com os dois pés no chão, comece a balançar seu peso para a frente e para trás, mantendo a postura a musculatura intrínseca do pé. Depois, faça tudo com uma perna dobrada... E tudo pode ser feito durante as atividades do dia a dia.

Além desse exercício, caminhar ou correr também ajuda a desenvolver os músculos intrínsecos da planta do pé?

Caminhada e corrida são benéficas para o controle desses músculos. Depois de ativá-los pelo exercício para os pés, dá para melhorar sua capacidade por meio de atividades funcionais, como caminhada e corrida.

Em seu trabalho, o senhor mencionou também que os calçados minimalistas podem ser usados para fortalecer o núcleo dos pés. Por quê?

Um dos principais benefícios desse tipo de calçado é o controle dos músculos intrínsecos. Mas para isso é importante que a pessoa tenha plena capacidade de controle do pé, senão vai acabar confiando mais nas características passivas do sistema do que nas ativas. Ao trabalhar os músculos intrísecos primeiro, é possível garantir o controle da musculatura interna e externa.

Qual é a principal contribuição de seu estudo?

É ter apresentado uma maneira intuitiva de trabalhar o controle do pé. O treinamento dos músculos intrínsecos desses membros não é um conceito novo. No entanto, o que nós propomos é que eles não apenas funcionem como estabilizadores dinâmicos do pé, a partir de um ponto de vista do movimento, mas também como sensores de deformação. Com base na sua arquitetura e alinhamento, esses músculos podem desempenhar um papel fundamental na coordenação do resto do corpo, uma vez que o pé interage com o ambiente. Ao ativar esses músculos, pode-se então ter acesso a uma fonte sólida de informação sensorial que é adaptável às exigências que lhe são colocadas.

Fonte:

http://mdemulher.abril.com.br/saude

Andar 6 mil passos por dia beneficia as articulações

Pessoa andando



Em um levantamento da Universidade de Boston e de outras instituições americanas, cientistas mediram quantos passos 1 788 voluntários com osteoartrite nos joelhos - ou com alto risco de desenvolvê-la - davam em uma semana. Acompanharam, então, essa turma por dois anos. "Notamos que caminhar, em média, ao menos 6 mil passos diariamente evita incômodos decorrentes do quadro", diz o fisioterapeuta Daniel White, um dos líderes da investigação.
A meta, embora necessite de outras pesquisas para se consolidar, traz um parâmetro a ser mirado por quem está com os joelhos um pouco fragilizados. "Orientado por um especialista, o indivíduo pode iniciar com, por exemplo, 3 mil passos e, aos poucos, evoluir até alcançar o objetivo proposto pelo estudo americano", reflete Leda Magalhães de Oliveira, fisioterapeuta da Universidade Federal de São Paulo. Aliás, ultrapassar o limite mínimo estabelecido por White e seus colegas parece acarretar ainda mais benefícios. Segundo a pesquisa, a cada mil passos extras incluídos na rotina diária, o risco de o joelho ranger - e atrapalhar tarefas no cotidiano - cai mais 16%.
Por que caminhar faz bem para as articulações
São vários os motivos que fazem as caminhadas deixarem as juntas mais resistentes. "Um deles é regular a produção do chamado líquido sinovial", esclarece Marco Aurélio Vaz, profissional de educação física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tal substância abastece a cartilagem de nutrientes. Assim, garante a integridade dessa estrutura, responsável por impedir o doloroso atrito entre um osso e outro. Em outras palavras, mexer-se bastante mantém nossas dobradiças naturais lubrificadas.
Colecionar passos e mais passos também fortalece as pernas. "E uma musculatura em forma amortece o impacto de diferentes atividades do dia a dia sobre as articulações", explica Ricardo Nahas, ortopedista e coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho, na capital paulista. Na prática, isso significa que a pressão transmitida aos membros inferiores quando subimos um lance de escada ou seguramos uma caixa pesada deixa de ser nociva ao tecido cartilaginoso e à ossatura que compõem tornozelos, joelhos e quadris.

Tecnologias que prometem registrar cada passo

Pedômetro
É um aparelho fácil de carregar por aí. Alguns são feitos para pôr na cintura; outros, no tênis. E não são caros. Só tome cuidado com modelos de baixa qualidade, que confundem qualquer movimento com passada.
Aplicativos
Você baixa um deles e, aí, é como se tivesse um pedômetro acoplado ao celular. Os programas são até fidedignos - a questão é que vários acabam com a bateria do aparelho rapidamente.
Pulseiras
Elas registram a qualidade do sono, as calorias queimadas... e, claro, os passos acumulados ao longo do dia. São boas opções, inclusive porque permitem guardar os dados em computadores. Mas já pesam mais no bolso.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude/saude/andar-6-mil-passos-por-dia-beneficia-as-articulacoes

Colágeno para as articulações

Colágeno para as articulações


Estampado nos rótulos de xampus, hidratantes e produtos alimentícios, o colágeno figura no imaginário popular como sinônimo de uma pele firme e de cabelos resistentes, devido às suas propriedades de sustentação e elasticidade. Menos popular e mais vital, porém, é a sua capacidade de fortalecer as cartilagens. "Essas estruturas é que atenuam o atrito entre os ossos, evitando a osteoartrite, ou seja, a inflamação das articulações, que ficam desgastadas especialmente nos quadris, nas mãos, nos ombros e nos joelhos", esclarece a nutricionista Nadia Brito, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. "O quadro se acentua com o o envelhecimento e com o sobrepeso", alerta. 

Articulações de aço

A comida, diga-se, não entrega o colágeno de mão beijada. Mas as refeições abrigam a matéria-prima para sua fabricação dentro das células cartilaginosas. "Batizadas de condroblastos, essas unidades se valem dos aminoácidos glicina, prolina e hidroxiprolina, partículas proteicas provenientes dos alimentos de origem animal - como carnes vermelhas e ovos -, prontas para formar moléculas maiores, os peptídeos", descreve, em detalhes, a nutricionista Andrea Frias, coordenadora do Centro de Pesquisas Sanavita, em São Paulo. "São esses peptídeos que dão origem às fibras colágenas, capazes de amortecer o impacto articular com força comparável à de um fio de aço." 
 
Acontece que, a partir dos 30 anos de idade, essa fábrica celular de colágeno "desacelera cerca de 1% ao ano", como avisa Nadia. E a situação se agrava para o time feminino após a menopausa. "Os ovários deixam de liberar o hormônio estrogênio, que estimulava a síntese de colágeno a pleno vapor", justifica Andrea. "Por isso, sua produção despenca, em média, 30% nos primeiros cinco anos dessa fase e, depois dela, uns 2% anualmente." A boa notícia é que é possível evitar esse prejuízo com um cardápio que compensa a lentidão do organismo para gerar quantidades adequadas de colágeno. 

Dose diária

Embora seja difícil mensurar em cada proteína a quantidade exata da tríade de aminoácidos formadores de colágeno, os especialistas garantem que incluir os alimentos certos nas refeições garante o aporte dos 10 gramas diários de que o organismo necessita. O pré-requisito inegociável você já conhece: a fonte proteica precisa ser de origem animal. "Carnes vermelhas, frango, peito de peru, peixes, ovos, queijo, leite e iogurte desnatado são as melhores apostas", lista a nutricionista Alexandra Savino, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Pelo menos um desses itens deve constar nas principais refeições do dia. "Um copo de leite e dois bifes grandes já são capazes de contemplar a cota diária", garante Nadia. 
 
Para assegurar que os aminoácidos ingeridos serão, de fato, convertidos em reforço para a cartilagem, você pode dar uma ajuda extra ao corpo, consumindo fontes de nutrientes que colaboram com sua absorção ou participam das reações químicas que os transformam em peptídeos e, finalmente, em colágeno. "É o caso das vitaminas A, C e E, presentes na cenoura, no pepino, na laranja, no limão e na goiaba; do zinco, encontrado nos frutos do mar e na castanha-do-pará; do selênio das nozes e do arroz preto; do silício da aveia, da cevada e da alcachofra; e do cobre ofertado pelo fígado de boi e pelos cogumelos", ensina Alexandra. As possibilidades são inúmeras e não custa nada investir em um copo de limonada no almoço ou acrescentar um punhado de castanhas no lanche da tarde. 
 
Os supermercados ainda exibem produtos que prometem o chamado colágeno hidrolisado em sua formulação. "Eles contêm os aminoácidos submetidos a um processo enzimático químico que facilita sua incorporação pelo organismo", explica Nadia. Vale dar crédito a eles, desde que com o cuidado de escolher uma marca idônea e devidamente certificada. 

O destino do nutriente 

O colágeno também constitui o tendão de aquiles, a ponta do nariz, os ossos e a conexão entre as costelas torácicas anteriores. "Os discos intervertebrais e uma das camadas das artérias são, ainda, formados por um tipo especial dessa proteína, chamado elastina", explica o cientista de alimentos Jaime Farfan, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Por fim, o humor vítreo - substância ocular que preenche a área entre o cristalino e a retina - e músculos que revestem órgãos como o intestino também contam com o colágeno em sua composição. 

Reforço bem-vindo 

O laboratório Sanofi-Aventis acaba de lançar o Mobility, um suplemento de colágeno hidrolisado em forma de sachê, sem sabor nem cheiro, que pode ser dissolvido em bebidas e alimentos. "A suplementação é recomendada a pessoas com uma dieta carente em proteína animal e contraindicada a indivíduos com insuficiência renal", esclarece Nadia Brito. 

Casais perfeitos 

Combinações à mesa que ajudam na produção proteica:
Colágeno para as articulações

1. Peixe e rúcula: o ferro dos vegetais verde-escuros contribui com o processo de formação de colágeno. Aposte em pescados com rúcula e agrião. 
2. Bife e suco: a bebida feita com laranja e acerola fornece vitamina C, que também dá uma força nesse processo. Ele pode acompanhar o bife do almoço. 
3. Frango e tomate: para que o consumo do frango resulte em uma fabricação de colágeno eficiente, consuma-o com tomate-cereja, que provê o auxílio das vitaminas A e C. 
4. Gelatina e companhia: contrariando a crença popular, a sobremesa está longe de ser a melhor coadjuvante na fabricação de colágeno. "A maioria das gelatinas contém uma quantidade insignificante de proteína", desmitifica Andrea Frias. "A exceção são os produtos com colágeno hidrolisado", ressalta Jaime Farfan. O mesmo vale para geleias de mocotó e balas de colágeno. 
Os aliados
Veja as quantidades totais de proteínas em 100 gramas de alguns alimentos. Elas contêm aquele trio de aminoácidos essencial para a formação de colágeno.
Colágeno para as articulações

1. Carne vermelha: o contrafilé grelhado, por exemplo, fornece 35,9 gramas.
2. Frango: grelhado, ele oferece 32 gramas.
3. Peixe: o atum é uma boa pedida e tem 26,2 gramas de proteína.
4. Queijos: o minas conta com 17,4 gramas de proteína. Procure alterná-lo com o cottage.
5. Ovo: quando cozido, seu valor proteico é de 13,3 gramas.


Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude/saude/colageno-para-as-articulacoes

Artrite muito além das juntas




Caminhar, subir escadas, virar páginas de uma revista... Nenhuma dessas atividades simples seria possível sem o complexo de dobradiças, roldanas e cabos que conecta um osso a outro. Esse maquinário todo compõe as articulações, as estruturas que permitem a movimentação de dedos, joelhos e tornozelos. Porém, em algumas pessoas, as juntas começam cedo a passar por maus bocados. Sem razão aparente, o próprio sistema imunológico produz substâncias capazes de danificar essas peças. É a artrite reumatoide, condição que afeta cerca de 2 milhões de brasileiros, a maioria mulheres entre 30 e 50 anos. 

“A liberação excessiva de moléculas inflamatórias desencadeia uma agressão à membrana sinovial, camada que reveste a articulação”, descreve o reumatologista Diogo Domiciano, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Aí, é como se as articulações fossem corroídas aos poucos. Se nada for feito, a destruição alcança até os ossos. A erosão se inicia nas peças menores de mãos e pés e, sem o devido cuidado, se espalha para as estruturas maiores. Os primeiros sintomas são dor, inchaço e rigidez.

Mas não pense que a artrite reumatoide afeta só as juntas. O coração é um dos principais alvos desse golpe. Sim, até esse músculo está sujeito a sofrer com esse problema. Pra início de conversa, a artrite promove alterações nos níveis de colesterol, e isso favorece o surgimento das famigeradas placas de gordura na parede das artérias. Com o tempo, esse emaranhado cresce e pode interromper o fluxo de sangue. 

Outro temor está no uso indiscriminado de anti-inflamatórios para aliviar a dor e o inchaço típicos da doença reumatoide. Tomar esses comprimidos sem o aval do especialista pode desembocar em hipertensão e diabete, duas condições intimamente ligadas a perrengues nas artérias. “Para evitar desdobramentos mais graves, recomendamos que as consultas com o médico e os exames de checkup sejam feitos com maior regularidade nesses pacientes”, sugere o reumatologista Claiton Brenol, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

E a lista de interações arriscadas não para por aí. “A artrite está relacionada a boca e olhos secos, além de inflamação nos pulmões e nos nervos”, enumera Emilia Sato, professora titular de reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O que chama atenção é o pouco conhecimento sobre o tema. Numa leva de estudos conduzida com o apoio da farmacêutica Pfizer, 76% dos participantes não sabiam nada da artrite reumatoide antes de serem diagnosticados com a doença. E essa falta de informações prejudica o diagnóstico e atrasa o tratamento. Fica aqui, então, o principal conselho: se você está com dor persistente nas juntas, procure um reumatologista.

E se você já foi diagnosticado, calma que tem solução. Apesar de ainda não existir uma cura, os remédios disponíveis hoje são capazes de mantê-la sob rédea curta e permitem uma vida praticamente normal. O exercício físico é outro aliado no controle. Mexer o esqueleto não confere apenas ânimo e bem-estar: há um efeito direto nessa artrite. “O exercício estimula a liberação de hormônios, como o cortisol, que também tem ação anti-inflamatória”, ensina Francisco Navarro, da Universidade Federal do Maranhão. Ao adotar um estilo de vida mais equilibrado, manejar a artrite reumatoide se torna um plano muito mais fácil de cumprir. E não só as articulações serão eternamente gratas por isso.



Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude/saude-e-vital/artrite-muito-alem-das-juntas

Estudo aponta que a gravidez estimula a memória

Mulher grávida lendo livro


É normal ver muitas gravidinhas por aí reclamando que estão mais esquecidas. E, por muito tempo, acreditou-se que carregar um bebê na barriga provocava mesmo esse efeito na memória. Mas diversos estudos recentes têm mostrado exatamente o oposto: a gestação melhora a capacidade de memorizar informações.
O trabalho mais recente que apontou esse outro benefício da gravidez vem lá do Canadá. Na pesquisa, publicada no periódico científico Hormones and Behavior, cientistas da Universidade do Oeste de Ontário submeteram 54 mulheres a uma bateria de testes mentais. As participantes eram da mesma faixa etária, mas metade estava grávida e a outra, não tinha filhos.
Os dois grupos apresentaram bons resultados, mas um detalhe chamou a atenção dos estudiosos: excluindo as gestantes que manifestavam sinais de depressão, o time das grávidas obteve notas melhores nos testes de memória em comparação com aquelas que não esperavam um bebê e nem eram mães. Os líderes da pesquisa acreditam que isso se deve ao fato de que, quando uma mulher não está depressiva, os hormônios da maternidade provocariam alterações químicas no cérebro de modo a melhorar a memória. 
Embora os autores do estudo canadense assumam que é preciso investigar mais a fundo essa questão, não dá para negar que as notícias são boas. Afinal, não bastassem a ansiedade e todas as dúvidas que a maternidade traz, ninguém merece ter uma memória ruim!

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

As diferenças de engravidar aos 20, 30 ou 40 anos de idade

Grávidas de 20, 30 e 40 anos


Você se forma na faculdade, é efetivada no emprego, espera aquela promoção na empresa, dá entrada no apartamento e, finalmente, acha que está pronta para aumentar a família. Mas aí tem aquela viagem imperdível, o mestrado que vai ocupar muito do seu tempo ou, então, o futuro pai dos seus filhos não apareceu ainda. De repente, você apaga as velinhas dos 35 anos e só o que consegue ver à sua frente são os sinais de que o tempo está passando... E não há creme que disfarce a queda da sua quantidade de óvulos – fica, mesmo, cada vez mais difícil engravidar. No entanto, cada época da vida tem seus prós e contras quando o assunto é ter um filho. Às vezes, é seu emocional que precisa de mais cuidado, às vezes, é o seu exame de sangue que pede mais atenção. Seja quando for, um benefício (e o maior de todos) é inegável a qualquer tempo: tornar-se mãe.

Aos 20 anos

Do ponto de vida médico, o período dos 20 aos 30 anos é considerado o ideal para a gravidez. Afinal, é nessa fase que a fertilidade da mulher está em alta, que o corpo apresenta um risco menor de ter problemas durante a gestação e de o bebê apresentar falhas genéticas, pois os óvulos são mais novos. “Quando uma menina nasce, ela já tem um ‘estoque’ de óvulos que não vai aumentar, pois eles não continuam sendo produzidos. Pelo contrário, só diminui e envelhece ao longo da vida. Para dar uma ideia: no nascimento, são aproximadamente 2 milhões de óvulos e, quando chega a puberdade, restam 400 mil”, explica Rui Alberto Ferriani, doutor em ginecologia e obstetrícia e coordenador do Setor de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto.
Por outro lado, são raros os casos em que a gestação acontece por escolha e planejamento nessa faixa etária. Com as mulheres se dedicando à carreira, o desejo de ser mãe tem sido cada vez mais adiado e, diferentemente do que acontecia há algumas décadas, nessa fase elas ainda estão começando a crescer profissionalmente e a construir um patrimônio. Além disso, é comum não se sentir madura o suficiente para criar um filho. “As pessoas têm uma dificuldade maior para se tornar independentes e a adolescência está se arrastando muito mais. As meninas ainda não saíram do papel de filha, então essa transposição para o papel de mãe demora mesmo. De qualquer forma, vale dizer que não importa a idade – o que vai fazer de uma mulher uma boa mãe é a capacidade dela de se conectar com o filho para atender às suas necessidades físicas e emocionais”, explica a psicóloga Luciana Leis, especialista em casais que tentam engravidar e que buscam auxílio em reprodução assistida.
Engravidar antes dos 30 anos também tem outro fator superpositivo que nem todo mundo conhece: ajuda a prevenir o câncer de mama. Isso porque os hormônios produzidos durante a gestação induzem uma proteína que inibe o crescimento desse tipo de neoplasia. Além disso, a amamentação funciona como uma proteção natural dos seios, já que durante o aleitamento as células do tecido mamário sofrem alterações, ajudando a reduzir o risco da doença. 

A partir dos 30 anos

Dos 30 aos 35 anos, a medicina ainda considera uma época propícia para a gestação. Este também é o período que muitas mulheres consideram o melhor para a maternidade. Isso porque elas já não são mais tão jovens e não se sentem despreparadas, além do fato de ainda terem o organismo apto para gerar uma criança. “Isso é consequência, principalmente, de fatores sociais. Temos vários indicadores que mostram que as mulheres têm adiado a gravidez”, ressalta Rui Ferriani. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 2013, 19% das mulheres que se tornaram mães em 2012 tinham entre 30 e 34 anos. Esse número era ainda mais alto no Sudeste (21,4%), o que é um resultado considerável para um país em desenvolvimento.
Em um estudo mais recente feito pelo Ministério da Saúde e divulgado em 2014, até a virada do século 20, apenas 22,5% das mulheres deixavam para ser mãe aos 30 anos. Hoje esse percentual subiu para 30,2%. Entretanto, vale lembrar que, depois dos 35 anos, as coisas começam a ficar mais difíceis. “Tanto a quantidade quanto a qualidade dos óvulos diminui e isso só tende a piorar. Então, se a mulher chegou a essa idade e ainda quer postergar a gravidez, o conselho que eu dou é congelar os óvulos. Esse é um procedimento caro, mas eles podem ficar congelados sem prazo de validade”, destaca o especialista, referindo-se à possibilidade de uma fertilização in vitro no futuro.

A partir dos 40 anos

Dizem que os 40 são os novos 30. O estilo de vida mudou muito nos últimos anos e aqueles que já chegaram a esta faixa etária estão mais joviais do que nunca. É natural, portanto, que as mulheres deixem para essa época o plano de se tornarem mães, como as atrizes Carolina Ferraz e Dira Paes, que anunciaram a gravidez aos 46 e 45 anos, respectivamente. Além da maturidade que vem com os anos, normalmente essa é uma idade em que não existe mais aquela sensação de estar “perdendo” alguma coisa ao ter um filho – já cresceu na carreira e atingiu uma estabilidade financeira.
“Nessa faixa etária, em geral, a mulher está muito mais amadurecida, tem uma vida estável e pode se dedicar mais à criança, tendo mais disponibilidade de tempo porque não precisa mais estudar e trabalhar como antes. Mas é preciso deixar claro que, embora seja mais ‘confortável’ deixar para engravidar nessa época por todos esses fatores, a questão da fertilidade é um problema e a mulher precisa saber que as chances de conseguir engravidar são menores”,  aponta a psicóloga.
Por isso, os cuidados devem ser multiplicados. “Toda gravidez aos 40 anos ou mais é considerada de risco. Além da questão da fertilidade, as chances de acontecer problemas na gestação aumentam e os principais deles são hipertensão, risco de aborto, alterações genéticas e pré-eclâmpsia”, explica Dr. Rui.
Se você chegou a essa idade sem ter se tornado mãe e ainda deseja engravidar, é importante buscar a ajuda de um profissional especializado. “É recomendado procurar um ginecologista que já esteja acostumado a acompanhar grávidas com mais idade antes mesmo de tentar. Depois, durante a gestação, o pré-natal é muito parecido com o tradicional, mas vai exigir alguns exames a mais para avaliar a saúde da mãe e do bebê, observando se ele tem falhas cromossômicas, por exemplo”, finaliza Tânia Schupp, doutora em ginecologia e obstetrícia pela Universidade de São Paulo e especialista em gravidez tardia. 

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Vem aí a pílula rosa

Vem aí a pílula rosa


Em 1998, médicos americanos foram autorizados a receitar o primeiro remédio para tratar a disfunção erétil. Começava a era da pílula azul, que espantou o fantasma da impotência entre milhões de homens e se tornou um sucesso mundo afora. Quase duas décadas depois, expectativa parecida ronda a ala feminina. O FDA, agência que regula a venda de medicações nos Estados Unidos, aprovou a comercialização da flibanserina, comprimido que combate a falta de libido. Pelo visto a era da pílula rosa está para começar.
O remédio, que é rosa de verdade, tem ação bem diferente do medicamento masculino. Ele interfere no sistema nervoso para aplacar o chamado transtorno de desejo sexual hipoativo (TDSH) em mulheres que ainda não chegaram à menopausa. Embora a novidade seja alardeada como o “Viagra feminino”, experts pedem um pouco de cautela. “Ela abre uma nova possibilidade e, se bem indicada, terá seu espaço. Mas não vai resolver o problema da mulher de uma hora para outra”, opina a psiquiatra Camila Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP).
Uma das razões para o ceticismo de alguns é a natureza dos entraves sexuais no organismo feminino. Diferentemente dos homens, nas mulheres não há um bloqueio biológico único à vontade de transar. A falta de tesão tem origens múltiplas: psicológicas, hormonais e sociais (pense em um casamento escorrendo pelo ralo). “Até doenças ginecológicas, como a endometriose, podem derrubar a libido” lembra a médica Flávia Fairbanks, da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo. E nesses casos, a flibanserina não surtiria efeito.
A pílula rosa, originalmente um antidepressivo, auxiliaria a reverter a situação interferindo em neurotransmissores. Só que seu efeito não é instantâneo (outra diferença em relação ao comprimido dos homens). As mudanças aparecem após quatro semanas de uso contínuo.
Mexer com a bioquímica cerebral foi, inclusive, um dos motivos por trás da demora para o produto entrar no mercado. Em 2010, o mesmo FDA vetou o composto, pois considerou que os riscos do medicamento eram maiores do que os benefícios – 13% das participantes tiveram que abandonar os testes por causa de efeitos colaterais como fadiga, sonolência e náuseas. Apesar dos avanços recentes, a eficácia da pílula continua em debate. Do outro lado, há depoimentos emocionados das voluntárias americanas que usaram o remédio e disseram que ele fez diferença em sua vida. A aprovação abre caminho para sua entrada no Brasil.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude/saude-e-vital/vem-ai-a-pilula-rosa

Cientistas desenvolvem teste para entender o processo de envelhecimento

Teste envelhecimento

A equipe de pesquisa da Instituição King's College de Londres desenvolveu um teste para entender como o seu corpo está envelhecendo. Os pesquisadores afirmam que esse tipo de estudo é um avanço para a medicina preventiva, já que ele ajuda a identificar as pessoas com alto risco de demência, câncer e Alzheimer.
O estudo, realizado com voluntários entre 25 e 65 anos, buscou os sinais de envelhecimento nas células do corpo e comparou o comportamento de 150 genes diferentes. A equipe descobriu que, para entender o envelhecimento do organismo, é mais eficaz analisar a idade biológica das células do que a data de nascimento do indivíduo, por exemplo. No entanto, o trabalho, publicado na revista Genome Biology, ainda não fornece pistas de como retardar o processo de envelhecimento.
Para Jamie Timmons, professor e pesquisador do Kings College, existe um envelhecimento natural que acontece em todos os nossos tecidos, mas com a análise dessas células, você pode estudar vários fenômenos do corpo humano, inclusive a longevidade e declínio cognitivo. “A partir dos 40 anos, você pode usar o teste como um parâmetro para ver como será o seu processo de envelhecimento”, explica.
Outro fator considerado durante as análises foi o estilo de vida de cada participante. Os cientistas acreditam que o que pode ser prejudicial à saúde, pode não afetar (ou envelhecer) as suas células de fato. Para ter uma imagem precisa de sua saúde é preciso analisar: estilo de vida + idade biológica.
A pesquisa ainda está em suas fases iniciais, mas os próximos passos são promissores. Os pesquisadores pretendem desenvolver o teste no transplante de órgãos, no Reino Unido, para ver se as pessoas que são tecnicamente de idade ainda podem doar com segurança. Timmons afirma também que o teste é uma ferramenta útil para a medicina, pois ele ajuda a prever o aparecimento de demência, identifica as pessoas com maior risco de doenças neurodegenerativas e rastreia o câncer.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

9 alimentos que ajudam a limpar a pele

mulher-pele-lisinha


Uma alimentação saudável e equilibrada está entre os principais itens que ajudam a deixar a pele bonita, livre de manchas, acne e até mesmo ruguinhas e marcas de expressão. Ficou interessada? Saiba o que não pode faltar na sua dieta para ficar com um rosto de boneca!
Goji berry
Além de aliada para quem quer perder peso, essa frutinha tem alto poder antioxidante e anti-inflamatório. Ela oferece hidratação, restauração da barreira cutânea, reposição de minerais e vitaminas.
Leia também: O melhor cuidado para cada tipo de pele
Uva
A fruta estimula funções do fígado, deixando a pele mais bonita. Rica em resveratrol, um antibiótico natural, ela combate os radicais livres, responsáveis por danificar células sadias do corpo, devolvendo o aspecto jovial e sadio à pele
Tomate
O licopeno, que dá ao tomate a cor vermelha, é fundamental para combater os sinais do envelhecimento, como linhas finas e rugas. A vitamina A é outra aliada a reparar as células danificadas da pele.
Iogurte
Rico em probióticos (bactérias que regulam o intestino), o iogurte garante a beleza da pele auxiliando no equilíbrio do organismo. Ele também é capaz de atenuar as olheiras.
Castanhas
Elas previnem o envelhecimento ou enrijecimento dos tecidos, contribuindo para a elasticidade natural do rosto.
Abacate
O abacate é rico em óleos que restauram a hidratação natural da pele, mas sem deixá-la oleosa. O efeito, conquistado graças também às vitaminas A, D e E, é de saúde.
Linhaça
O consumo regular da semente deixa a pele mais hidratada e suave. A linhaça pode ainda melhorar o quadro de quem tem psoríase ou eczema, condições que ressecam a cútis e causam rachaduras.
Manga
Rica em vitamina A, cuja função antioxidante combate os radicais livres, principais responsáveis pelo envelhecimento cutâneo, a manga ainda é capaz de regenerar a cútis, evitar rugas e linhas de expressão e remover toxinas existentes no organismo.
Batata doce
É fonte das vitaminas C, E e compostos bioativos que previnem o envelhecimento precoce, além de ser rica em fibras que auxiliam no bom funcionamento intestinal, contribuindo diretamente na saúde cutânea.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/beleza

Autismo: novidades sobre o diagnóstico e o tratamento do transtorno



Todos os dias, são divulgados na internet entre 60 e 70 novos artigos sobre autismo", revela o neuropediatra Rudimar Riesgo, professor de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e um grande estudioso desse distúrbio neurológico que costuma dar caras na ainda primeira infância. Riesgo conta que, apesar de o transtorno ter sido descoberto há mais de 70 anos, a ciência não conhece completamente suas causas.

"As pesquisas mais recentes fazem a gente pensar que algo acontece durante a gestação, de modo que essas crianças nascem com uma predisposição para serem autistas. E, na dependência da carga genética, somada a fatores ambientais, o autismo pode se manifestar nos primeiros anos de vida", conta Rudimar Riesgo, que também é chefe da unidade de neuropediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

No entanto, mesmo que ainda faltem muitas respostas, cientistas do mundo todo não se cansam de investigar a fundo esse transtorno - que, segundo estimativas, afeta 2 milhões de crianças só no Brasil. Reunimos algumas das pesquisas mais recentes que trazem dados sobre o diagnóstico e o tratamento do autismo. Confira a seguir.
A idade dos pais importa, sim



A associação entre a idade da mãe e o risco de autismo já é bastante conhecida pela ciência: estudos demonstram que quanto mais velha for a mulher ao engravidar, maior a probabilidade de o seu filho desenvolver esse tipo de distúrbio. Mas um trabalho de peso divulgado em junho de 2015 no


periódico científico Molecular Psychiatry provou de vez que essa relação é verdadeira. E mais: a idade do pai também deve ser levada em conta, segundo o levantamento.

Na pesquisa - capitaneada por experts do Instituto Karolinska, na Suécia - foram avaliadas nada menos do que 5,7 milhões de crianças, nascidas entre 1985 e 2004 em cinco países (Dinamarca, Israel, Noruega, Suécia e Austrália). Dessas, 30 902 eram portadoras de alguma desordem do espectro autista (que inclui, além do autismo clássico, a síndrome de Asperger e outros distúrbios do desenvolvimento) e outras 10 128 eram autistas.

Os estudiosos tinham como objetivo investigar se a idade avançada do pai e da mãe era, por si só, um fator de risco para o autismo. E foi exatamente o que descobriram: os resultados evidenciaram que quanto mais velhos os pais (tanto o homem quanto a mulher), maior o risco de os seus filhos serem autistas ou terem algum transtorno associado a esse distúrbio. As análises apontaram ainda que a propensão ao problema crescia quando havia uma diferença de idade maior do que dez anos entre os genitores. "A gente tinha a ideia de que só a idade da mãe seria importante, mas esse estudo mostra que não", comenta Rudimar Riesgo, da UFRGS.
O contato com animais faz bem para os pequenos autistas



Foi o que demonstrou uma pesquisa da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, publicada em maio de 2015 no periódico científico Journal of Autism and Developmental Disorders. Os estudiosos entrevistaram 70 famílias que tinham filhos autistas com idades entre 8 e 18 anos. "Quando comparei as habilidades sociais de crianças com autismo que viviam com cachorros em relação àquelas que não tinham esse contato, os pequenos que eram donos de um cão se saíram melhores", relata Gretchen Carlie, líder da investigação.

E não pense que os bichinhos que traziam esses benefícios eram só cachorros. "Os resultados revelaram que crianças que tinham qualquer tipo de animal de estimaçãoeram mais propensas a ter atitudes como se apresentar, pedir informações ou responder a perguntas de outras pessoas", diz Gretchen. Esse tipo de comportamento não é comum nos pequenos autistas, que tendem a ser mais introvertidos

Segundo Rudimar Riesgo, neuropediatra e professor de medicina da UFRGS, esse estudo prova algo que, clinicamente, já se notava. "A gente já estimula que essas crianças ajudem a escolher um pet, se responsabilizem pela alimentação e pelos cuidados com o animal", conta o médico.

Mas vá com calma: é preciso levar em conta vários fatores antes de aderir à animalterapia, como a espécie do animal, a personalidade e a idade da criança. "Com 1 ano, por exemplo, o pequeno tem um equilíbrio muito frágil e uma habilidade motora não muito boa", pondera Riesgo. Segundo ele, esse tipo de contato é mais indicado para aqueles que já completaram o segundo aniversário.
A musicoterapia acalma crianças com o distúrbio



Está aí outra associação que vem sendo bastante estudada por cientistas mundo afora. Isso porque a música, por si só, diminui o estresse e ajuda a relaxar - o que contribuiria para aliviar problemas comportamentais de crianças autistas, como a tendência a serem barulhentas, inquietas e até agressivas. Em um estudo divulgado no periódico Pertanika, pesquisadores da Universidade Sains Malaysia, na Malásia, reforçaram esse elo.

Eles recrutaram 41 voluntários mirins, que foram divididos em dois grupos: o primeiro era composto de 18 crianças com idades entre 2 e 10 anos; o segundo contava com 23 adolescentes de 11 a 22 anos. Os participantes fizeram sessões semanais de musicoterapia ao longo de dez meses. A avaliação comportamental foi realizada pelos pesquisadores e também pelos pais e professores de música da garotada. Os resultados mostraram que esse tipo de tratamento ajudou os pequenos autistas a melhorarem comportamentos como agitação, birra e até desatenção.

Mas os benefícios da musicoterapia não param por aí. Indiretamente, o método acalma por ajudar no desenvolvimento da comunicação nos pacientes autistas. "Além de não terem recursos sociais, eles não dominam a linguagem. Com isso, se estão aborrecidos, não conseguem dizer. E, assim, não contam com a principal válvula de escape, que é a fala", explica o neuropediatra do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A musicoterapia é indicada para todas as faixas etárias. "A criança pode ser estimulada com música desde o útero", avisa Rudimar Riesgo.
Os sintomas podem aparecer desde cedo



Em um trabalho publicado em junho de 2015 no periódico Current Biology, pesquisadores da Universidade de Londres, na Inglaterra, notaram que uma capacidade visual apurada aos 9 meses de vida seria capaz de prever a probabilidade de o pequeno ser diagnosticado com autismo mais pra frente.

Para chegar a essa conclusão, os estudiosos avaliaram 82 crianças, sendo que 37 delas eram meninas com alto risco de serem autistas por terem irmãos com o distúrbio. Os pesquisadores partiram do pressuposto de que pacientes com autismo orientam seu olhar para qualquer coisa que se destaque no seu campo de visão. Por isso, expuseram os pequenos a uma tela com várias letras iguais e, no meio delas, havia algumas diferentes. Utilizando um aparelho, os cientistas rastrearam o caminho percorrido pelos olhos dos participantes.

Acompanhando os voluntários, os especialistas notaram que aqueles com uma habilidade visual maior aos 9 meses eram também os que apresentavam mais sintomas de autismo aos 15 meses e aos 2 anos de idade.

No entanto, apesar dos resultados animadores, ainda não dá para dizer que esse achado vale para todos os autistas - é preciso investigar mais a fundo essa associação. "Na realidade, um dos sinais mais precoces para diagnosticar o autismo é justamente o contrário: a criança deixa de fixar o olhar", adverte Rudimar Riesgo. Segundo o professor da UFRGS, outros sintomas desse distúrbio que podem aparecer antes de 1 ano de idade são atraso na fala, problemas de sono e quando o pequeno não atende o próprio nome.




Fonte:

http://mdemulher.abril.com.br/saude

Pó de guaraná ajuda a emagrecer e melhora desempenho nos exercícios

Saiba tudo sobre o pó de guaraná  - Foto: Getty Images


O guaraná (Paullinia cupana), consiste numa espécie nativa da região da Amazônia brasileira e venezuelana, além das Guianas, cuja semente se extrai o pó de guaraná. A semente de guaraná apresenta aroma pouco perceptível e sabor ligeiramente adstringente e amargo. 
Esta semente apresenta grande quantidade de amido, cerca de 60% da semente seca, taninos, metilxantinas - especialmente a cafeína, teobromina e teofilina, além de diversos compostos bioativos, como os flavonóides. Em relação aos sais minerais, apresenta fósforo, ferro, magnésio, potássio, cálcio, assim como vitamina A (importante para a saúde ocular) e vitamina B1 (nutriente envolvido no metabolismo energético).  
O guaraná é comumente encontrado sob a forma de pó, obtido a partir das sementes secas, torradas e depois moídas, e na forma de xarope, amplamente consumido em bebidas, muito embora apresente quantidade bem inferior do extrato de sementes de guaraná em sua composição.  
O pó de guaraná proporciona uma série de benefícios, como: melhorar o desempenho nos exercícios e a concentração, aliviar dores de cabeça e ajudar a controlar os níveis de colesterol e açúcar no sangue. 

Principais nutrientes

O pó de guaraná é rico em cafeína, chegando a até 8% de sua composição em sua massa seca. Para se ter uma ideia, o café possui até 2,5%, a erva-mate cerca 1% e o cacau aproximadamente 0,7%. 
Por esta razão, o pó de guaraná é frequentemente utilizado na composição de medicações fitoterápicas e suplementos termogênicos. A quantidade de cafeína no pó de guaraná, contudo, varia de acordo com a região de plantio e método de cultivo.  
A cafeína consiste na metilxantina presente no guaraná de maior ação como estimulante do sistema nervoso central (SNC), promovendo um maior estado de alerta ao indivíduo, resistência ao cansaço e melhora da percepção das atividades intelectuais. 
O guaraná é bom para quem pratica exercícios - Foto: Getty Images
O guaraná é bom para quem pratica exercícios
Estudos associam o consumo de cafeína com a maior capacidade da memória e redução do risco de enfermidades neurovegetativas, como a doença de Alzheimer. Outro grande emprego dessa substância deriva também de sua capacidade em promover a performance e resistência física de atletas quando submetidos a situação de exercício físico extenuante.  
O pó de guaraná também conta com a teobromina. A substância possui efeito broncoprotetor pela capacidade em dilatar os vasos sanguíneos e promover o relaxamento dos brônquios, fator que pode ser útil em tratamentos de doenças respiratórias como a asma. Além disso, a teobromina exerce efeitos no sistema nervoso central, porém em menor grau quando comparado à cafeína.  
O guaraná possui fibras alimentares, incluindo a pectina, um tipo de fibra solúvel, além de celulose e hemicelulose, que consistem em fibras insolúveis constituintes da parede de células vegetais. Essas fibras podem ajudar na função e saúde do trato gastrointestinal. Contudo, as quantidades que efetivamente são consumidas por porção do pó de guaraná são pequenas em relação à recomendação diária de ingestão de fibras alimentares. Por isso, é importante ingerir outras fontes de fibras, como as hortaliças e os cereais integrais.  
O pó de guaraná ainda conta com a teofilina, que assim como a teobromina, é indicada no tratamento de doenças caracterizadas por broncoespasmo, particularmente a asma e enfisema. Isto porque causa dilatação dos brônquios e dos vasos pulmonares, através do relaxamento da musculatura lisa. Ao nível cardiovascular, a teofilina dilata também as artérias coronárias e aumenta os batimentos cardíacos.  

Benefícios comprovados

Melhora o desempenho nos exercícios: Por conter boas quantidades de cafeína, o pó de guaraná é aliado de atletas e praticantes de exercícios físicos. Assim, ele pode ser um recurso ergogênico, promovendo o desempenho nos exercícios pelo estímulo ao sistema nervoso central e melhora na percepção de capacidade física e esforço através da mediação com os neurotransmissores adrenalina e dopamina. Dessa forma, o pó de guaraná atua potencialmente retardando o início da fadiga diante de exercícios prolongados e exaustivos.  

Alivia dores de cabeça: Em alguns casos, o pó de guaraná tem sido empregado como terapêutica auxiliar no tratamento da enxaqueca e da dor de cabeça. Este benefício ocorre devido ao efeito central da cafeína sobre a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, muito embora a cafeína exerça efeitos de vasodilatação em tecidos periféricos. Essa vasoconstrição seria um elemento-chave para a diminuição das dores de cabeça e de crises de enxaqueca em que, justamente, se observa a vasodilatação.  

Melhora a concentração e o raciocínio: O pó de guaraná, em virtude da cafeína e associação com os demais compostos bioativos, como a teobromina e teofilina, demonstra efeito positivo sobre a capacidade de concentração e raciocínio. Isto ocorre porque essas substâncias agem em áreas do cérebro como o tálamo, envolvida com a atenção focalizada, seletividade ao objeto e o alerta, conforme demonstrado por alguns estudos. 

Controla os níveis de colesterol: Estudos evidenciam que a ingestão dos flavonóides e saponinas presentes no pó de guaraná podem auxiliar no controle do colesterol, em particular do colesterol LDL, o colesterol ruim. Adicionalmente, atribui-se à teobromina, os benefícios do pó de guaraná em relação ao aumento do colesterol HDL, o colesterol bom. A pectina, por sua vez, pode auxiliar no aumento da excreção de ácidos biliares, reduzindo a concentração plasmática de colesterol.  

Bom para diabéticos: O pó de guaraná pode auxiliar no controle da glicemia pela presença da pectina, fibras que absorvem água e que possuem a capacidade de formar uma espécie de gel junto aos alimentos no estômago, retardando assim o esvaziamento gástrico. A digestão fica mais lenta e a glicose eleva-se de forma gradual no sangue. Isto irá prevenir picos de glicose e consequentemente de insulina, o que é bom para indivíduos com diabetes e também ajuda a prevenir a resistência à insulina em pessoas saudáveis. 

Ajuda na perda de peso: Apesar do processo de emagrecimento ser consequência de um conjunto de mudanças de estilo de vida, o pó de guaraná pode contribuir para a perda de peso. Isto porque ele proporciona efeito termogênico, ou seja, eleva o gasto energético diário e favorece o processo de lipólise, o que seria um elemento positivo para o controle do peso, desde que seja consumido na quantidade adequada, recomendada individualmente.  

O pó de guaraná ajuda na perda de peso - Foto: Getty Images
O pó de guaraná ajuda na perda de peso
Melhora a circulação sanguínea: O pó de guaraná pode auxiliar na melhor circulação sanguínea, menor formação de placas aterogênicas em vasos sanguíneos, permitindo maior fluxo e suprimento de oxigênio e nutrientes aos tecidos, incluindo a região genital.  

Quantidade recomendada

Não há consenso estabelecido em relação à quantidade indicada para o consumo do pó de guaraná por dia. No entanto, como dosagem segura para indivíduos adultos, orienta-se a quantidade diária de 0,5 a 2g, ou seja, o equivalente a 1 a 4 colheres de café distribuídas ao longo do dia.  

Riscos ao ingerir em excesso

Os riscos do pó de guaraná estão associados ao excesso de cafeína no organismo, denominado cafeinismo, que podem causar sintomas como: ansiedade, irritabilidade, tremores e pela estimulação direta do músculo cardíaco, possivelmente acarretar no aumento de batimentos cardíacos e palpitações. 
Além disso, a cafeína do pó de guaraná pode contribuir para distúrbios de sono. Ainda há o risco dos taninos reduzirem a absorção de determinados nutrientes e, em quantidade elevadas, o pó de guaraná pode aumentar a calciúria (excreção urinária de cálcio), devendo o consumo ser cauteloso em indivíduos em risco para a osteopenia e osteoporose.  
O consumo crônico de cafeína, especialmente em grandes quantidades, pode produzir a dependência psicológica em alguns indivíduos, assim como a suspensão abrupta da cafeína pode resultar em sintomas físicos, como ansiedade, nervosismo e vertigens.  
Recomenda-se atentar ao consumo habitual do pó de guaraná associado à grande quantidade de outras comidas e bebidas que também contenham quantidade considerável de metilxantinas, como café, chás (mate, verde), refrigerantes à base de extrato de cola e o cacau, uma vez que podem se manifestar efeitos aumentados no organismo decorrentes do consumo excessivo.  

Como consumir

O pó de guaraná pode ser consumido tradicionalmente misturado à água ou em outras bebidas, com a finalidade melhorar a sua palatabilidade, amenizando o sabor amargo e adstringente (em decorrência dos taninos, cafeína e teobromina), podendo ser adicionado a sucos naturais, iogurtes ou batidos em smoothies ou vitaminas de frutas, por exemplo.  
Com o objetivo de promover o desempenho durante o exercício físico e considerando que a cafeína é rapidamente absorvida por via oral e atinge o pico no organismo cerca de uma hora após sua administração, orienta-se ingerir o pó de guaraná (assim como demais substâncias estimulantes), no período pré-treino. Para indivíduos que desejem consumir o pó de guaraná não necessariamente associado ao exercício, indica-se a ingestão no período da manhã ou até início de tarde, longe das refeições principais, como o almoço. Em virtude da possibilidade de causar insônia e interferir na qualidade do sono, não é recomendada a administração à noite ou próxima do horário de dormir.  

Combinações

 Combinar o pó de guaraná com a açaí é uma boa ideia. A associação ocorre pelo fato do açaí apresentar também uma gama de nutrientes que exercem efeitos positivos no organismo, destacando-se um pigmento encontrado que confere a coloração característica arroxeada, denominada antocianina (presenta em uvas, frutas vermelhas, repolho roxo e outros alimentos) e que apresenta propriedades antioxidantes que, juntamente à vitamina E, atuam na proteção do organismo frente à ação dos radicais livres. Além disso, fibras alimentares e fitoesteróis contribuem na redução do colesterol, beneficiando a saúde cardiovascular, enquanto os aminoácidos e minerais presentes no açaí, auxiliam na contração muscular. Por ser bastante energético, o açaí em associação aos guaraná pode ser indicados para melhorar o desempenho e a reposição energética a praticantes de exercícios físicos.

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/alimentacao

Panqueca de frango sem farinha

Aprenda a fazer panqueca sem farinha  - Foto: Getty Images

Aprenda a fazer um deliciosa receita de panqueca sem farinha. 

Ingredientes:
300 gramas de frango cru 
2 ovos 
1 pote de iogurte desnatado 
1 /2 xícara de água 
1 colher de sopa azeite de oliva extra virgem 
1 colher sopa mostarda dijon 
Sal, pimenta, salsinha e cebolinha a gosto 

Modo de preparo:

No liquidificador ou processador, bata todos os ingredientes,até formar uma massa homogênea, que deve ficar mais leitosa e não muito grossa. Em uma panela anti aderente,coloque a massa em colheradas, formando a panqueca, doure dos dois lados e recheie com legumes cozidos ou mix de folhas com tomate. 

Rendimento:

Esta receita rende 4 panquecas com 180 calorias cada. 

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/receitas

Emagreça com água de aveia

Emagreça com água de aveia

A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) nos diz que é um dos alimentos mais saudáveis que podemos encontrar, uma fonte de energia e vitalidade que deveríamos incluir diariamente em nossa dieta. Trataria-se, pois, de um modo muito natural mediante o qual podemos perder peso sem sofrer muito e, melhor ainda, sem passar fome. Neste artigo explicaremos como.

Benefícios da aveia

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1. Reduz o colesterol e cuida do nosso coração

Basta tomar uma infusão de aveia em jejum para reduzir o colesterol. Seus óleos ricos em ômega 6 e ácido linoleico constituem as chamadas gorduras boas, capazes de reduzir o colesterol ruim e cuidar do nosso coração.

2. Reduz as calorias

A aveia tem poucas calorias e dispõe também de um efeito saciante. Suas gorduras são muito saudáveis, contém fibra, vitaminas, minerais, oligoelementos e fibra. É, sem dúvida, um superalimento.

3. Depurativa

Dispõe de aminoácidos que nos induzem a produzir lectina no fígado, necessário para nos ajudar a depurar o nosso organismo. Consumir aveia nos permitirá limpar as paredes das artérias, limpando, graças às suas fibras, os depósitos de gordura que nelas se formam.

4. Controla o açúcar

A aveia é bastante recomendada para os diabéticos. Sua fibra solúvel melhora a digestão de amido e mantém estáveis os níveis de glicemia. Um aliado maravilhoso para estes casos.

5. Melhora a digestão

A aveia reduz nosso ácidos biliares, facilitando o trânsito e evitando, assim, a prisão de ventre. Além disso, seus carboidratos são de absorção lenta, o que nos dá uma sensação de saciedade perfeita para ir perdendo alguns quilos e não termos a necessidade de comer muito ou ficarmos “beliscando”.

6. É anticancerígena

São muitos os estudos que foram realizados a este respeito, concluindo que determinados fitoquímicos da aveia nos ajudam a nos proteger contra o câncer. Mais um motivo para consumi-la diariamente.

Por que a água de aveia nos ajuda a perder peso?

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  •  A água de aveia em jejum nos ajuda a perder peso porque sua composição, a base de vitaminas, minerais e fibra, nos dá uma sensação de saciedade, mediante o que não sentiremos a necessidade de ficar beliscando, nem comeremos muito.
  • Dá ao organismo propriedades benéficas enquanto, pouco a pouco, perdemos peso.
  • A aveia elimina todas as toxinas que o nosso corpo vai gerando e armazenando. Se nos nutrimos com sua água, ela nos dará proteínas, além de vitaminas, minerais e oligoelementos.
  • É, além disso, diurética, impede o acúmulo de líquidos em nosso corpo e nos faz sentir melhor

Como consumir a água de aveia para perder peso?

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1. Quanto consumir?

Com o intuito de emagrecer, deve-se consumir a água de aveia em jejum durante um mês seguido. Isto permitirá que fiquemos saciados por quase toda a manhã e nos dará energia e fibra para começar o dia. Também podemos tomar outro copo antes das principais refeições.

2. Como consumir?

  • Pegar uma xícara de aveia, um ramo da canela em pau e dois litros de água.
  • Em um liquidificador, colocar a aveia junto com um copo de água e bater até obter uma mistura homogênea. Depois pode incluir o restante da água, a canela, algum adoçante, se desejar, ou, ainda melhor, stévia ou duas colheres de mel. Se restar algum grão da aveia, você pode coar esta batida. Depois, coloque a água na geladeira, pois, dessa forma, você a conserva durante todo o dia. Comece o café da manhã com um copo, depois é ideal bebê-la antes das refeições, pois ajudará na saciedade e na nutrição.

3. Exemplo de um dia de dieta com água de aveia:

  • Café da manhã: um copo de água de aveia, uma maça e um chá de sua preferência.
  • Almoço: um copo de água de aveia como bebida. Salada de espinafre, com aspargos e nozes e um peito de frango grelhado.
  • Lanche da tarde: um chá verde.
  • Jantar: um copo de água de aveia. Berinjelas ao forno e algumas rodelas de beterraba temperadas com suco de limão. De sobremesa, uma maça assada com canela.
Como você pode ver, o mais importante é começar o dia com um copo de água de aveia e inclui-la como bebida nas refeições principais, sempre equilibradas e sem cometer excessos. Se fizer esta dieta durante um mês, perceberá que aos poucos irá baixando seu peso. 

Fonte:
http://melhorcomsaude.com/emagreca-agua-aveia/