terça-feira, 31 de maio de 2016

Quer “dar um up” na sua saúde? Saiba por onde começar!

Quer “dar um up” na sua saúde? Saiba por onde começar!

Muitas pessoas me escrevem pedindo dicas para melhorar a saúde. No meio do mar de informação que temos hoje em dia, é natural que fiquemos perdidos. Por isso, resumi alguns tópicos que julgo mais importantes para a saúde: eles devem dar uma boa ideia do que considero mais fundamental, assim como direcionamentos de por onde começar.

Alimentação

Uma boa alimentação é o que há de mais importante para uma boa saúde. Para manter-se em boa forma ao longo do tempo, o resultado vem 70% da alimentação e apenas 30% dos exercícios físicos.
Muita gente quer saber qual é o melhor alimento para comer. Queremos uma fórmula pronta e eficaz para ter uma excelente saúde nutricional. A verdade é que não existe um alimento milagroso, nem sequer uma dieta ideal pronta. Cada um reage de forma diferente aos alimentos: o que é ótimo para um, pode não ser tão bom para outra pessoa. A melhor alimentação é você quem deve buscar, procurando conhecer a si mesmo, ao mesmo tempo que busca informações de qualidade. Hoje em dia, a informação sobre alimentação está disponível a todos, então não deixe de investigar!
Quem acompanha o blog, sabe que sempre procuro colocar um foco na boa alimentação. Existem aqueles alimentos que são verdadeiros remédios para nossa saúde: folhas verdes, brócolis, repolho roxo, açaí, cacau, frutas oleaginosas, semente de abóbora, cúrcuma, óleo de coco, abacate, linhaça, enfim, a lista é extensa.
Diante de todas as informações disponíveis, se você quer melhorar sua alimentação, a melhor abordagem é não ser radical. Alimentação também é prazer; não precisa cortar tudo radicalmente ou deixar de comer as “porcarias” bruscamente. Fuja das famosas “dietas”: acho que a dica mais importante é sempre procurar incluir um ou outro alimento bom, sempre ao poucos, sem se preocupar muito em cortar os alimentos ruins. A medida que você inclui os bons alimentos, você sente menos e menos vontade de comer os ruins — sem traumas e sem sacrifícios.
É importante também evitar fazer restrições a alimentos. Quanto mais variada sua alimentação, melhor. É preciso fornecer uma quantidade adequada de vitaminas e minerais para o corpo funcionar em harmonia, e isso só é possível obtendo nutrientes das mais diversas fontes. Com o solo mais empobrecido, isso fica cada vez mais difícil; por isso, além de variar os alimentos é bastante recomendado investigar alternativas de suplementação, como de sais minerais em geral, de vitamina D (importantíssima!), magnésio, cálcio, ou outras conforme sua necessidade específica. Hoje em dia existe uma deficiência crônica desses elementos, e melhorar nisso pode fazer uma diferença absurda na saúde (inclusive na beleza da pele, pela formação do colágeno e outros processos).
Seguem mais algumas das dicas que considero importantes para uma boa alimentação:
  • Prefira alimentos naturais. Evite industrializados e prefira, sempre que possível,comer tudo orgânico: infelizmente o Brasil é o país com maior utilização de pesticidas nocivos à saúde.
  • Importe-se com o que você está ingerindo. Leia os rótulos dos produtos no supermercado. Evite comer fora, dando prioridade à comida em casa, preparada com ingredientes de qualidade e com o devido cuidado.
  • Não se esqueça de ingerir líquido durante o dia: água, chás, sucos, água de coco.

Exercícios Físicos

Para manter-se saudável e em equilíbrio, nosso corpo precisa de movimento. Os benefícios da atividade física são tantos que é impossível enumerar todos; alguns são: prevenção de diabetes, de doenças cardíacas, da obesidade e da hipertensão arterial, diminuição da depressão e da ansiedade, melhora no bom humor e autoestima…
As opções são diversas: corrida, musculação, pilates, treino intervalado entre várias outras. É sempre possível fazer exercícios em casa também. O importante é encontrar algo que seja prazeroso, pois somente assim poderá se levar a atividade por um longo prazo. Ah, e uma dica simples se você não está conseguindo manter sua rotina: faça seus exercícios pela manhã. É surpreendentemente eficiente! 
Isso tudo é muito bom, porém, ainda mais importante, é integrar a atividade física no seu dia a dia. Medidas simples — mas continuadas — como subir escadas, caminhar ou andar de bicicleta até o local de trabalho, fazer atividades domésticas, ir à pé na padaria ou supermercado, fazer sua própria comida, também podem ser considerados exercícios físicos. Aliás, esse é considerado o segredo #1 da longevidade em um estudo supercompleto realizado ao longo de muitos anos.
Ter boa vontade e separar um tempo para si mesmo para movimentar-se é dar a oportunidade de ter um corpo mais saudável, aumentar a autoestima, ter uma qualidade de vida melhor e investir num futuro sem complicações relacionadas à saúde. Mexa-se sempre.

Sono

Dormir bem é fundamental para a saúde e qualidade de vida. Se você não dorme bem, seu dia é ruim, seu aprendizado é ruim, seus relacionamentos são prejudicados, seus resultados no trabalho sofrem, além de você adquirir diversos problemas de saúde no longo prazo.
Se você não está acordando descansada e renovada, é importantíssimo dar prioridade para isso. Você pode pensar que é exagero mas, na minha opinião, se você não dorme bem, resolver esse problema deve ser sua primeira prioridade na vida, tamanha a importância disso.
E se seu sono continua deixando a desejar, não apele para remédios: há uma série de soluções naturais não-agressivas a serem tentadas.
Outra coisa a ficar bastante atenta é quanto ao uso de telefones celulares, computador, etc, perto da hora de dormir. 

Saúde Mental

Tão importante quanto a saúde física é estarmos bem psicologicamente, não é mesmo? Ninguém quer ter uma mente perturbada e inquieta. Uma má higiene mental pode criar muitos problemas, por isso é importante estarmos atentos e cultivar bons hábitos mentais. Isso é muito individual para cada pessoa, porém algumas coisas são universalmente aceitas como mentalmente saudáveis:
  • Cultive hobbies. Desenvolva passatempos com os quais sua mente possa expressar suas emoções e alegrias. Alimente seu intelecto, diversifique seus interesses. Lembre-se de que, enquanto você preencher a sua mente com os próprios ‘alimentos mentais’, você irá sentir menos tédio e conflito interior.
  • Participe da vida em grupo. Cerque-se de amigos e familiares. Recupere amizades antigas ou faça amizades novas e verdadeiras para alimentar sua mente. Melhore as suas relações sociais e permita mais carinho e amor com as pessoas mais próximas a você.
  • Faça o bem! As boas atitudes que temos no dia a dia influenciam a sociedade, e fazem muito bem para nosso bem-estar e saúde mental. Nossas boas ações despertam nas outras pessoas o desejo dessa prática também, criando uma corrente de coisas boas ao nosso redor.
  • Desafie a si mesmo de tempos em tempos. Procure sempre se aperfeiçoar como ser humano. Busque um trabalho com significado e com um bom nível de desafio. Não tenha medo de sair de sua zona de conforto: é somente assim que conseguimos expandir nossas mentes e apreciar o que há de bom na vida. Libertar-se da preguiça é fundamental.
  • Cerque-se de beleza! Redecore sua casa ou jardim. Faça uma faxina de primavera. Coloque uma música alegre. Faça o que for necessário para sentir-se relaxada e em paz. Pratique qualquer forma de espiritualismo que lhe agrade.

Fonte:
http://belezaesaude.com/up-saude/

Entenda o que é a deficiência de G6PD

O que é a deficiência G6PD


Muito confundida com uma alergia alimentar, a deficiência de G6PD (Glicose-6-Fosfato Desidrogenase) ainda provoca bastante dúvida entre os pais e familiares de crianças diagnosticadas com o problema. É grave? Tem cura? O que pode e o que não pode? Tantos questionamentos não são à toa, já que o assunto não é tão fácil de entender e nem é divulgado como deveria. Por isso, conversamos com especialistas e explicamos a doença item por item para você saber como lidar com ela da melhor forma possível.
1. O que é G6PD e qual a sua importância?
Publicidade
A Glicose-6-Fosfato Desidrogenase, mais conhecida como G6PD, é uma enzima presente em todas as células do nosso corpo, auxiliando na produção de substâncias que as protegem de fatores oxidantes. No caso das hemácias (os glóbulos vermelhos que levam oxigênio para os tecidos e que são, portanto, o principal combustível dos nossos órgãos), a G6PD é essencial, pois é a única responsável por essa proteção.
2. E como é a deficiência de G6PD?
Como a própria expressão sugere, trata-se da carência dessa enzima - seja por não tê-la em quantidade suficiente, seja porque ela não funciona como deveria. Quando há essa deficiência, os glóbulos vermelhos ficam "desprotegidos" e, consequentemente, tornam-se suscetíveis à oxidação, o que pode afetar estruturas vitais como a hemoglobina, por exemplo. A pior reação, porém, é a indução da hemólise - nome dado à destruição prematura das hemácias, levando ao desenvolvimento de anemia.
3. Como ela se desenvolve?
Inicialmente, é importante dizer que a deficiência de G6PD é um tipo de Anemia Hemolítica Hereditária, um grupo de distúrbios que provocam a ruptura das hemácias, desencadeando um quadro anêmico. "Por fazer parte desse grupo, a deficiência tem transmissão genética (é passada de pais para filhos) e está ligada ao cromossomo X, mas acomete ambos os sexos", conta a hematologista do Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), Carolina Abrantes. Estima-se que 400 milhões de pessoas no mundo sofrem com esse problema, prevalecendo em áreas endêmicas como África, Oriente Médio, Mediterrâneo e Nova Guiné.
Não se trata, portanto, de uma alteração da imunidade ou de um processo alérgico, como muitos costumam pensar. Entretanto, cabe ressaltar que existem os chamados fatores precipitantes ou agentes agressores, que funcionam como uma espécie de gatilho, acelerando a oxidação e o rompimento das hemácias. Podem ser medicamentos (listados ao final da matéria), bolas de naftalina,corantes - que devem ser mantidos bem longe dos portadores dessa deficiência - e até mesmo infecções bacterianas ou virais.
4. Quais são os sintomas e como a doença é detectada?
"A icterícia (caracterizada por olhos, pele e mucosas amarelados) que demora mais para passar, diferenciando-se da icterícia neonatal, além de palidez e urina escura, são sintomas que podem indicar a existência do problema", diz a especialista do Hemorio. O diagnóstico pode ser feito logo após o nascimento, por meio do teste do pezinho ampliado (que não está disponível na rede pública de saúde) ou ao longo da vida, através da dosagem de G6PD. "A gravidade da doença será proporcional à deficiência da enzima", destaca Carolina.
Clery Bernardi Gallacci, pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana, de São Paulo, lembra ainda que é importante que as mães não se desesperem caso o filho apresente icterícia: "Quando esse quadro é acentuado e as causas mais comuns são descartadas, investiga-se se há a possibilidade de haver deficiência de G6PD, mas esses são casos muito mais raros".
5. O que fazer quando o diagnóstico for confirmado?
"O pediatra pode seguir observando as condições da criança, mas, geralmente, nós recomendamos também o acompanhamento de um hematologista", afirma Clery. Afinal, estes são os especialistas que tratam as doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos - aqueles onde se formam as células sanguíneas. Portanto, os hematologistas é que poderão avaliar a saúde dos portadores da deficiência de G6PD, principalmente nos casos mais graves. 
"Se houver um grau de anemia, é importante que ele seja verificado periodicamente por meio de um hemograma. Além disso, é preciso avaliar a hemólise com marcadores simples LDH (lactato desidrogenase), bilirrubina total e frações, além de ficar sempre atento às possíveis infecções, que devem ser diagnosticadas e tratadas o quanto antes", acrescenta Carolina Abrantes.
Vale ressaltar que se o diagnóstico for feito enquanto o bebê ainda é amamentado pela mãe, ela será orientada a não entrar em contato com os agentes agressores. Isso porque as substâncias podem ser passadas para o filho pelo leite materno, afetando a sua condição e podendo levá-lo à hemólise prematura. 
6. Existe cura ou tratamento?
Não há um tratamento específico ou cura para a doença. A baixa quantidade da enzima G6PD irá acompanhar seu portador por toda a vida. O que deve ser feito, na verdade, é "evitar as drogas oxidantes, infecções e alimentos como fava e corantes, por exemplo. Também é importante manter o calendário de vacinas em dia, comunicar os médicos sobre a deficiência e portar uma lista com a relação de remédios que não devem ser administrados, como paracetamol e dipirona", esclarece Carolina. Outra dica é deixar um cartão de aviso sobre a enfermidade junto dos documentos de identificação e objetos pessoais, caso aconteça algum atendimento de emergência. Se as instruções forem seguidas e as restrições respeitadas, a qualidade de vida da criança não deverá ser afetada. 
7. E quais são os riscos?
Caso o acompanhamento médico não seja feito da forma recomendada e o paciente continue sendo exposto aos agentes que aceleram a oxidação dos glóbulos vermelhos e levam a criança a hemolisar, pode-se correr um sério perigo, pois as hemácias cumprem uma função vital em nosso corpo. Palidez, cansaço extremo e sonolência são alguns indícios de que o pequeno está hemolisando, assim como a urina escura e o aspecto amarelado da pele. Quando se observa alguns desses sinais (principalmente os dois últimos), é fundamental procurar um atendimento médico.
É importante lembrar que a velocidade com que essas reações acontecem pode variar de acordo com o nível de carência da enzina que a pessoa apresenta, bem como o fator precipitante com o qual ela entrou em contato - o feijão de fava, por exemplo, tende a ser mais perigoso. "Dependendo do grau de deficiência de G6PD, se não houver um pronto atendimento com transfusão sanguínea e tratamento da causa, pode haver risco de vida", alerta Carolina. No entanto, isso acontece apenas em casos mais graves.
De qualquer forma, não é porque a criança não apresentou nenhum sintoma a curto prazo com determinada substância, que ela pode seguir consumindo. Aos poucos, isso pode sobrecarregar o organismo dela.
8. Como lidar com essa condição?
A pediatra do Santa Joana enfatiza que a deficiência de G6PD demanda, sim, uma atenção aos elementos com os quais a criança entra em contato, mas que não deve ser motivo de extrema preocupação. "É importante que as mães não se assustem com isso e tenham sempre na bolsa uma lista com todos os agentes capazes de desencadear hemólise. Ela pode plastificá-la e tê-la sempre à mão, principalmente durante as compras, por exemplo, já que precisa observar os rótulos dos produtos. Mas, de modo geral, a criança deverá ter uma vida normal", finaliza.
Analgésicos e antipiréticos
Devem ser evitados: Acetanilida, metamizol, fluotante, ácido para aminosalicílico
Podem ser usados com cuidado: acetaminofeno, acetofenatidina, ácidoacetilsalicílico, aminopirina, antipirina, fenacetina, paracetamol
Antiarrítmicos
Deve ser evitado: quinidina
Podem ser usados com cuidado: procainamida
Anti-helmínticos
Deve ser evitado: piperazina
Anti-hipertensivos
Devem ser evitados: captopril, enalapril (maleato), hidralazina (cloridrato)
Anti-maláricos
Devem ser evitados: hidoxicloroquina, mefloquina, pamaquina, pentaquina, primaquina, quinocida
Podem ser usados com cuidado: cloroquina, pirimetamina, quinacrina, quinino
Antianginosos
Devem ser evitados: mononitrato de isossorbida, dinitrato de isossorbida, nitroglicerina (trinitrina)
Antibacterianos
Devem ser evitados: ácido nalidíxico, cloranfenicol, ciprofloxacino, dapsona, fenazopiridina, furaltodona, furmetonol, nitrofurantoína, nitrofurazona, nofrfloxacino, ofloxacino, Co-trimoxazol, furmetonol, neoarsfenamina
Podem ser usados com cuidado: ácido p-aminobenzóico, isoniazida, trimetropina estreptomicina
Antiepiléticos
Pode ser usado com cuidado: fenitoína
Antiparkinsoniano
Pode ser usado com cuidado: L-Dopa
Antiprotozoários
Devem ser evitados: furazolidona
Antissépticos
Deve ser evitado: azul de metileno
AntitóxicosDeve ser evitado: dimercaprol (BAL)
Anti-inflamatório
Deve ser evitado: probenicide
Anti-histamínicos
Podem ser usados com cuidado: astemizol, azatadina, bronfeniramina, cetirizina, clorfeniramina, ciproeptadina, difenidramina, dexclorfeniramina, difenidramina, elastina, hidroxizina, loratadina, mequitazina, oxatomida, terfenadina
Citostáticos
Pode ser usado com cuidado: doxorrubicina (cloridato)
Contrastes
Deve ser evitado: azul de toluidina
Estrogênio
Deve ser evitado: mestranol
Sulfonamidas e sulfonas
Devem ser evitados: sulfacetamida, sulfametoxazol, sulfametoxipirimidina, sulfapiridina, sulfassalazina, diaminodifenilsulfona (DDS), dapsona, sulfanilamida, sulfamerazina, sulfatiazole, sulfoxone, tiazolsufona, N-acetilsufanilamida, sulfatizaol
Podem ser usados: sulfisoxazole, sulfadiazina, sulfametoxipiridazina
Vitaminas
Devem ser evitadas: vitamina K1 e vitamina K3
Pode ser usada com cuidado: vitamina C (ácido ascórbico)
Alimentos e uso doméstico
Devem ser evitados: corantes, grão de fava e naftaleno


Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude