quinta-feira, 19 de novembro de 2015

7 coisas pra saber e manter o diabete (bem!) longe de você

Aparelho de medição de glicose no sangue

  1. São 500 novos diabéticos por dia. Faça exames!
O número é impressionante: 14 milhões de brasileiros acima de 18 anos são portadores da doença. E quase metade dessa gente nem desconfia! Silenciosamente, o diabete prejudica a circulação, entre outros estragos. O diabético que não controla o açúcar no sangue corre de duas a quatro vezes mais risco de sofrer um infarto ou um AVC. Quando já existe alguma disfunção renal, a ameaça de um ataque do coração se multiplica por cinco.
  1. Emagrecer faz, sim, a diferença. Duvida?!
Há duas formas de diabetes. O tipo 1 tem a ver com seus genes. Já o tipo 2 surge por causa dos maus hábitos alimentares, do excesso de quilos, do sedentarismo, do alcoolismo e, ainda - claro! -, do cigarro. Nove em cada dez diabéticos são justamente do tipo 2, ou seja, ficaram assim por causa de um estilo de vida desequilibrado. E é fácil você entender também por que o diabetes é uma epidemia: mais da metade dos brasileiros adultos estão acima do peso.
  1. Às vezes, dá para tratar sem remédio, sabia?!
Sim, quando o diabete é diagnosticado cedo - daí a importância de ele nunca ser esquecido nos exames de rotina -, o médico pode indicar apenas dieta e exercícios físicos, como caminhadas e academia. Xô, preguiça! Mas, veja bem, mesmo nesse caso, monitorar o açúcar no sangue uma vez por dia ou, pelo menos, algumas vezes por semana continua sendo fundamental. Só isso garante que o tratamento está funcionando.
  1. Medição precisa ser constante
Não adianta! Uma vez diagnosticado o diabete, incluir na rotina o hábito de medir a glicose do sangue é essencial, e permite que a pessoa tome a atitude necessária para regular a taxa desse açúcar na circulação. É o médico quem indica quantas vezes o monitoramento precisa ser repetido ao longo do dia. Em geral, recomendam-se medições antes e duas horas depois das refeições, antes de engolir remédios ou aplicar insulina e também na hora de dormir. Eventualmente, pedem-se medições na madrugada também. Tudo para que as taxas de glicose fiquem na medida certa ao longo das 24 horas, como se não houvesse diabete. Essa "normalidade" conquistada promove uma excelente qualidade de vida. Pena que 73% dos diabéticos tipo 2 deixem o monitoramento de lado, correndo risco à toa. Conhece alguém assim?!
  1. Não ajuda em nada se estressar
O estresse bagunça as taxas de açúcar no sangue - e muito! Estressadas, as pessoas produzem hormônios que favorecem até mesmo o acúmulo de gordura no corpo. Essa gordura, especialmente na região abdominal, atrapalha a absorção da insulina, substância que faz a glicose entrar nas células, saindo da circulação. Sem contar que o indivíduo ansioso e acima do peso tende a devorar alimentos calóricos, engordando mais e mais. O cenário piora com a insônia. As noites em claro favorecem ataques à geladeira e aumentam a produção dos hormônios do estresse. É um círculo vicioso. 
  1. Desapareça com o cigarro
A nicotina, por si, afeta os níveis de glicose e até torna mais lenta a ação da insulina. Além disso, fumar aumenta o risco de AVC, infarto, insuficiência renal e câncer, transformando o diabete em uma bomba-relógio. Para completar, o fumante perde fôlego ao fazer exercício. Não vale nada a pena, concorda?!
  1. Não deixe de se mexer
A atividade física melhora a ação da insulina e derruba os níveis dos hormônios do estresse. Quem adquire esse hábito sai ganhando e tem boas notícias no monitoramento diário da glicose. Vamos lá?! Levante da cadeira, do sofá, da cama, largue o celular e comece hoje mesmo uma atividade física.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Vírus zika é a principal hipótese para os casos de microcefalia, segundo Ministério da Saúde

Bebê dormindo



Durante a sua formação dentro do útero, o cérebro do bebê acaba não se desenvolvendo de maneira adequada. Ao nascer ou ainda dentro da barriga, nota-se que a circunferência da cabecinha é menor do que o esperado para sua idade gestacional. Além disso, a massa encefálica apresenta aspecto liso e calcificação. Estamos falando da microcefalia, uma malformação cerebral que provoca atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo da criança. Entre as causas desse defeito congênito estão o contato com substâncias tóxicas durante a gestação, o consumo de álcool pela futura mãe e infecções como toxoplasmose, rubéola e herpes na gravidez.
Agora, mais um suspeito entrou para essa lista: o vírus zika. De origem africana, ele é transmitido pelo Aedes aegypt - o mesmo mosquito que carrega o vírus da dengue - e começou a circular pelo Brasil em abril de 2015. Há relatos de casos em todas as regiões do país, mas foi no Nordeste onde houve um surto de infecções no começo do ano e também onde ocorre, desde outubro, um aumento de recém-nascidos com microcefalia. Em números divulgados nesta terça-feira (17), o Ministério da Saúde (MS) já contabilizou 399 casos da malformação, sendo 268 só em Pernambuco. Outros Estados com registros da doença são Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Ceará e Bahia. Para se ter uma ideia da incidência da doença, entre 2010 e 2014, o Brasil vinha registrando uma média de 156 casos ao ano.
Embora ainda não seja possível cravar as causas desse pico nos quadros de microcefalia, a principal hipótese do MS é que o zika esteja por trás disso. Essa relação ganhou força nesta terça-feira, quando o Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) notificou o governo de que, por meio da amniocentese, foi diagnosticada a presença do vírus no líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba, cujos bebês foram confirmados com a malformação em exames de ultrassonografia. Ambas contraíram o agente infeccioso no primeiro trimestre da gravidez e apresentaram manchas na pele, que é um dos sintomas. "Isso fecha o diagnóstico da correlação entre a infecção por vírus zika e a microcefalia? O que a gente pode responder nesse momento é 'quase'. Isso revela que, além de estar presente no organismo, ele passou para o feto. Então, é altamente provável a relação entre as duas coisas, que não seja só uma coincidência", comentou Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério.
Segundo Maierovitch, esse elo é inédito e não consta na literatura científica até o momento - daí porque ainda não é possível afirmar se o quadro infeccioso provocado pelo vírus zika causa, de fato, a malformação. Por isso, o Ministério da Saúde vai coordenar estudos junto a diversas instituições do país a fim de chegar a uma conclusão. Vale lembrar que o problema já foi comunicado à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização Pan-americana da Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças. Além disso, a previsão é que seja divulgado um boletim epidemiológico sobre os números da microcefalia a cada semana. A orientação do MS é que, a partir desta quarta-feira (18), hospitais e profissionais de saúde comuniquem ao governo todos os casos identificados.
Recomendações para as gestantes
Até que se identifique as causas do aumento da incidência de microcefalia no Nordeste, o ministério não recomenda que as mulheres que vivem na região evitem engravidar. Para as que estão grávidas, as orientações são: 
  • Fazer todas as consultas e os exames do pré-natal;
  • Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
  • Não utilizar medicamentos sem orientação médica;
  • Evitar o contato com pessoas que estejam com febre, infecções ou manchas no corpo;
  • Adotar medidas para reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, o que inclui retirar recipientes que tenham água parada e cobrir locais de armazenamento de água;
  • Proteger-se de mosquitos instalando telas ou mantendo as janelas fechadas, usando repelentes indicados para grávidas e vestindo, se possível, calça e camisa de manga comprida.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude