segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Saiba por que você nunca deve pôr as cebolas na geladeira

Cebola


Embora existam muitas razões para louvar as qualidades da sua geladeira, devemos dizer que alguns alimentos realmente não precisam dela.
Uma geladeira pode desidratar o seu pão, por exemplo, adoçar as suas batatas e endurecer o seu mel.
E, acredite se quiser, esta regra vale também para as cebolas, que não estragam por 30 dias se você armazenar da maneira certa (em um lugar seco, fresco e escuro - não na geladeira).
Saiba o motivo: Quando uma cebola é refrigerada, as temperaturas frias e úmidas da geladeira convertem o amido em açúcares (o mesmo acontece com as batatas) e as cebolas tendem a ficar mais moles ou murchas muito mais rápido. E mais, como você já deve saber, elas também deixam um cheiro desagradável no seu refrigerador e fazem tudo ficar com cheiro ou gosto de cebolas.
Em vez disso, mantenha as suas cebolas, vermelhas ou brancas, no saco de malha em que vieram, ou em uma bacia, em um lugar seco, fresco e ventilado em sua despensa.
Cebola
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sugere que você as guarde entre 7º e 10ºC (pouco acima do nível de refrigeração), mas, se você não conseguir encontrar um lugar fresco assim, elas se manterão por uma semana à temperatura ambiente.
Outra coisa, não armazene as cebolas em uma sacola; elas precisam de ar para respirar, e assegure-se de mantê-las separadas das batatas, que podem expelir umidade que acelera a decomposição das cebolas.
No entanto, esta regra de não guardar na geladeira não se aplica às cebolinhas ou cebolas verdes, já que elas têm um elevado teor de água e precisam ser refrigeradas.
Como um bônus, se você quiser reduzir a quantidade de lágrimas que rolam pelo seu rosto enquanto você as corta, a Associação Nacional das Cebolas (dos Estados Unidos) recomenda refrigerar a cebola por aproximadamente 30 minutos antes de cortar a parte de cima e descascar (sendo que devemos não tocar na extremidade da raiz, já que lá tem a maior quantidade de compostos sulfúricos que tendem a fazer os nossos olhos lacrimejarem).
Inclua isto à lista de coisas que guardamos na geladeira, mas que com certeza não deveríamos.

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia

A saída é a super alface

Alface



O Japão já foi sinônimo de produto eletrônico. Mas acabou ultrapassado pela China e pela Coreia, e hoje as empresas japonesas perdem mercado e amargam prejuízos. Até que uma delas teve uma ideia. "Nós paramos de fabricar chips em uma de nossas fábricas. Resolvemos começar a produzir verduras", diz Rishad Marquardt, porta-voz da Fujitsu, gigante de tecnologia com 168 mil funcionários. A empresa decidiu converter sua fábrica em Aizu-Wakamatsu (300 km de Tóquio) numa usina de produção de alface. Os chips de computador são fabricados em salas ultralimpas, onde a qualidade do ar é rigidamente controlada, pois a mínima contaminação pode estragá-los. E os japoneses perceberam que isso também poderia ser ótimo para verduras. Como a sala é estéril, a alface não está sujeita a pragas, dispensando o uso de agrotóxico. E, depois que é colhida, ela dura até três semanas, bem mais do que a alface comum. Atualmente, a fábrica produz 3.500 pés de alface por dia, vendidos nos supermercados do Japão a R$ 12 cada um. É 30% mais caro do que a versão comum. Mas a superalface tem 80% menos potássio, o que a torna indicada para pessoas com problemas nos rins - e supostamente dá à verdura um sabor adocicado. Sharp, Toshiba e Panasonic também têm projetos relacionados à produção de verduras. Se derem certo, o próximo hit tecnológico japonês não será digital. Será comestível.




Fonte:

http://super.abril.com.br/ideias/a-saida-e-a-alface

Todo mundo tem uma nuvem pessoal de micróbios

Não adianta esfregar com Super Cândida: micro-organismos no corpo humano são em número dez vezes maior que as próprias células. Mas não precisa entrar em crise de identidade: como bactérias e fungos são muito menores que células humanas, o volume total dos convidados é "apenas" cerca de um litro.
Agora, cientistas da Universidade do Oregon (EUA) descobriram que não apenas emitimos o tempo todo uma nuvem com milhões desses micróbios, como essa nuvem é única, permitindo identificar cada indivíduo. Eles compararam a situação com o Chiqueirinho da Turma do Charlie Brown.
pig pen charlie brown
"A ciência diz que é totalmente normal, gente!"
Foi assim: eles colocaram 11 voluntários numa câmara esterilizada e depois estudaram as bactérias que foram levadas lá pela nuvem de cada um deles. Essa nuvem é formada por milhares de espécies diferentes, como a Streptococcus, que vive principalmente na boca, e aPropionibacterium, que habita a pele e causa espinhas. E, vejam só, a Super Cândida, um fungo a que muitos devem ter tido o desprazer de serem apresentados.
Feito o teste, os cientistas então mediram as proporções dos micro-organismos e seus marcadores genéticos, que indicam cepas diferentes. Depois de coletados os dados, eles repetiram o experimento, tentando identificar os voluntários por sua nuvem. Em quase todos os casos, acertaram.
"Esperávamos ser capazes de detectar o microbioma humano no ar em volta de uma pessoa, mas ficamos surpresos em descobrir que podíamos identificar a maioria dos ocupantes apenas testando sua nuvem microbial", afirma James F. Meadow, líder do estudo. "Nossos resultados demonstram, pela primeira vez, que indivíduos emitem sua nuvem microbial personalizada."
Quem sabe um dia não precisemos mais apresentar R.G. ou cartão de banco. Basta olhar nossa porquice para saber quem somos.

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia

Cientistas descobrem a forma como o cérebro avisa ao corpo que deve queimar gordura



Se você alguma vez já quebrou a cabeça tentando descobrir uma forma eficaz de perder gordura corporal de maneira saudável, estudo liderado por uma universidade portuguesa talvez te ajude a entender a questão.

De acordo como os resultados do trabalho publicados na revista Cell, o cérebro de muitas pessoas obesas mesmo com altos níveis de leptina — conhecido como o hormônio da saciedade — não recebe o "sinal" para parar de comer e, consequentemente, passar a queimar gordura. Dessa forma, a pessoa não consegue controlar o que ingere tão facilmente quanto alguém que é "avisado" pelo cérebro o momento certo de parar.

Estudos anteriores já explicavam como funciona o processo que leva o organismo à saciedade. A leptina é diretamente ligada a uma parte do cérebro chamada de hipotálamo. O "hormônio da saciedade" é ativado pelas células adiposas do nosso organismo, mandando uma mensagem para essa parte do cérebro, que leva a diminuição do apetite e, consequentemente, estimula a utilização das reservas de gordura que existem no corpo. A sensação de fome acontece quando o cérebro detecta a diminuição da leptina na corrente sanguínea.
Os cientistas disseram que a "falha", que pode ser supostamente encontrada naqueles que sofrem com a obesidade, acontece nas fibras nervosas das células adiposas. E era esse detalhe tão importante que faltava para que novos estudos sejam feitos no sentido de procurar soluções para a obesidade e também o sobrepeso, problema que atinge mais de dois bilhões de pessoas ao redor do mundo.

Fonte:
http://noticias.r7.com/saude

Tendinite patelar: tratamento inclui fisioterapia e cirurgia para casos graves

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A tendinite patelar, também conhecida por "jumper's knee" ou joelho do saltador, caracteriza-se por uma dor focal na região infra-patelar (abaixo da rótula do joelho) no trajeto do tendão patelar. Possui incidência de cerca de 20% em atletas de salto, incluindo voleibol, basquete, handebol e atletismo, mas pode acometer praticantes de outros esportes como futsal, futebol, corrida e até não esportistas.
Mais comumente observada em adultos jovens, a tendinite patelar está associada à flexibilidade diminuída da musculatura posterior da coxa (isquiotibial) e a movimentos repetitivos de contração extrínseca (o músculo permanece contraído enquanto há alongamento das fibras musculares) do mecanismo extensor do joelho, também conhecido como quadríceps femoral.
Inicialmente, a tendinite patelar se apresenta por dor insidiosa na borda inferior da patela, principalmente após a prática esportiva. Mais tarde a dor pode inclusive aparecer durante a atividade física e em flexão prolongada dos joelhos limitando o desempenho.
O diagnóstico se faz basicamente através de boa história e exame clínico. Radiografias simples geralmente são normais, mas fazem parte do exames complementares para diagnóstico. Ultrassonografia é o exame mais utilizado para confirmação diagnóstica enquanto a ressonância magnética é indicada para casos crônicos, reincidentes ou para planejamento de tratamento cirúrgico se este for o caso.

Tratamento depende da gravidade

Na maioria dos casos são obtidos bons resultados com tratamento conservador. Este inclui crioterapia, repouso relativo de acordo com a dor, modificação de intensidade e tipo de atividade física. A reabilitação se dá através de fisioterapia. Uma orientação importante aos pacientes é a de sempre se lembrar do alongamento pré e pós atividade física e esportiva. Em especial para tendinite patelar é fundamental o alongamento do quadríceps femoral (anterior da coxa) e da musculatura flexora que fica na porção posterior da coxa.
Nos casos mais graves, crônicos e reincidentes, o tratamento cirúrgico pode ser indicado. No entanto, vale ressaltar que cada caso deve ser avaliado e tratado individualmente e que independente do grau procure um especialista para receber assistência adequada, maximizando as chances de bons resultados no tratamento da tendinite patelar.

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/saude

Batido de frutas para refrescar em dias quentes

batida-de-frutas

Que tal fazer um batido de frutas bem geladinho para se refrescar nesse calor? Te ensinamos a preparar já. Anote aí!
Ingredientes
- 1 banana
- 4 morangos
- 1 fatia de abacaxi
- 1 colher (sopa) rasa de goji berry
- 1 colher (sopa) rasa de linhaça dourada
- 1 copo de água de coco
Modo de preparo
Bata todos os ingredientes no liquidificador e beba em seguida.
Informações nutricionais 
Calorias: 119 kcal (1 copo de 200 ml)
Tempo de preparo: 5 minutos
Rendimento: 360 ml

Fonte:
http://dietaja.uol.com.br

DIU é o método mais eficaz para prevenir gravidez. Saiba mais

Blog 1 DIU é o método mais eficaz para prevenir gravidez. Saiba mais


Você usa algum método contraceptivo para prevenir a gravidez? Qual? No Brasil, temos várias opções com diferentes dosagens hormonais que atendem o perfil de cada mulher. Mesmo assim, a incidência de gravidez não planejada ainda é alta. Uma pesquisa recente realizada pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp revelou que 81% das brasileiras conhecem alguém que engravidou antes dos 16 anos. 
Nessa semana, eu (Fabi) e mais 34 jornalistas de 15 países tivemos a oportunidade de conhecer de pertinho a fábrica do Mirena (DIU hormonal da Bayer), que fica em Turku, na Finlândia. Durante esse encontro, aprendi muito sobre o funcionamento do sistema contraceptivo. Confesso que tinha um pouco de medo e preconceito de usar o método, mas mudei de ideia.
Atualmente, o sistema intrauterino é o que existe de mais avançado nesse universo de contracepção. O dispositivo em formato de T é colocado pelo médico dentro do útero e libera 20 microgramas de hormônio levonorgestrel por dia durante até cinco anos. Isso significa que nesse período a gente não precisa lembrar de tomar pílula. Uma vez implantado o único cuidado é fazer ultrassom para ter certeza de que o dispositivo está no lugar certo. A eficácia do produto é de 99% e quero deixar bem claro que nenhum método contraceptivo é considerado 100% seguro.
Caso a mulher resolva engravidar nesse período de cinco anos, basta pedir para o ginecologista remover o DIU. Esse procedimento de inserir ou retirar o produto é feito no próprio consultório do médico e dura poucos minutos. Tenho algumas amigas que usam o método e sentiram desconforto e dor no procedimento de introdução. Para as mulheres mais sensíveis à dor, o médico pode receitar algum analgésico.
Como a dosagem hormonal é baixa, os efeitos colaterais costumam ser leves e de pequena duração (apenas no período de adaptação), como alterações do fluxo menstrual, da secreção vaginal, de humor e do desejo sexual, dores de cabeça, problemas de pele, dor nas mamas e náuseas.
O problema é que o preço é meio salgado no Brasil e nem todos os planos de saúde tem cobertura. Como a colocação depende da mão de obra do médico, o valor pode variar de R$ 1.000 a R$ 2.500, incluindo o produto. Uma dica é verificar o preço certinho com o seu médico e dividi-lo pelo período de cinco anos para comparar com o valor mensal que você gasta com pílula ou outro método.
Antes de fazer a sua escolha, é importante conversar com o médico sobre o método que mais combina com o seu perfil. Muitas vezes é preciso levar em consideração cultura, religião, efeitos colaterais, acesso, custo e hábitos de vida.
Outro ponto importante é que a pílula, adesivo, anel vaginal e mesmo o DIU não previnem contra DST´s (doenças sexualmente transmissíveis). Então, lembre-se sempre de usar camisinha. Hoje em dia, só engravida quem quer, não é mesmo? Em tempos de crise econômica, é fundamental planejar a chegada de um bebê. Pense nisso!

Fonte:
http://noticias.r7.com/blogs/saude

Natureza fortalece o sistema imunológico

Passar mais tempo em contato com a natureza faz bem para saúde, como mostram diversos estudos científicos. Você provavelmente já sabe disso, mas como esse processo acontece? Uma nova pesquisa conduzida pela cientista Ming Kuo, da Universidade de Illinois, parece ter achado a resposta: o segredo é o sistema imunológico. Ela encontrou mais de 21 conexões entre a natureza e uma vida saudável, mas o nosso sistema imunológico parece ser o principal. Como diz o estudo: "A melhora do funcionamento imune surge como um promissor candidato para um caminho central entre a natureza e a saúde.".
Entre os problemas que podem ser evitados/amenizados pela natureza, estão a diabetes, depressão, ansiedade, déficit de atenção, obesidade e até câncer. Em entrevista, Kuo completa: "A natureza não tem só um ou dois ingredientes ativos. Ela é mais como um complexo multivitamínico, que nos dá todos os tipos de nutrientes que precisamos. É assim que a natureza nos protege desses diferentes tipos de doenças - cardiovasculares, respiratórias, mentais, musculares, etc - simultaneamente".
natureza
A natureza muda o nosso modo de "luta e fuga" para o "descansar e digerir". O primeiro prevalece sobre o corpo em condições de estresse e perigo, preparando a pessoa para - como diz o próprio nome - lutar ou fugir. Para fazer isso, o nosso organismo "desliga" tudo que não é imediatamente necessário (o sistema imunológico, por exemplo), para aumentar a adrenalina, a atividade cerebral, o metabolismo basal e os batimentos cardíacos. É claro que, em algumas situações, essa reação é realmente necessária, como quando você sofre um assalto, fica sob pressão ou bate o carro, problemas típicos de uma cidade grande. É possível perceber que quem tem uma vida mais urbana fica bem mais no modo "luta e fuga" do que no "descansar e digerir", que são opostos. A cientista explica na entrevista: "Quando nos sentimos completamente seguros, nossos corpos fornecem recursos para investimentos em longo prazo, que trazem benefícios para a saúde? crescer, reproduzir e construir o sistema imune. (...) Quando estamos na natureza, relaxados, e o nosso corpo sabe que está seguro, ele investe recursos nesse sistema".
Mas se você é uma pessoa meio aversa à natureza, que não está disposta a acampar no meio do mato para virar lanche de mosquito, não se preocupe: ainda dá para obter os benefícios em atividades urbanas mesmo, como visitar uma exposição ou ler um livro. Se você estiver relaxado, o seu sistema nervoso vai agradecer e o "luta e fuga" vai ficar desligado por um tempo. Mas não dá para ter tudo. As outras vantagens que a natureza oferece, como a produção de vitamina D estimulada pela luz solar, o ar puro, e contato com a Mycobacterium vaccae - bactéria do bem encontrada em solo natural- ficam de fora.

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia

Herança materna: as doenças transmitidas de mãe para filho

Herança genética de mãe para filho


Logo que o tão aguardado bebê nasce, as famílias começam a puxar brasa para a sua sardinha. “Parece mais com o pai”; “tem a carinha da mãe”. Na verdade, mesmo que as características guardem mais semelhança com um lado do que com outro, essa fofura nada mais é do que o resultado de uma combinação única dos genes dos pais transmitidos em quantidades exatamente iguais. Afinal, na fecundação 23 cromossomos do espermatozoide do pai unem-se a 23 cromossomos do óvulo da mãe, gerando uma célula humana completa, com 46 cromossomos. É a união dos dois grupos que define as características do novo indivíduo, como sexo, estatura, cor da pele, dos olhos e dos cabelos.
É essa complexa relação que explica também como diversas doenças, das mais conhecidas às mais raras, passam de pais para filhos - e de mães para filhos. Só que para entender melhor como isso acontece, nada como uma leve noção dos mecanismos de herança. “Os problemas genéticos geralmente são causados por alterações nos cromossomos; em um gene específico ou pela influência de fatores ambientais sobre vários deles”, explica a pediatra Chong Ae Kim, chefe da Unidade de Genética do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Como ela destaca, a transmissão por gene defeituoso é a que envolve maior complexidade: existe a chamada herança autossômica dominante, na qual basta a presença de um gene dominante alterado, que pode vir do pai ou da mãe, para elevar a 50% as chances de aparecimento da doença no filho ou na filha.
A herança autossômica recessiva permite que pai e mãe normais, sem apresentar sintomas, transfiram o mesmo gene com defeito para o filho ou filha, que têm 25% de risco de herdar a doença. E na herança associada ao cromossomo X, como o nome já diz, é nele que mora a encrenca. “Nesse modelo, em geral a mãe é normal e não apresenta a doença, mas carrega um gene defeituoso e tem 50% de risco de ter um filho ou uma filha com o problema. Só meninos, porém, que carregam apenas um cromossomo X, vão manifestar a enfermidade. Na menina, que tem XX, um deles compensa o X defeituoso”, detalha a pediatra.
Em resumo, “é por isso que a mãe pode transmitir doenças que carrega por herança dominante ou por meio de alterações no cromossomo X”, diz o pediatra e geneticista Marco Antônio de Paula Ramos, do Centro de Genética Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Também é possível a transmissão de doenças recessivas, como completa a geneticista Dafne Horovitz, coordenadora clínica do Departamento de Genética Médica do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), do Rio de Janeiro. “Mas isso só acontece quando a pane genética também acomete o pai”, diz, lembrando que há ainda outros padrões com mecanismos bem mais complexos.

Exclusividade de mãe

Embora ela não esteja sozinha na transmissão de genes defeituosos, há casos em que as peculiaridades de seus cromossomos são determinantes para levar certas doenças aos seus filhos – a tal herança associada ao cromossomo X. Ela explica o surgimento de algumas enfermidades:

Hemofilia - Distúrbio da coagulação do sangue caracterizado por hemorragias constantes em órgãos internos, nas mucosas e em várias regiões do corpo. O problema, que acomete apenas os meninos, é tratado com reposição, pela veia, de fatores de coagulação e requer cuidados constantes. Segundo especialistas, não é possível prevenir a transmissão, o diagnóstico envolve métodos complexos e não há profilaxia para o recém-nascido, que deverá ser acompanhado permanentemente. O Brasil tem cerca de 9.000 hemofílicos, conforme a Associação dos Hemofílicos do Rio de Janeiro.

Distrofia muscular de Duchenne - doença degenerativa que afeta progressivamente a musculatura esquelética, começa a ser percebida a partir dos 3 anos de vida. É quando a criança passa a cair com frequência até parar de andar, por volta dos 15 anos. O acompanhamento é feito por neurologista, cardiologista e fisioterapeuta. Segundo a Associação Brasileira de Distrofia Muscular, de cada 2.000 nascidos vivos, um é portador de algum tipo de distrofia. Os especialistas recomendam o aconselhamento genético antes da gravidez quando já houver casos na família.

De pai e mãe

Alguns distúrbios podem aparecer quando ambos têm alteração no gene determinante mas nem por isso manifestam os sintomas:
Fibrose cística - mais comum na etnia branca, causa o espessamento da secreção pulmonar, facilitando a contaminação por bactérias que afetam os brônquios. Com o passar do tempo, a capacidade respiratória é reduzida e, em casos mais graves, há necessidade de transplante. O pâncreas também pode ser prejudicado. Alguns dos recém-nascidos com o problema têm obstrução intestinal e precisam ser operados logo após o parto. Em geral, os pais não apresentam os sintomas e só descobrem ser portadores depois do nascimento do filho. Sem o teste do pezinho para a doença, com o diagnóstico tardio na infância, na juventude ou na idade adulta, é grande o risco de comprometimento dos órgãos, em especial do pulmão.
Fenilcetonúria - uma das doenças identificadas pelo teste do pezinho, caracteriza-se pela falta de uma enzima responsável pelo metabolismo de um aminoácido chamado fenilalanina, presente nas proteínas de muitos alimentos. O acúmulo dessa substância no organismo leva a retardo mental e do desenvolvimento motor, além de convulsões. Quando diagnosticada precocemente, logo após o nascimento, o acompanhamento é rigoroso, com dieta especial, que permite uma vida normal e evita os problemas de desenvolvimento.
Anemia falciforme - muito confundida com a anemia devido à carência de ferro, a falciforme deriva de um defeito nos glóbulos vermelhos, que levam oxigênio e nutrientes às células. Causam muitas dores e permitem a instalação de sérias infecções. O teste do pezinho pode identificar o problema, permitindo a detecção precoce e o controle da doença. Geralmente os pais não manifestam a doença porque carregam apenas uma cópia do gene defeituoso. O problema é mais comum na população negra. A presença do problema na família amplia as chances de novos casos.

Problemas crônicos

Mais comuns na população em geral, câncer, pressão alta, alterações no colesterol, diabetes e distúrbios psiquiátricos, entre outros, não podem ser facilmente atribuídos à herança materna ou paterna. Isso porque pertencem à classe em que os especialistas chamam de transmissão multifatorial. “Os modelos de herança são variados e agravados por fatores ambientais”, diz o geneticista Marco Antonio de Paula Ramos, da Unifesp. “Para situações específicas, em que há câncer na família, alguns laboratórios disponibilizam métodos capazes de identificar algumas mutações genéticas que aumentam o risco para a doença”. Como é impossível impedir a interferência desses fatores genéticos e ambientais, ele recomenda o acompanhamento médico especializado. Afinal, só assim é possível detectar precocemente sinais passíveis de tratamento, controle ou cura.

Doenças infecciosas

Além dos intrincados mecanismos genéticos, há a possibilidade de transmissão de infecções da mãe para o feto através da placenta. “Vírus, bactérias, protozoários, autoanticorpos, drogas, medicamentos e hormônios são capazes de atravessar a barreira placentária e contaminar o feto”, afirma a ginecologista e obstetra Joelma Queiroz, da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas de São Paulo. E conforme ela destaca, são doenças bastante conhecidas, antigas até, relativamente fáceis de prevenir e tratar, mas que trazem graves riscos ao bebê.
Rubéola - se for contraída pela gestante nos três primeiros meses da gravidez, o feto corre grande perigo. As chances de malformações que podem causar surdez, retardo do crescimento intrauterino, problemas cardíacos e oculares são de 50% no primeiro mês e 30% no segundo. Também são grandes os riscos de aborto e parto prematuro. “A principal ação preventiva é a vacinação, que está incluída no calendário vacinal de todas as crianças. A primeira dose deve ser dada aos 12 meses, com reforço entre 4 e 6 anos de vida.”, explica Joelma. Se a grávida nunca teve a doença deve evitar o contato com pessoas infectadas. E se a contraiu, deve fazer exames para identificar a presença do vírus. Em caso positivo, deve ser acompanhada de maneira mais rigorosa pelo médico.
Sífilis - causada por bactérias, essa antiga doença, de transmissão sexual, é mais séria quando a grávida está contaminada. Estão associadas à infecção malformações fetais como surdez, hidrocefalia, anomalias dentárias e ósseas, sem contar o grande risco de  parto prematuro ou até de abortamento. Estatísticas mostram que 40% dos fetos contaminados morrem ainda no útero. Segundo o Setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Universidade Federal Fluminense, 4% das gestantes, de todas as classes sociais, está infectada. E em 40% dos casos há grandes danos à saúde do recém-nascido, que pode levá-lo à morte.  Conforme Joelma, todo acompanhamento pré-natal inclui exames para detectar a doença logo no início da gestação e no terceiro trimestre. A duração do tratamento, à base de penicilina, varia de caso para caso.
Toxoplasmose - o contágio acontece por meio da ingestão de carne mal cozida, ovos crus e leite sem pasteurização contaminados com um parasita presente nas fezes de gatos. As chances de infectar o bebê são de 40%. A infecção, em muitos casos, pode acarretar problemas cardíacos, cerebrais, visuais, hepáticos e no desenvolvimento fetal. Em longo prazo, o bebê afetado pode ter retardo mental, surdez e cegueira. Exames durante a gravidez podem detectar a presença do parasita e orientar o tratamento. Uma forma de prevenir é comer carnes bem cozidas e lavar muito bem os alimentos.
HIV - se a mãe for portadora do vírus da Aids, as chances de infectar o bebê são de 25%. Porém, segundo o Ministério da Saúde, o risco cai para 1% com o uso dos medicamentos antiretrovirais indicados e acompanhamento médico. Entre 2008 e 2009 pelo menos seis mil brasileiras portadoras do HIV engravidaram. Na última década, houve redução de 44,4% nesse tipo de transmissão do vírus. O contágio pode acontecer por meio da amamentação.

Lúpus - a passagem de auto-anticorpos positivos – o anti Ro e anti La – pela placenta pode provocar alterações no coração ou na pele do feto. “Isso não significa que ele terá a doença. Assim como as lesões de pele vão sumir, esses anticorpos desaparecerão da circulação do bebê porque são da mãe. Mas as lesões cardíacas são definitivas”, ressalta Joelma. Segundo ela, filhos de mães lúpicas não terão necessariamente a doença autoimune, mas há chances consideráveis de que isso aconteça na vida adulta.
 
Coordenadora do Serviço de Obstetrícia e Emergência do Hospital Fêmina, de Porto Alegre, a ginecologista Denise Canali chama a atenção para problemas que podem ser transmitidos no parto normal. “Durante a passagem do bebê pelo canal, ele pode ser contaminado por vírus do HPV, da hepatite e da herpes”, afirma.
HPV - a infecção pelo Papilomavírus humano já foi comprovada por diversos estudos da Fiocruz e da Universidade Federal Fluminense. Ao analisarem necrópsias, os pesquisadores perceberam a presença de papilomas genitais congênitos associados ao vírus, sendo que em metade dos havia malformações, como defeitos renais e na parede abdominal, bem na inserção do cordão umbilical, além de lábio leporino.
Hepatite B - o vírus da hepatite B, que pode causar inflamação crônica do fígado e favorecer partos prematuros, pode ser adquirido durante o nascimento do bebê. A sorologia é importante para detecção das portadoras do vírus na gestação. Os recém-nascidos receberão vacina contra hepatite B e imunoglobulina logo após o parto.
Herpes - o vírus chega a afetar 1 em cada 3.000 recém-nascidos. Na maioria dos casos, a infecção afeta pele, olhos e boca. Se não for tratada adequadamente na primeira semana, o quadro se agrava, podendo comprometer o cérebro, os músculos, fígado e o sangue, além de prejudicar a respiração, o que aumenta o risco de morte. Estima-se que em 30% dos casos haja lesão cerebral, identificada somente quando a criança passa dos dois anos de idade. Antivirais aplicados na veia reduzem em 50% a mortalidade.
A boa notícia é que a maioria dos casos pode ser prevenida e controlada com medidas simples, como a realização do pré-natal.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

A cura para hepatite B está mais próxima

Hepatite B


Hoje em dia, o tratamento da hepatite B, doença causada pelo vírus HBV e que ataca o fígado, é feito apenas com objetivo de aliviar os sintomas — náuseas, vômitos, dores abdominais, urina escura, fezes claras — e diminuir o risco de complicações. Ou seja, medicamentos voltados para a cura efetiva ainda não estão disponíveis.
Mas essa realidade está prestes a se modificar. Entre as diversas novidades que serão apresentadas no 23º Congresso Brasileiro de Hepatologia, que será realizado de 30 de setembro a 3 de outubro em São Paulo (SP), o destaque vai justamente para essa possibilidade de curar a infecção, que acomete 0,5% da população brasileira.
Heiner Wedemeyer, especialista em aspectos clínicos de hepatites virais e líder do grupo de pesquisa do Departamento de Gastroenterologia, Hepatologia e Endocrinologia da Hannover Medical School, na Alemanha, vem ao congresso especialmente para contar mais sobre esses avanços. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), Edison Parise, a análise da eficácia desses remédios tem grande chance de trazer uma resolução aos portadores. “As pesquisas evoluem rapidamente e já acontece, por exemplo, a experimentação em humanos. Há uma porcentagem deles que foram curados”, comemora o hepatologista. 

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude

Turbine o bolo de cenoura

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Sobrou brigadeiro da festa do fim de semana? Não se preocupe. Que tal chamar a garotada pra cozinha e incorporar um dos docinhos mais amados das crianças em um lanche saudável?
O bolo de cenoura com recheio de brigadeiro é a desculpa perfeita para uma sessão de culinária com os filhos. Juntos, vocês podem selecionar forminhas divertidas, organizar os ingredientes e bater um papo sobre memórias ao redor da mesa de jantar. Aproveite a oportunidade e permita que eles testem suas habilidades, mesmo que não dê tudo 100% certo: quebrar ovos, cheirar os alimentos, fazer provinhas é uma aprendizagem e material para as recordações que terão lá na frente.
Se animou? Então anota a receita!
Como fazer:
1) Misture os ingredientes secos numa vasilha (1 xícara de farinha de trigo, 1 xícara de açúcar e 1/2 colher de sopa de fermento químico em pó). Reserve.
2) Num liquidificador, bata duas cenouras grandes picadas com 1/2 xícara de óleo e dois ovos. Bata até ficar um creme homogêneo.
3) Incorpore a mistura aos ingredientes secos.
4) Numa assadeira untada e enfarinhada, despeje a massa. Você pode fazer em formatos de cupcakes também, como na nossa receita. Antes de despejar os brigadeiros na massa ainda crua, passe-os na farinha. Depois é só jogar. Se for fazer cupcakes, disponha um brigadeiro em cada forminha. Agora é só levar ao forne pré-aquecido a 180 graus e assar por uns 45 minutos. Como já tem brigadeiro no recheio, aposte numa cobertura mais leve. Polvilhar com açúcar de confeiteiro por cima pode ser opção.

Fonte:
http://www.marisol.com.br

Saiba quais os tipos mais comuns de câncer entre as mulheres

Além do cor-de-rosa


Trazer o câncer de mama à tona impulsionou alguns grandes ganhos científicos, incluindo a mamografia 3D, um exame que se mostrou muito eficiente para detectar a doença e ajudou a evitar alarmes falsos. Além disso, as mulheres ficaram mais vigilantes em relação aos nódulos. A recompensa: 61% dos tumores agora são detectados em estágios mais precoces, o que possibilita um tratamento mais eficaz.
Mesmo que a conscientização sobre o câncer de mama tenha aumentado tanto, a maioria de nós ainda fica no escuro quando se trata do risco de outros tipos da doença: em um levantamento recente, apenas 22% das pessoas ouvidas sabiam que o câncer de pulmão faz muitas vítimas entre as mulheres. "No Brasil, ele é o segundo em mortalidade, perdendo apenas para o de mama", conta José Luiz Bevilacqua, cirurgião oncologista, epidemiologista e diretor de Mastologia do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Ainda bem que o tempo está do nosso lado. "Alguns tipos de câncer levam dez anos ou mais para se desenvolver, o que significa que você pode fazer muito agora para ajudar a diminuir a chance de ficar doente em algum momento da vida", diz a médica cancerologista Ludmila de Oliveira Koch, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Veja a seguir o que é possível fazer para se proteger dos tipos mais comuns entre as mulheres.

CÂNCER DE PULMÃO

É o segundo em mortalidade entre as brasileiras.
583 mil - Número de novos casos entre as mulheres do mundo todo, de acordo com o último levantamento global.
90% dos casos ocorrem em fumantes ou ex-fumantes.
Maiores fatores de risco
"O cigarro é o principal", afirma Ludmila de Oliveira Koch. Na sua fumaça existem mais de 5 mil substâncias químicas, das quais cerca de 50 são cancerígenas. Por essa razão, o hábito aumenta em 40 vezes a chance de desenvolver a doença, em comparação aos não fumantes.

Sua estratégia anticâncer

Se você não fuma, não comece agora. Pode parecer óbvio, mas estudos recentes mostraram que 41% das mulheres acenderam seu primeiro cigarro quando estavam na faixa dos 20 aos 30 anos. E é bom que fique claro que há perigo, independentemente do que você coloque na boca: a taxa de câncer em quem fuma cigarros light ou com baixo teor de alcatrão não é menor do que naquelas que optam pelas versões normais. A única opção é jogar o maço fora - quanto antes, melhor. Abandonar o vício na faixa dos 40 anos pode estender a vida por cerca de uma década, segundo pesquisadores. Veja o que mais você pode fazer:
- Fique longe de quem fuma. O fumante passivo, que convive com quem tem o hábito em locais fechados, seja em casa, seja no trabalho, corre o mesmo risco.
- Monitore a sua respiração. Tomografias computadorizadas dos pulmões não são recomendadas até os 55 anos, seja qual for a sua história em relação ao fumo. Por isso, fale com o médico se tiver uma tosse persistente, estranha (e contínua ou com a presença de sangue), dificuldade respiratória ou chiado no peito ao respirar.

CÂNCER DE PELE

83 710 - Número estimado de novos casos de câncer de pele não melanoma em brasileiras no ano de 2014.
A Academia Americana de Dermatologia crê que novos casos do tipo não melanoma a cada ano no mundo cheguem a 2 milhões.
4 - Porcentagem dos tumores malignos diagnosticados como melanoma, forma mais grave.
1 em cada 4 - O câncer de pele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país.
2 930 - Incidência de melanoma estimada em todo o Brasil, em 2014.

Maiores fatores de risco

"A exposição aos raios ultravioleta do sol pode danificar as células da pele, o que faz com que elas fiquem predispostas a se tornarem cancerosas no futuro", conta José Luiz Bevilacqua. Cabines de bronzeamento artificial são especialmente perigosas, pois emitem uma dose muito grande de radiação UV em um período muito pequeno de tempo. Pesquisas mostraram um risco 20% maior de melanoma em quem as usa, em comparação com pessoas que nunca se submeteram a esse tipo de procedimento - e o risco duplica em quem começa depois dos 35 anos.

Sua estratégia anticâncer

Não é possível recuperar completamente os danos provocados na sua pele quando você estava com 20 anos, mas frear a exposição solar agora vai ajudar a protegê-la do melanoma, assim como o câncer de pele espinocelular ou basocelular - dois tipos que são menos mortais, porém mais comuns.
- Use um chapéu com aba larga e roupas com filtro. Os tecidos sintéticos oferecem uma proteção mais eficaz. Mas o ideal é usar peças com FPS.
- Se besuntar de protetor solar com espectro amplo. Use um filtro com FPS no mínimo 30, independentemente do clima - a radiação solar consegue atravessar as nuvens e até mesmo o vidro. E não economize na hora de aplicar o produto, pois uma quantidade muito pequena compromete a proteção. Reaplique a cada duas horas (aumente a frequência se estiver na água ou suando muito) e seja especialmente vigilante em relação a braços e pernas, as regiões onde os melanomas são mais frequentes nas mulheres.
- Converse com seu dermatologista sobre manchas suspeitas. "As mais preocupantes são as que mudam de cor, tamanho, forma ou textura", alerta Abrar Qureshir, dermatologista da Brown University, nos EUA, que liderou um estudo mostrando que ter cinco ou mais queimaduras solares com bolhas até os 20 anos eleva em 80% o risco de melanoma.

CÂNCER DE CÓLON E RETO

5 anos - Tempo médio de sobrevida para uma mulher com esse tipo de câncer.
614 mil - Número de novos casos da doença que devem acontecer em todo o mundo em 2014. É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres.
Maiores fatores de risco
Conhecer o seu histórico familiar é importantíssimo. Isso porque o risco dobra se um dos pais ou um irmão foram diagnosticados com a doença antes dos 55 anos, já que um em cada quatro casos aparece em familiares. Além disso, tome cuidado com a ingestão de álcool. Pesquisas revelaram que mulheres que tomam duas ou três doses diariamente têm 8% a mais de chance de sofrer com a doença, em relação às que ficam em apenas um drinque ou as que não bebem nada alcoólico. Outros estudos mostraram que o fumo pode aumentar o risco de câncer de cólon em até 50%.

Sua estratégia anticâncer

O avanço da investigação e do tratamento fez disparar as taxas de sobrevivência, em parte porque pólipos preocupantes estão sendo removidos antes de se tornarem cancerosos. Mesmo assim, a não ser que você tenha histórico familiar forte, as colonoscopias não são indicadas antes dos 50 anos. Então, o que você pode fazer?
- Ouça a sua barriga. Cólicas persistentes, assim como perda de sangue nas fezes e constipação crônica, não são bons sinais.
- Mantenha-se em forma e ativa. "Assim você evita altos níveis de açúcar no sangue, o que, segundo pesquisas, podem incitar esse tipo de câncer", diz Graham Colditz, diretor associado de prevenção e controle no Siteman Cancer Center, nos Estados Unidos.
- Limite a ingestão de carnes vermelha e processada. Estudos relacionaram esses alimentos com o aumento do risco do surgimento da doença. Os especialistas recomendam não comer mais do que três porções (entre 60 e 85 gramas) de carne vermelha, salsichas, embutidos e bacon por semana.

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO (CERVICAL) E DE OVÁRIO

QUARTO tipo de câncer mais comum entre as mulheres, de acordo com os últimos cálculos mundiais: o de colo de útero.
91% - Taxa de sobrevida em cinco anos nas mulheres com câncer de colo de útero; isso se ele for diagnosticado precocemente. Cerca de metade dos casos é identificada nesse estágio.

Maiores fatores de risco

O papilomavírus humano (HPV) é transmitido sexualmente e pode desencadear o câncer de colo de útero. E o risco da doença no ovário é muito mais alto em quem carrega a mutação do gene BRCA.

Sua estratégia anticâncer

O papanicolau pode identificar células pré-cancerosas no colo do útero; os especialistas agora recomendam fazer esse exame a cada três anos, em vez de anualmente, se os dois primeiros forem normais. E, se você ainda não tem 27 anos, a vacina contra o HPV continua sendo uma boa opção. Outras estratégias:
- Conheça os sinais. "Notifique seu médico sobre inchaços abdominais prolongados (um alerta para câncer de ovários) ou alterações na menstruação, fazendo com que ela fique irregular ou com fluxo muito intenso (sintomas dos dois tipos de câncer)", diz Karen Lu, professora titular do Departamento de Ginecologia e Oncologia da Universidade do Texas, nos EUA.
- Cheque a sua história. "Mulheres que têm a mutação do gene BRCA ou forte histórico familiar devem conversar com seu médico e até considerar remover os ovários entre os 30 e os 40 anos, depois de decidirem não ter mais filhos", diz Karen.
- Reconsiderar a pílula. Ela reduz o risco de câncer de ovário, mas aumenta as chances de desenvolver a doença no colo do útero. Converse com seu médico sobre a melhor opção para você.

O peso faz diferença

Estudos apontaram que pelo menos 20% das mortes por câncer em mulheres são ligadas ao ganho de peso. "Quilos extras são capazes de ampliar os níveis de estrógeno no corpo, o que pode levar ao crescimento desorganizado de células do câncer relacionado a hormônios", diz Karen Lu. "Em outros tipos da doença, como o de cólon, a teoria é que a elevação do açúcar no sangue induzido pelo excesso de peso aumenta o risco da doença."
E, se você tem quilos para perder, não confie apenas na dieta. Pesquisas mostraram que o sedentarismo por si só aumenta os riscos de vários tipos de câncer, provavelmente pelos níveis elevados de açúcar no sangue. E ir para a academia talvez não seja suficiente: "Uma hora suando a camisa não apagará os efeitos de muito tempo sem se mexer. O ideal é se movimentar durante o dia todo para executar os afazeres do cotidiano", afirma Graham Colditz.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Linfoma: saiba o que é e como prevenir a doença

Linfoma


O linfoma, ainda pouco conhecido pela população brasileira, teve o número de registros duplicados nos últimos 25 anos. Porém, o diagnóstico precoce da doença possibilita a cura em 90% dos casos. O Setembro Verde, como é conhecido o mês de conscientização da doença, tem como objetivo alertar a população sobre as causas e tratamentos deste tipo de câncer. Saiba mais: 
O que é:
Nosso sistema linfático é composto por vasos e células responsáveis pela produção e transporte dos glóbulos brancos, que defendem o corpo de infecções.
O linfoma ocorre quando uma célula normal do sistema linfático se transforma, cresce de maneira desordenada e se dissemina pelo organismo. “Eles se dividem em dois grupos: Hodgkin e não-Hodgkin. Ambos se diferenciam pelo tipo de célula linfática acometida e por alterações em nível molecular”, explica a especialista em hematologia Juliane Musacchio, coordenadora nacional de hematologia do Grupo Oncologia D’Or, no Rio de Janeiro.
Quais as diferenças entre os dois tipos?
Os diversos tipos de linfomas têm comportamento e grau de agressividade diversos. A diferença entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin está basicamente nas características das células malignas.
Linfoma de Hodgkin: esse tipo é responsável por apenas 12% dos casos de linfoma, sendo caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfonodo acometido, chamadas de Reed-Sternberg. “O linfoma de Hodgkin é altamente curável”, diz Juliane. Segundo a especialista, pacientes diagnosticados com a doença têm entre 70% a 90% chances de cura, inclusive nos casos avançados.
Linfoma de não-Hodgkin: esse é o tipo mais comum e ocorre quando as células sofrem transformação maligna, mas preservam algumas características iniciais, apresentando expressiva heterogeneidade morfológica.
Quais são os principais sintomas?
  • Aumento do volume dos gânglios linfáticos (principalmente os do pescoço, axilas e virilha), mas também pela medula óssea, baço, fígado e trato gastrintestinal.
  • Alguns linfomas estão relacionados a quadros infecciosos, que podem predispor à mutação dos linfócitos.                                            
Como é o tratamento?
 A quimioterapia, imunoterapia e a radioterapia são tratamentos eficazes, segundo a coordenadora nacional de hematologia do Oncologia D’Or. “Hábitos saudáveis de vida, como uma boa alimentação, são atitudes que auxiliam na prevenção da doença”, conclui a especialista. Ainda há a possibilidade de cura pelo autotransplante, em caso de retorno da doença.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude