terça-feira, 24 de novembro de 2015

sono - com pequenas interrupções - é pior que dormir pouco

insônia

Com o ritmo de correria e estresse de hoje, não é de se admirar que haja tanta pesquisa sobre o sono. Inclusive já descobrimos por que algumas pessoas precisam de mais horas de sono que as outras e analisamos o que acontece enquanto você dorme em uma matéria de capa da SUPER. 
Dessa vez, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, fizeram um estudo que sugere que ter o sono interrompido durante a noite - aquele que você dorme e acorda o tempo todo - pode ser menos saudável do que dormir por curtos períodos - mas sem pausas.  
Eles dividiram 62 pessoas (homens e mulheres) em dois grupos: metade era forçada a acordar quando pegava no sono e o outro grupo apenas ia para a cama mais tarde do que a média. Já na segunda noite dava para perceber que os que eram forçados a acordar estavam com o estado de espírito pior que as pessoas do outro grupo. 
Até aí esse comportamento já era esperado, mas no final da terceira noite, as estatísticas mostraram que dormir e acordar várias vezes no meio da noite afeta o bem-estar físico e mental.   
"Quando o sono é interrompido durante toda a noite, você não tem a oportunidade de progredir através dos estágios de sono para obter a quantidade de ondas de sono necessárias para uma noite perfeita, que é fundamental para o sentimento de restauração", explicou o principal autor do estudo Patrick Finan.
O estudo é importante para abrir novos caminhos para tratamentos de insônia, que é uma das maiores causas da depressão.

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia

Comer menos emagrece mais que cortar gordura, diz Harvard

Gordura


Reduzir a quantidade de gordura na alimentação parece ser a dieta óbvia para quem deseja emagrecer, mas um estudo publicado na revista médica "The Lancet" nesta sexta-feira mostra que não é bem assim.
"Não há provas contundentes que sustentem as dietas de redução de gordura", afirma a autora do estudo, Deirdre Tobias, da Faculdade de Medicina da Harvard University.
Segundo a nutricionista, "por trás da habitual recomendação de reduzir as gorduras - que contêm o dobro de calorias por grama em relação a carboidratos ou a proteínas -, está a crença de que basta reduzir a ingestão de gordura para reduzir o peso naturalmente".

Uma análise detalhada de 53 pesquisas sobre 68.000 casos de adultos - comparando dietas magras com as outras, entre elas a ausência de dieta - demonstra claramente o contrário, quando o objetivo é a redução de peso a longo prazo, ou seja, superior a um ano.
As dietas com redução de gordura se mostraram mais eficazes apenas quando comparadas com a ausência total de dieta.
Segundo Tobias, "a Ciência não sustenta as dietas reduzidas em gordura como a melhor estratégia de perda de peso a longo prazo".
"Para combater eficazmente a epidemia de obesidade", agrega, "precisamos continuar investigando para alcançar essa meta de mais longo prazo e mantê-la, incluindo ver além da composição dos alimentos em função dos macronutrientes, ou seja, a proporção de calorias que provêm das gorduras, dos carboidratos, ou das proteínas".
Dessa forma, o que conta não é reduzir a quantidade de calorias geradas pelas gorduras, mas reduzi-las no absoluto, qualquer que seja sua origem.
"A mensagem que retenho desse estudo é que o que determina a perda de peso é a quantidade de energia que se ingere, mais do que a quantidade relativa de gorduras e carboidratos na dieta", comentou o nutricionista Tom Sanders, do King's College, de Londres.
"Mas é a ingestão total de gorduras e carboidratos que determina a ingestão de energia", completou.
Conclusão para emagrecer: uma caloria é uma caloria. É preciso comer menos quantidade, porções menores e evitar excesso de gordura e açúcar, especialmente em carnes, comidas fritas, pastéis e bebidas açucaradas.

Fonte:
http://exame.abril.com.br

Intolerância ao glúten está relacionada ao estilo de vida da mãe

O número de crianças portadoras de doença celíaca, que gera intolerância ao glúten, tem aumentado. Pesquisadores suecos investigaram em um novo estudo quais fatores relacionados ao estilo de vida, principalmente da mãe, poderiam ter a ver com esse crescimento. Os resultados ligaram os casos com cesáreas, infecções urinárias durante a gravidez e local de nascimento dos bebês.
De acordo com Fredinah Namatovu, um dos pesquisadores, "isso pode indicar que esses fatores contribuem para o desenvolvimento de microorganismos patogênicos desfavoráveis durante o início da vida - um fator associado ao desenvolvimento da doença celíaca". Isso quer dizer que a doença está relacionada com a alteração do microbioma humano, ou as bactérias que vivem dentro de nós. O parto por cesariana, por exemplo, impede que o bebê receba microorganismos importantes do canal vaginal materno. Algumas ações que visam a prevenção da doença se apoiam nas campanhas que promovem o parto normal e a redução do uso de antibióticos.
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O estudo também apontou que a exposição a infecções virais também é um fator de risco. Os cientistas observaram que crianças nascidas no sul da Suécia tinham um risco maior de desenvolver a doença. Namatovu explica: "Entre os médicos suecos sabe-se que as epidemias anuais do vírus sincicial respiratório (VSR) normalmente começam no sul e depois de espalham para o norte, o que aumenta a força da hipótese das infecções virais".

Fonte:
http://super.abril.com.br/ciencia

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

7 coisas pra saber e manter o diabete (bem!) longe de você

Aparelho de medição de glicose no sangue

  1. São 500 novos diabéticos por dia. Faça exames!
O número é impressionante: 14 milhões de brasileiros acima de 18 anos são portadores da doença. E quase metade dessa gente nem desconfia! Silenciosamente, o diabete prejudica a circulação, entre outros estragos. O diabético que não controla o açúcar no sangue corre de duas a quatro vezes mais risco de sofrer um infarto ou um AVC. Quando já existe alguma disfunção renal, a ameaça de um ataque do coração se multiplica por cinco.
  1. Emagrecer faz, sim, a diferença. Duvida?!
Há duas formas de diabetes. O tipo 1 tem a ver com seus genes. Já o tipo 2 surge por causa dos maus hábitos alimentares, do excesso de quilos, do sedentarismo, do alcoolismo e, ainda - claro! -, do cigarro. Nove em cada dez diabéticos são justamente do tipo 2, ou seja, ficaram assim por causa de um estilo de vida desequilibrado. E é fácil você entender também por que o diabetes é uma epidemia: mais da metade dos brasileiros adultos estão acima do peso.
  1. Às vezes, dá para tratar sem remédio, sabia?!
Sim, quando o diabete é diagnosticado cedo - daí a importância de ele nunca ser esquecido nos exames de rotina -, o médico pode indicar apenas dieta e exercícios físicos, como caminhadas e academia. Xô, preguiça! Mas, veja bem, mesmo nesse caso, monitorar o açúcar no sangue uma vez por dia ou, pelo menos, algumas vezes por semana continua sendo fundamental. Só isso garante que o tratamento está funcionando.
  1. Medição precisa ser constante
Não adianta! Uma vez diagnosticado o diabete, incluir na rotina o hábito de medir a glicose do sangue é essencial, e permite que a pessoa tome a atitude necessária para regular a taxa desse açúcar na circulação. É o médico quem indica quantas vezes o monitoramento precisa ser repetido ao longo do dia. Em geral, recomendam-se medições antes e duas horas depois das refeições, antes de engolir remédios ou aplicar insulina e também na hora de dormir. Eventualmente, pedem-se medições na madrugada também. Tudo para que as taxas de glicose fiquem na medida certa ao longo das 24 horas, como se não houvesse diabete. Essa "normalidade" conquistada promove uma excelente qualidade de vida. Pena que 73% dos diabéticos tipo 2 deixem o monitoramento de lado, correndo risco à toa. Conhece alguém assim?!
  1. Não ajuda em nada se estressar
O estresse bagunça as taxas de açúcar no sangue - e muito! Estressadas, as pessoas produzem hormônios que favorecem até mesmo o acúmulo de gordura no corpo. Essa gordura, especialmente na região abdominal, atrapalha a absorção da insulina, substância que faz a glicose entrar nas células, saindo da circulação. Sem contar que o indivíduo ansioso e acima do peso tende a devorar alimentos calóricos, engordando mais e mais. O cenário piora com a insônia. As noites em claro favorecem ataques à geladeira e aumentam a produção dos hormônios do estresse. É um círculo vicioso. 
  1. Desapareça com o cigarro
A nicotina, por si, afeta os níveis de glicose e até torna mais lenta a ação da insulina. Além disso, fumar aumenta o risco de AVC, infarto, insuficiência renal e câncer, transformando o diabete em uma bomba-relógio. Para completar, o fumante perde fôlego ao fazer exercício. Não vale nada a pena, concorda?!
  1. Não deixe de se mexer
A atividade física melhora a ação da insulina e derruba os níveis dos hormônios do estresse. Quem adquire esse hábito sai ganhando e tem boas notícias no monitoramento diário da glicose. Vamos lá?! Levante da cadeira, do sofá, da cama, largue o celular e comece hoje mesmo uma atividade física.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Vírus zika é a principal hipótese para os casos de microcefalia, segundo Ministério da Saúde

Bebê dormindo



Durante a sua formação dentro do útero, o cérebro do bebê acaba não se desenvolvendo de maneira adequada. Ao nascer ou ainda dentro da barriga, nota-se que a circunferência da cabecinha é menor do que o esperado para sua idade gestacional. Além disso, a massa encefálica apresenta aspecto liso e calcificação. Estamos falando da microcefalia, uma malformação cerebral que provoca atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo da criança. Entre as causas desse defeito congênito estão o contato com substâncias tóxicas durante a gestação, o consumo de álcool pela futura mãe e infecções como toxoplasmose, rubéola e herpes na gravidez.
Agora, mais um suspeito entrou para essa lista: o vírus zika. De origem africana, ele é transmitido pelo Aedes aegypt - o mesmo mosquito que carrega o vírus da dengue - e começou a circular pelo Brasil em abril de 2015. Há relatos de casos em todas as regiões do país, mas foi no Nordeste onde houve um surto de infecções no começo do ano e também onde ocorre, desde outubro, um aumento de recém-nascidos com microcefalia. Em números divulgados nesta terça-feira (17), o Ministério da Saúde (MS) já contabilizou 399 casos da malformação, sendo 268 só em Pernambuco. Outros Estados com registros da doença são Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Ceará e Bahia. Para se ter uma ideia da incidência da doença, entre 2010 e 2014, o Brasil vinha registrando uma média de 156 casos ao ano.
Embora ainda não seja possível cravar as causas desse pico nos quadros de microcefalia, a principal hipótese do MS é que o zika esteja por trás disso. Essa relação ganhou força nesta terça-feira, quando o Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) notificou o governo de que, por meio da amniocentese, foi diagnosticada a presença do vírus no líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba, cujos bebês foram confirmados com a malformação em exames de ultrassonografia. Ambas contraíram o agente infeccioso no primeiro trimestre da gravidez e apresentaram manchas na pele, que é um dos sintomas. "Isso fecha o diagnóstico da correlação entre a infecção por vírus zika e a microcefalia? O que a gente pode responder nesse momento é 'quase'. Isso revela que, além de estar presente no organismo, ele passou para o feto. Então, é altamente provável a relação entre as duas coisas, que não seja só uma coincidência", comentou Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério.
Segundo Maierovitch, esse elo é inédito e não consta na literatura científica até o momento - daí porque ainda não é possível afirmar se o quadro infeccioso provocado pelo vírus zika causa, de fato, a malformação. Por isso, o Ministério da Saúde vai coordenar estudos junto a diversas instituições do país a fim de chegar a uma conclusão. Vale lembrar que o problema já foi comunicado à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização Pan-americana da Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças. Além disso, a previsão é que seja divulgado um boletim epidemiológico sobre os números da microcefalia a cada semana. A orientação do MS é que, a partir desta quarta-feira (18), hospitais e profissionais de saúde comuniquem ao governo todos os casos identificados.
Recomendações para as gestantes
Até que se identifique as causas do aumento da incidência de microcefalia no Nordeste, o ministério não recomenda que as mulheres que vivem na região evitem engravidar. Para as que estão grávidas, as orientações são: 
  • Fazer todas as consultas e os exames do pré-natal;
  • Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
  • Não utilizar medicamentos sem orientação médica;
  • Evitar o contato com pessoas que estejam com febre, infecções ou manchas no corpo;
  • Adotar medidas para reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, o que inclui retirar recipientes que tenham água parada e cobrir locais de armazenamento de água;
  • Proteger-se de mosquitos instalando telas ou mantendo as janelas fechadas, usando repelentes indicados para grávidas e vestindo, se possível, calça e camisa de manga comprida.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude