segunda-feira, 11 de abril de 2016

Aproveite 10 alimentos que ajudam a controlar a gastrite

Você já sentiu queimação no estômago ou já se pegou aos resmungos por causa daquela dor incômoda no alto da barriga? Esses são alguns dos sintomas da gastrite, que também incluem enjoos, acompanhados ou não de vômito. Inflamação na mucosa do estômago, a gastrite atinge muitas pessoas que, ao receberem o diagnóstico, precisam adotar algumas restrições alimentares - e com razão: segundo Carla Fiorillo, nutricionista da Equillibrium Consultoria, quem tem a inflamação deve evitar alimentos ácidos e gordurosos, entre eles frutas ácidas (mexerica, laranja exceto lima, abacaxi etc.), vinagre, café e frituras. 

No entanto, nem só de restrições na dieta vive quem tem gastrite. Veja quais hábitos são bem-vindos e quais alimentos não agridem o seu sistema digestivo e ainda controlam a doença - alguns, inclusive, ajudam a recuperar a ferida na parede do estômago.  



Bolacha água e sal - Getty Images

Hábitos na mesa

A nutricionista Carla Fiorillo indica que sejam feitas de quatro a cinco refeições por dia - com calma, em poucas quantidades. Outra dica, da nutricionista Andréia Ceschin de Avelar, é comer bolachas de água e sal ou maisena (nada de bolachas recheadas, pois são muito gordurosas) e frutas nos intervalos das refeições, para evitar que o estômago fique vazio (já que, quando vazio, o suco gástrico corroerá suas paredes, agravando a ferida).  

Hortelã e alecrim

Os chás dessas ervas são poderosos aliados da boa digestão. A nutricionista Carla Fiorillo conta que eles também são calmantes digestivos, já que diminuem a acidez do estômago. Com isso, eles atenuam azias, gases e cólicas. Para um efeito mais satisfatório, o ideal é que eles sejam tomados 30 minutos antes das refeições. 

Frutas não ácidas

Laranja lima, banana, maçã, pêra, goiaba e mamão estão na lista de frutas liberadas, já que não agridem o estômago. Os seus sucos também podem ser ingeridos sem medo. A quantidade indicada pela nutricionista Andréia Ceschin de Avelar é de quatro a cinco porções por dia no café da manhã, no meio da manhã, como sobremesa do almoço, entre almoço e jantar e outra no jantar, sendo cada porção uma fruta ou uma fatia. 

Suco de Aloe Vera

Segundo a nutricionista Fernanda Granja, o suco de aloe vera, erva também conhecida como babosa, tem poder cicatrizante. Ou seja, além de não ser prejudicial, ainda contribui na cura da ferida estomacal. O suco já é vendido pronto e 50ml ingeridos em jejum ou antes de dormir diariamente são suficientes. 

Lactobacilos

"Às vezes, a gastrite mata as bactérias boas do estômago e, e sem elas, o tecido não se recupera", explica a nutricionista Fernanda Granja. Por isso, a reposição dos lactobacilos é importante para povoar o estômago com bactérias benéficas e, assim, para a cura da gastrite. Lactobacilos são encontrados em iogurtes e, até mesmo, vendidos em pó. 

Biomassa de banana verde

Quando cozida, a banana verde apresenta um amido resistente, definido como prébiótico. Essa substância funciona como alimento dos lactobacilos, mantendo-os vivos. Quando uma pessoa desenvolve gastrite, seu estômago é povoado com bactérias más, ocasionando déficit de bactérias boas. Ao ingerir a biomassa, os lactobacilos permanecem vivos, auxiliando na recuperação do tecido, como explica a nutricionista Fernanda Granja. 

Para preparar a biomassa de banana verde, lave as bananas verdes, coloque-as com casca dentro de uma panela de pressão, cubra-as com água e cozinhe por 20 minutos ao todo, sendo que oito deles serão no fogo e os restantes apenas na pressão. Não force o escape da pressão! Terminando de cozer, aos poucos, tire a casca da poupa, que deve ser passada imediatamente no processador. Você obterá uma massa espessa que, se não for consumida imediatamente, pode ser congelada em sacos plásticos ou mesmo cubinhos por até quatro meses, mas exigirá um reprocessamento. A biomassa de banana verde também é ótima aliada da digestão! 

Peixe e frango com pouca gordura

Você não precisa cortar a carne de seu cardápio por causa da gordura. Carnes de frango cozido, refogado ou grelhado; peixes não muito gordurosos, como pescada e merluza - ao forno ou grelhados - e carnes vermelhas menos gordurosas - o que inclui patinho, coxão mole e lagarto - estão liberadas, segundo a nutricionista Andréia Ceschin de Avelar. Mas nada de frituras!

Suco verde

Segundo a nutricionista Fernanda Granja, o suco de salsinha e couve é rico em clorofila, uma substância energizante e cheia de zinco e antioxidantes, itens necessários para a recuperação do estômago, além de vitamina C e magnésio. Para o preparo, bata os ingredientes verdes com suco de uma fruta, água e linhaça germinada. Para germinar a linhaça, basta colocar uma colher de sopa em um copo com água. Depois de quatro horas, a semente estará pronta para ser adicionada no suco verde.

Legumes ou verduras refogadas

Consuma legumes e verduras - tanto no almoço quanto no jantar - mas lembre-se de refogá-los, já que folhas muito duras podem incomodar as paredes de seu estômago. Por isso, a nutricionista Andréia Ceschin de Avelar aconselha que o consumo in natura de verduras como repolho, couve crua, escarola, alface e agrião seja evitado, pelo menos no começo.  

Caldo de feijão

A nutricionista Andréia Ceschin de Avelar conta que, embora o grão do feijão deva ser evitado por causa da fermentação que provoca, o seu caldo pode ser aproveitado. Além de ele ser facilmente digerido, você pode aproveitar os nutrientes que o feijão oferece e ainda matar a vontade, já que o gosto do caldo não se modifica quando separado do grão. Sopas de legumes e canjas também estão liberadas. 

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/alimentacao

Boldo é aliado do fígado e da digestão



Boldo é um arbusto da região central do Chile e Peru. As folhas do arbusto do boldo têm uma longa história de uso na medicina popular. Podendo ser consumido na forma de chá para uma variedade de fins de promoção da saúde. Tal como acontece com qualquer produto à base de plantas, no entanto, é importante ter cautela e orientação de um especialista.

Tipos de boldo

Várias pessoas acreditam erroneamente que têm no quintal o boldo-do-chile (Peumus boldus), entretanto, essa planta é raríssima no Brasil. O que acontece é que em nosso país outras plantas também são chamadas de boldo, principalmente o boldo-da-terra (Coleus barbatus ou Plectranthus barbatus) e o boldo-baiano (Vernonia condensata). Também existe o boldo-português (ou boldo-miúdo) e o boldo chinês, raros no Brasil. O boldo do chile é o mais conhecido, mas o boldo baiano é o mais seguro.

Boldo-do-chile (Peumus boldus)


Planta originária do Chile, é considerada uma árvore, pois quando adulta atinge de 12 a 15 metros de altura. Apresenta propriedades estomacais, diuréticas e hepáticas.


Efeitos colaterais: pode ser abortivo e provocar hemorragias internas. Deve ser usado com cautela. Quando usado por longos períodos, pode causar irritação gástrica. No Brasil, é possível encontrar o boldo-do-chile, um produto importado, em farmácias.



Boldo-da-terra (Coleus barbatus ou Plectranthus barbatus)



Arbusto originário da África, atinge de 1 a 2 metros de altura, apresenta folhas aveludadas e produz flores azuladas. Indicado como analgésico, estimulante da digestão e combate azias.


Efeitos colaterais: Quando usado por longos períodos, pode causar irritação gástrica.

Boldo-baiano (Vernonia condensata)


Arbusto também originário da África, chega a alcançar de 2 a 5 metros de altura. Apresenta efeito carminativo e alivia os sintomas de úlcera e gastrite.


Efeitos colaterais: ainda não foram verificados.

Nutrientes do boldo

O boldo conta com lactona, uma substância de gosto amargo e muito eficaz na digestão de gorduras. As folhas do Boldo contêm numerosos fitoquímicos, incluindo boldina, cânfora, limoneno, beta-pineno e cumarina (uma lactona). Os fitoquímicos são compostos antioxidantes potentes encontrados naturalmente em plantas, que ajudam a prevenir e tratar doenças em humanos.


Além disso, as folhas do boldo têm efeito diurético, laxante, antibióticos e anti-inflamatório, mas o mecanismo de ação exato de boldo é desconhecido. O boldo ainda apresenta uma substância denominada ascaridol que é um vermífugo natural. No entanto, é uma substância tóxica quando consumido durante um período prolongado.

Benefícios do boldo

Ajuda na digestão: A boldina, um alcalóide presente no boldo, é conhecida por apresentar propriedades que estimulam o fluxo de bile pelo fígado. A bile tem um papel importante na digestão e absorção de gorduras porque os ácidos biliares contidos na nela ajudam a reduzir as partículas de gordura nos alimentos em muitas partículas diminutas, cujas superfícies são atacadas pelas lipases. Além disso, a bile também serve como meio de excreção de diversos produtos do sangue.


Bom em casos de ressaca: O boldo possui boldina que é hepatoprotetora, desintoxica e ajuda a estimular o fluxo de bile. Ou seja, protege as células do fígado que estão sobrecarregas após o excesso de bebida alcoólica.


Aliado do fígado: O boldo bom para a saúde do fígado devido a sua capacidade de estimular a produção de bile e ser hepatoprotetor.


Reduz os gases: O boldo ajuda a reduzir os gases porque facilita o processo de digestão, diminuindo a quantidade de resíduos alimentares não digeridos para o intestino que seriam fermentados pelas bactérias.


Diminui a prisão de ventre: O boldo é usado como um laxante suave. Contudo, deve ser consumido com moderação, pois em grandes quantidades e por longos períodos, pode causar irritação gástrica.


Ação diurética: As substancias toxicas absorvidas pelo intestino chegam ao fígado pela via linfática. No fígado são metabolizadas e neutralizadas, sendo posteriormente eliminadas. Estudos têm demonstrado que boldo pode ajudar a facilitar a remoção de resíduos e toxinas do fígado antes que eles sejam acumulados, protegendo desta forma as células do fígado.


Bom para a imunidade: O boldo possui ação antimicrobiana que ajuda o sistema imunológico a eliminar agentes infecciosos no corpo.

Quantidade recomendada

Estudos sugerem uma dose de 2,5 g de folhas secas de boldo por dia. Isso equivale a 3 colheres de chá diluídas em 3 xícaras.

Como consumir

A maneira correta de ingerir o boldo é na forma de chá. Despeje 1 xícara de água fervente sobre uma colher de chá de folhas secas.

Cuidados ao consumir


Ao ingerir o chá de boldo, não o consuma em excesso e nem por um período de tempo prolongado. Gestantes não podem ingerir o boldo devido aos seus efeitos abortivos.

Riscos do consumo em excesso

O consumo em excesso pode causar irritação gástrica.



Fonte:

http://www.minhavida.com.br/alimentacao

Oito vacinas que os adultos precisam tomar


Na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp. 

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.



Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano

A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração. 

A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano. 

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado. 

Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola

Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem. 

Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas. 

Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento. 

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente. 

Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.  

Vacina contra a hepatite B

A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon. 

De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença. 

Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares. 

Pneumo 23 - Pneumonia

O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon. 

A pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação. 

Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.

Vacina contra a febre amarela

A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista. 

Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. 

Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon. 

Vacina contra o influenza (gripe)

A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz o especialista. "Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam." 

A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. "Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon.

HPV

A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele. 

Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. "A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda", afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica. 

A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. "O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles", explica o ginecologista Amadeu.  

Vacina para Herpes Zóster

Herpes zoster é uma infecção viral que provoca vesículas na pele e geralmente é acompanhada de dor intensa. É causado pelo vírus varicela-zoster - o mesmo agente da catapora - e acomete pessoas que tiveram catapora em algum momento da vida e ficaram com vírus latente (adormecido) em gânglios do corpo. Anos mais tarde, esse vírus pode reativar na forma de herpes zóster.

Embora não seja uma condição de risco de vida, o herpes zóster pode ser muito doloroso. Um estudo realizado no Brasil revelou que aproximadamente 95% dos adultos já foram expostos ao vírus do herpes zóster. Como o vírus fica latente durante muitos anos, a doença é mais comum em idosos e pessoas acima dos 50 anos. 

A vacina é administrada em esquema de dose única, via subcutânea, preferencialmente no braço. "A vacina é indicada para pessoas a partir de 50 anos de idade na prevenção não só da doença, mas também da neuralgia pós-herpética", afirma Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). A neuralgia pós-herpética se caracteriza por uma dor e queimação no local em que o herpes zóster ocorreu, sendo a complicação mais comum da doença. De acordo com Renato, a vacina também ajuda na redução da dor aguda e crônica associada ao Zóster.

A vacina ainda não é distribuída em postos de saúde. Se você tem mais de 50 anos e já foi exposto ao vírus da varicela, converse com seu médico ou médica para entender a necessidade de se vacinar para herpes zóster.


Fonte:
http://www.minhavida.com.br/saude