terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

É possível reverter o diabetes tipo 2 com dieta?


"Somos o que comemos". Com certeza você já ouviu esta frase muitas vezes. E com relação ao diabetes, é dessa forma que a história começa.
O diabetes tipo 2, o tipo mais comum do adulto, é uma doença de causa multifatorial. Ela apresenta um fundo genético - sua história familiar -, mas seu desenvolvimento depende de um ambiente propício: sedentarismo e ganho acentuado de peso associado à resistência à insulina. O aumento de peso com a concentração de gordura na região abdominal está especialmente ligado ao desenvolvimento de alterações de glicose e consequentemente do diabetes.
Diante de toda uma preocupação com o ganho de peso, e sabendo que existe uma relação direta entre este excesso de peso e o desenvolvimento do diabetes, muitas dietas tem sido divulgadas nos últimos meses e anos com o objetivo de controlar e até de reverter a doença. E é aí que precisamos ter cuidado com o que ouvimos e fazemos.
Antes, é importante entender que uma vez que a pessoa é diabética, ela deverá ter os cuidados de um diabético para o resto da vida, mesmo que seus níveis de açúcar sejam normais na corrente sanguínea.
Tecnicamente, pela ótica da medicina, o diabetes não tem cura. Se a pessoa desenvolve a doença devido ao aumento de peso e ela emagrece, os níveis de açúcar se normalizam, e isto muitas vezes é visto como cura. Mas o que acontece, na verdade, é um bom controle da doença. No entanto, caso a pessoa volte a ganhar peso, muito provavelmente o diabetes tornará a aparecer nos exames de sangue.
As dietas muito restritivas, como as que orientam uma redução importante de calorias, chegando a um consumo mínimo de 500 ou 600 kcal por dia devem ser vistas com muito cuidado para os pacientes diabéticos, assim como programas de jejum intermitentes ou de perda muito rápida de peso. Nestes casos, o corpo passa a utilizar a gordura estocada nas células adiposas como fonte de energia, produzindo os corpos cetônicos, que em excesso, podem causar um desequilíbrio nos elementos da corrente sanguínea, como sódio, potássio e água. Nos casos em que os corpos cetônicos se tornam muito altos no organismo, o quadro de cetoacidose pode ocorrer, o que é especialmente muito grave nos diabéticos.

Como perder peso

Mesmo que em uma pessoa com diabetes tipo 2 seja necessário perder peso, é preciso que esta perda seja por modificações dos hábitos de vida e da dieta, trocando carboidratos simples por integrais, reduzindo progressivamente as porções dos alimentos e aumentando a atividade física. A Associação Americana de Diabetes e a Sociedade Brasileira de Diabetes indicam a educação alimentar como o melhor meio para o controle de peso dos diabéticos. Isso significa ter uma contagem de calorias, quantidade suficiente de alimentos, qualidade das escolhas, harmonia e equilíbrio dos nutrientes.

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/alimentacao

Vacina contra dengue do Butantan inicia última fase de testes

A vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan inicia, nesta segunda-feira (22), a fase 3 de testes clínicos. Esta é a última etapa antes que a vacina possa ser submetida à avaliação da Anvisa para registro.
Esta fase deve começar com a vacinação de 1,2 mil voluntários pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). A instituição é uma das 14 credenciadas para a realização dos testes clínicos no país. Ao todo, 17 mil voluntários de todo o Brasil devem receber a imunização.
Nesta segunda, ao menos três voluntários já recebem o produto no HC-FMUSP. Todos os participantes devem ser acompanhados por cinco anos para verificar a eficácia e a duração da proteção da vacina contra o vírus da dengue.
A ideia da vacina pentavalente é colocar o vírus da zika em um a espécie de "invólucro" do vírus da dengue e acrescentar à vacina já existente da dengue, mas a pesquisa ainda está em estágio bastante inicial.
Segundo o secretário de saúde do estado de São Paulo, David Uip, não faltarão verbas para estudos que levem ao desenvolvimento da vacina pentavalente, bem como de outros trabalhos correlatos, como os anticorpos monoclonais como tratamento da zika.
Ao todo, o governo federal anunciou que pretende investir R$ 300 milhões durante os próximos cinco anos na fase final de desenvolvimento da vacina de dengue. Um terço da verba sairá do orçamento Ministério da Saúde -- acordo que foi assinado nesta segunda.
Os outros dois terços, que ainda estão sendo negociados, podem sair do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Investimento em soro contra zika
Outros R$ 8,5 milhões foram anunciados pela presidente para financiar o desenvolvimento do soro contra zika, destinado a grávidas já infectadas pelo vírus.
Segundo o médico imunologista Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan, o desenvolvimento do soro pode ser mais rápido que o da vacina. A diferença entre a vacina e o soro é que, enquanto a vacina estimula o organismo a desenvolver anticorpos contra o vírus, o soro tem a função de neutralizar o vírus já presente no organismo da pessoa infectada. Ou seja, ele já contém os anticorpos prontos para atacar o vírus.
Kalil observa que o modo de desenvolvimento do soro anti-zika deve ser parecido com o que se usa para produzir o soro contra raiva. “Primeiro é preciso cultivar o vírus em células e inativar esse vírus. Depois, ele é usado para imunizar um cavalo, como se estivesse fazendo uma vacina no animal, que passa a produzir anticorpos contra o vírus. Em seguida, pego o plasma do sangue do cavalo com os anticorpos, trago para a fábrica e purifico para selecionar só aqueles específicos contra o vírus.”
A vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan inicia, nesta segunda-feira (22), a fase 3 de testes clínicos. Esta é a última etapa antes que a vacina possa ser submetida à avaliação da Anvisa para registro.
Esta fase deve começar com a vacinação de 1,2 mil voluntários pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). A instituição é uma das 14 credenciadas para a realização dos testes clínicos no país. Ao todo, 17 mil voluntários de todo o Brasil devem receber a imunização.
Nesta segunda, ao menos três voluntários já recebem o produto no HC-FMUSP. Todos os participantes devem ser acompanhados por cinco anos para verificar a eficácia e a duração da proteção da vacina contra o vírus da dengue.
A presidente Dilma Rousseff participou de uma solenidade no início da tarde desta segunda com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para formalizar o repasse de R$ 100 milhões para os testes da fase 3.
Dilma reforçou a preocupação do governo com o vírus da zika, além da dengue. "O desafio é chegar à vacina contra o vírus da zika. Um dos caminhos é esse, de transformar a vacina da dengue de tetravalente em pentavalente, que cobriria também o da zika, ou desenvolver uma exclusiva para esse fim", observou.
A ideia da vacina pentavalente é colocar o vírus da zika em um a espécie de "invólucro" do vírus da dengue e acrescentar à vacina já existente da dengue, mas a pesquisa ainda está em estágio bastante inicial.
Ao todo, o governo federal anunciou que pretende investir R$ 300 milhões durante os próximos cinco anos na fase final de desenvolvimento da vacina de dengue. Um terço da verba sairá do orçamento Ministério da Saúde -- acordo que foi assinado nesta segunda.Segundo o secretário de saúde do estado de São Paulo, David Uip, não faltarão verbas para estudos que levem ao desenvolvimento da vacina pentavalente, bem como de outros trabalhos correlatos, como os anticorpos monoclonais como tratamento da zika.
Os outros dois terços, que ainda estão sendo negociados, podem sair do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Segundo o médico imunologista Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan, o desenvolvimento do soro pode ser mais rápido que o da vacina. A diferença entre a vacina e o soro é que, enquanto a vacina estimula o organismo a desenvolver anticorpos contra o vírus, o soro tem a função de neutralizar o vírus já presente no organismo da pessoa infectada. Ou seja, ele já contém os anticorpos prontos para atacar o vírus.
Investimento em soro contra zika

Outros R$ 8,5 milhões foram anunciados pela presidente para financiar o desenvolvimento do soro contra zika, destinado a grávidas já infectadas pelo vírus.
Kalil observa que o modo de desenvolvimento do soro anti-zika deve ser parecido com o que se usa para produzir o soro contra raiva. “Primeiro é preciso cultivar o vírus em células e inativar esse vírus. Depois, ele é usado para imunizar um cavalo, como se estivesse fazendo uma vacina no animal, que passa a produzir anticorpos contra o vírus. Em seguida, pego o plasma do sangue do cavalo com os anticorpos, trago para a fábrica e purifico para selecionar só aqueles específicos contra o vírus.”
A pesquisa da vacina contra dengue é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). A vacina é feita com os próprios vírus da dengue, que foram modificados para que a pessoa desenvolva anticorpos contra os quatro sorotipos da dengue sem desenvolver os sintomas relacionados a eles.
Os testes têm mostrado que bastará uma dose para que a vacina seja eficaz. Trata-se da vacina brasileira contra dengue em fase mais avançada de desenvolvimento.
Fases da pesquisa
Nesta etapa de testes, dois terços dos voluntários receberão a vacina e um terço receberá placebo. O objetivo é verificar, depois de um período, se o grupo que foi vacinado teve uma redução considerável de casos de dengue em comparação ao grupo de controle. Isso permitirá verificar a eficácia da vacina.
Segundo estimativa do Instituto Butantan, todos os 17 mil voluntários devem ser vacinados em até um ano. A instituição acredita ser possível que a vacina esteja disponível para registro até 2018.
Ampolas da vacina contra dengue desenvolvida pelo Butantan (Foto: Camilla Carvalho/Instituto Butantan)

Até agora, 900 pessoas já receberam a vacina nas fases anteriores de testes clínicos: 600 pessoas na fase 1 e 300 na fase 2. Esses testes permitiram concluir que a vacina é segura e é capaz de induzir no organismo a produção de anticorpos contra os quatro vírus da dengue.
Voluntários
Podem ser voluntários pessoas saudáveis, que tiveram ou não dengue e que tenham de 2 a 59 anos. No estado de São Paulo - onde, além do HC-FMUSP, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo também fará os testes - já há 2 mil interessados em participar.
Os outros 12 centros no Brasil que também realizarão os testes ainda não divulgaram o cronograma de vacinação. Eles ficam em Manaus (AM), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Aracaju (SE), Recife (PE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG), São José do Rio Preto (SP) e Porto Alegre (RS).
Fonte:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia