quinta-feira, 10 de março de 2016

Sinusite pode ser causada por problemas dentários?


Para explicar esta questão é preciso entender um pouco sobre a anatomia da região. Existe um contato muito próximo entre os dentes e os seios da face. Os dentes superiores apoiam-se em um osso chamado osso maxilar. Logo acima das raízes dos dentes, fica uma porção do osso maxilar chamada de seio maxilar. O seio maxilar é uma cavidade aerada dentro do próprio osso maxilar, revestida por uma camada de células dita mucosa, que é a mesma cobertura que existe no interior do nariz.
O seio maxilar é como uma extensão da cavidade nasal, produz muco que serve para limpeza da cavidade. Este muco carrega bactérias e partículas nocivas, e deve ser eliminado por meio de uma comunicação para dentro do nariz. Se houver uma comunicação entre as raízes dos dentes e o seio maxilar, o conteúdo da cavidade oral, rico em bactérias e restos de alimentos, pode entrar no seio maxilar, o que leva a uma inflamação da mucosa do seio, que caracteriza uma sinusite de origem dentária (ou odontogênica). A presença de raízes dos dentes no interior do seio maxilar já pode criar um trajeto para contaminação do seio. Esse processo se agrava quando há infecção nos tecidos próximos, por exemplo gengivite e periodontite, ou mesmo nas raízes dos dentes (periodontite apical).
A inflamação crônica pode levar à retração dos tecidos, como gengiva, próximos à raiz dos dentes, formando uma comunicação entre a boca e cavidade nasal chamada de fístula. A fístula passa a ser um trajeto maior por onde passa conteúdo oral para dentro da cavidade nasal, perpetuando a sinusite. Os dentes que mais causam sinusite odontogênica são os posteriores, ditos molares.
A dentição por si só não é responsável por sinusites. Mesmo que a raiz dentária esteja em contato com o seio maxilar, se os dentes estiverem em bom estado e as raízes saudáveis, nada acontece. A sinusite odontogência ocorre quando os dentes se encontram em mau estado de higiene. Em geral também estão presentes a gengivite, inflamação da gengiva ao redor do dente, e periodontite, inflamação de outras estruturas próximas ao dente, como pequenos ligamentos. Esta inflamação leva à maior presença de bactérias próximas à raiz dentária, que se propagam para dentro dos seios maxilares.
Procedimentos dentários como a extração de um dente, ou que manipulem a raiz do dente ou tecidos próximos podem também desencadear um quadro de sinusite.

Tratamentos

Para todos os casos, a higiene dental é fundamental.
Os procedimentos serão direcionados aos problemas dentários, como limpeza, remoção de cáries e tratamento de canal dentário. Pode ser necessário até mesmo remoção de um dente muito comprometido. A extração dentária pode levar a uma fístula oro-nasal, e se ela persistir precisará ser fechada.
Quando a sinusite se torna crônica, ou seja, dura mais de três meses, pode ser necessária uma cirurgia por via nasal, para remoção de secreções acumuladas. Bloqueios e espessamentos da mucosa nasal, vistos por tomografia, são indicativos de provável necessidade de cirurgia para restabelecer a função do seio maxilar.

Prevenção

A melhor prevenção sem dúvida é a higiene bucal. A avaliação com um profissional otorrinolaringologista pode esclarecer possíveis causas e apontar para a hipótese de origem dentária. O próximo passo será um exame odontológico, avaliando possíveis focos de infecção e a qualidade dos dentes.

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/saude

Exercício excessivo faz mal ao coração? Conheça os perigos do overtraining


O coração de atleta é um termo usado em cardiologia para descrever de forma abrangente todas as modificações na forma e funcionamento do coração de atletas bem treinados. 
 Quando uma pessoa é submetida a qualquer atividade repetitiva acontecem duas coisas: desgaste e adaptação. O desgaste pode ser observado mais facilmente por dores articulares em joelhos de corredores ou cotovelos de tenistas e golfistas. Isso pode ser prevenido evitando abusos e utilizando proteção adequada dos membros. A adaptação é mais facilmente observada na hipertrofia muscular em halterofilistas e no rearranjo das traves fibrosas ósseas para suportar melhor impacto durante o crescimento. 
O coração, como o músculo que é, também sofre adaptação quando é submetido a estresse repetido. 
As mudanças mais comuns são:
 - Redução da frequência cardíaca: sinais de que o sistema nervoso autônomo parassimpático já se acostumou com a sobrecarga de adrenalina e aprendeu a balancear a frequência do coração e seus efeitos deletérios;Hipertrofia do miocárdio: o músculo aumenta sua massa para melhorar a performance e se adaptar ao alto fluxo durante o esporte;Sopros: podem ser causados pela hipertrofia, mais raramente, ou pelo fluxo aumentado. Devem ser avaliados com cuidado, pois sua presença pode não ser benigna;Arritmias cardíacas: aqui a adaptação já começa a se tornar desgaste. O coração sob estresse intenso pode não tolerar mais o esforço e criar batimentos prematuros ou arritmias mais graves. Esses devem ser sinais de alerta para o descondicionamento ou investigação adicional.
A preocupação com o coração do atleta vem das características em comum entre este e uma doença grave chamada miocardiopatia hipertrófica, que é um distúrbio genético que faz com que o músculo hipertrofie mesmo sem necessidade. É uma doença relativamente comum na população geral, e os portadores desta apresentam alto risco de morte se submetidos à atividade física extenuante. Acredita-se que a maioria dos atletas que morrem subitamente durante a atividade física tem alguma doença genética (como miocardiopatia hipertrófica ou síndrome do QT longo), que talvez pudesse ter sido identificada em exames de rotina, como ECG ou ecocardiograma. 
É possível (e necessário) afastar a doença cardíaca antes de começar a praticar atividades de alta performance. A consulta médica é um tempo gasto que pode poupar muito transtorno no futuro!

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/fitness

11 coisas que acontecem com o corpo da mulher na gestação

Corpo da mulher durante a gestação


1. Pele

Em 90% das gestantes surgem manchas pelo corpo. É que o hormônio melanotrófico age nas células da pigmentação e acelera a síntese de melanina. Calma, isso some em até um ano após o parto. Uma boa notícia? A oleosidade cai e a acne desaparece.

2. Olfato e paladar

O gosto e o cheiro ficam apuradíssimos. Uma hipótese é o aumento da vascularização na boca e no nariz. Outra é que se trataria de um mecanismo de defesa da mãe, antenada nas necessidades do feto.

3. Cabelos

Talvez eles nunca tenham sido tão lindos. A superprodução de estrógeno faz baixar a testosterona, hormônio que afina o fio, facilitando seu desprendimento. Desse modo, dificilmente há queda. Depois do parto, aí, sim, os fios a mais caem bruscamente.

4. Mamas

Elas podem aumentar três vezes de tamanho porque as glândulas mamárias se proliferam, há maior acúmulo de gordura e a prolactina prepara tudo para a produção de leite, que começa depois do parto. Se o bebê pesa 3 kg, consumirá 450 ml de leite por dia.

5. Coluna

Para sustentar o peso extra, o eixo de equilíbrio se desloca e as grávidas mudam a postura naturalmente. A partir do terceiro trimestre, há uma acentuação da lordose. Os ombros são jogados para trás e as pernas ficam mais afastadas.

6. Estrias
Quando o volume de gordura sob a pele aumenta demais, as fibras da derme distendem e podem se romper. Para recuperar a lesão, vasos sanguíneos se formam. Daí as manchas vermelhas que vão cicatrizando e embranquecem.

7. Fluxo sanguíneo

O volume de sangue pode aumentar até 50%, passando de 4,5 para 6,7 litros. É um esforço hercúleo para se adaptar às novas condições e o coração bate mais rápido.

8. Útero

Aqui os números impressionam mesmo: o volume do órgão passa de 90 para 1 000 cm3 perto do parto. E seu peso original aumenta cerca de 20 vezes. A quantidade de tecido se multiplica, deixando a região bem molinha para acomodar o embrião.

9. Sistema digestivo

As paredes do intestino, estômago e bexiga amolecem por causa da progesterona. Isso favorece o acúmulo de líquidos nos tecidos.
Estômago - A pressão do útero sobre o órgão faz com que ele fique comprimido, dificultando a digestão. Ela também é retardada pela secreção de hormônios que causam o enjoo.
Intestino - A retenção hídrica atrasa a passagem do alimento por esse órgão, levando à prisão de ventre.
Bexiga - Mais apertada, explica por que as grávidas fazem xixi com frequência. Sem contar que os rins fabricam mais urina para filtrar o volume extra de sangue.

10. Varizes

A culpa é da progesterona e do estrógeno, que relaxam as paredes das veias e aumentam o risco de dilatação. Quando os vasos se dilatam, suas válvulas ficam abertas e o sangue tende a ficar estancado.

11. Inchaço
A progesterona facilita a retenção de água, enquanto o crescimento uterino comprime a veia cava, no lado direito do corpo. A circulação desacelera e o sangue se acumula nas pernas, pés e tornozelos.
     
Os hormônios da gravidez 
Estrógeno
Produzido nos ovários e na placenta, é o responsável pelas características femininas.
Progesterona
Produzida nos ovários e na placenta, prepara o útero para receber o embrião.
Gonodotrofina coriônica (HCG)
Oriunda da placenta, estimula a progesterona e o estrógeno.
Melanotrófico
Aumenta a pigmentação de partes do corpo.
Prolactina
Estimula o leite.
Ocitocina
Contrai o útero para a expulsão do bebê na hora do parto e provoca a ejeção do leite na sequência.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

Enxaqueca: soluções naturais para acabar com a doença

Enxaqueca e dor de cabeça


Se você costuma sentir fortes dores de cabeça. pode ser sinal de enxaqueca. Mas saiba que essa crise pode ser amenizada com simples soluções naturais, como mexer na dieta, beber um chá quentinho e até pedir uma massagem.

A dor vira enxaqueca quando...

  • A crise dura de 4 a 72 horas
  • A cabeça lateja
  • Dá náuseas
  • Aumenta a sensibilidade à luz ou sons
  • Piora com movimentos bruscos

1. Acorde sempre no mesmo horário

Mudanças na rotina de despertar são um gatilho para a dor: levantar-se mais cedo ou mais tarde do que o normal causa enxaqueca em 7 a cada 10 pessoas.

Dê um basta: Não importa se é dia de semana, sábado ou domingo - ajuste o despertador para tocar sempre no mesmo horário. A rotina diminui os riscos de você ter tanto enxaqueca quanto dor de cabeça de origem muscular.

2. Não corte todo o café

A culpa não é do café em si, mas de mudanças bruscas no consumo. Segundo um estudo com 50 mil pacientes, quem bebe cinco xícaras e quem ingere só uma têm quase o mesmo risco de sofrer de enxaqueca.

Dê um basta: Diminua a quantidade de café aos poucos, cortando uma xícara por semana. Quando chegar ao mínimo possível, mantenha o consumo - até nas férias.

3. Escreva um blog

Medo, raiva, culpa, irritação - junte todos esses ingredientes e está feita a fórmula de uma das maiores causadoras de enxaqueca: as emoções negativas.

Dê um basta: Converse com amigos, parentes ou um terapeuta e fale sobre o que a aflige. Cientistas garantem que até mesmo escrever em um blog pode cortar pela metade o risco de ter uma crise de enxaqueca causada por emoções negativas.

4. Relaxe mais durante a semana

Ter enxaqueca no meio das férias ou num fim de semana ensolarado não é boicote. Isso acontece por causa da queda brusca na taxa de hormônios ligados ao estresse.

Dê um basta: Não precisa trabalhar até no domingo, basta desestressar durante a semana, evitando um "degrau" na produção de hormônios entre dias úteis e de descanso. Dedicar 20 minutos a um hobby já corta o risco pela metade.

5. Suplemento de melatonina

A nova aposta da medicina contra a enxaqueca é a melatonina, um hormônio natural que ajuda a induzir o sono. Pacientes que tomaram 3 mg dessa substância meia hora antes de dormir diminuíram as crises pela metade. Atenção: a melatonina deve ser receitada por um médico.

6. Faça uma massagem

Estudos mostram que o estresse pode provocar até sete crises de enxaqueca por mês. Ao se acalmar você diminui essas crises. Apenas 20 minutos de massagem já reduzem a produção dos hormônios que nos causam excitação emocional.

Alimentos que ajudam

Coma amêndoas
Elas possuem o mesmo efeito analgésico de duas aspirinas, pois têm salicilato, substância que reduz inflamações.Como a semente oleaginosa contém vitaminas, também acalma o sistema nervoso, diminui a tensão e aumenta a circulação sanguínea no couro cabeludo.
Consuma mais frutas e verduras
Uma xícara de frutas no café da manhã e um prato de sobremesa de verduras no almoço e no jantar afastam as crises em poucas semanas.Isso porque as vitaminas, minerais e antioxidantes presentes nesses alimentos trabalham juntos para amenizar a enxaqueca.
Beba um chazinho
Ervas como o ginseng têm o poder de aumentar os níveis de estrogênio no organismo, também conhecido como hormônio feminino. Quando a mulher está para menstruar, a baixa produção de estrogênio dilata os vasos sanguíneos, ocasionando enxaqueca.

Procure ajuda se...

- Você tem seis ou mais crises fortes de dor de cabeça num mês.
- A dor afeta sua vida pessoal ou profissional.
- A enxaqueca tem vindo cada vez mais forte ou com mais frequência.
- Tem fraqueza, dormência e problemas de visão.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude

HIV/Aids: enfim, o autoteste

Ele será vendido em farmácias e acusa o vírus por meio de um material coletado na boca. Não se acanhe: essa nova ferramenta vem somar pontos no combate à epidemia de aids.

Enfim, o autoteste


"O que os olhos não veem o coração não sente" é um provérbio que não devia ser seguido à risca em matéria de saúde. Até porque todo o corpo vai sentir mais tarde os efeitos de uma doença inicialmente silenciosa. Pense no HIV, que ataca de forma sorrateira o organismo: se escolhemos ignorar sua possível presença, as consequências serão bem mais perturbadoras que a angústia de um eventual resultado positivo. Essa é uma questão, aliás, que ultrapassa o foro pessoal. Segundo a Unaids, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para o combate à aids, aumentar o número de testes e diagnósticos é uma estratégia decisiva para vencer a epidemia, que ainda faz 35 milhões de vítimas pelo planeta.
"Acontece que, por mais que tenhamos por aqui uma boa rede de testagem, ainda existe muita gente que não faz o exame por tabu ou por medo da resposta", argumenta o infectologista Ricardo Vasconcelos, do Hospital das Clínicas de São Paulo. E é no intuito de derrubar essas barreiras que foi desenvolvido o autoteste para HIV, que será comercializado em farmácias no primeiro semestre deste ano. Trata-se de um exame rápido que depende de uma amostra de fluido oral.
A nova técnica permite que o sujeito compre o kit e realize o exame sozinho. Devido à privacidade e ao resultado em 20 minutos, a Organização Pan-Americana de Saúde projeta que o método irá atrair um grande número de pessoas. Algo tremendamente importante, se considerarmos que mais da metade dos infectados pelo mundo não está ciente de que carrega esse vírus capaz de desestruturar o sistema imunológico e deixar o organismo vulnerável a doenças oportunistas.

Para entender melhor por que muita gente ainda foge da testagem, cientistas da Universidade de Londres, na Inglaterra, realizaram uma revisão de estudos sobre as restrições psicológicas à realização dos exames. E constataram que, sim, o medo do desfecho positivo ainda é um dos maiores empecilhos.
É um erro fugir do diagnóstico. Felizmente, graças aos avanços terapêuticos,hoje em dia estar infectado com o HIV deixou de ser uma sentença de morte. "As pessoas não devem ter receio de se testar, porque o melhor que um soropositivo pode fazer por sua vida é descobrir o quadro precocemente e começar o tratamento", afirma Vasconcelos. O psicólogo Michael Evangeli, responsável pela revisão inglesa, concorda. "Há evidências de que menos estigma e mais conhecimento sobre o vírus resultam em um número maior de exames", conclui.

Delação premiada

O autoteste está disponível há dois anos nos Estados Unidos e já foi liberado para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele é classificado como um exame de triagem. Ou seja, o resultado positivo não é definitivo – precisa ser confirmado em um posto de saúde ou laboratório de análises clínicas. Já se der negativo, é sinal de que o HIV não está no pedaço. "O teste identifica os anticorpos, e não o vírus em si. Por isso, pode ter uma janela imunológica de até três meses", avisa o infectologista Ralcyon Teixeira, supervisor do Pronto-Socorro do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo. A tal janela imunológica é o tempo que o organismo precisa para produzir os anticorpos contra o invasor em quantidades suficientes e detectáveis pelo exame. E isso pode variar de 30 a 90 dias, de acordo com o fabricante do kit.
"Se esse período for respeitado, o autoteste é seguro", afirma a biomédica Miriam Franchini, chefe da Coordenação Geral de Laboratório do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Ah, falamos de uma técnica que se vale de fluido oral, certo? Só não se engane: o HIV não fica na saliva, portanto não é transmitido por beijos ou compartilhamento de copos e talheres. No entanto, com a nova opção nas farmácias, a boca tem tudo para virar um baita delator desse inimigo.

Como o teste é feito

Os detalhes vêm na bula de cada kit, mas há um passo a passo em comum
 
1. Coleta
Passe o coletor na mucosa entre a gengiva e a bochecha. Tanto na parte de cima como na de baixo.
2. Reação
Coloque-o dentro do tubo de ensaio contendo o líquido reagente que acompanha o kit.
3. Espera
Uma linha de controle deve aparecer, indicando que o teste está funcionando corretamente.
4. Resposta
Se depois de 20 minutos uma segunda linha aparecer, o resultado foi positivo, e deve ser confirmado.

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude