quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Como engravidar com segurança após os 35 anos?



O adiamento da gravidez é uma escolha muito comum das mulheres nos dias de hoje. É uma tendência mundial. Com isto, o número de grávidas ou mulheres tentando engravidar na faixa entre 30 e 40 anos tem aumentado nos últimos anos. Dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) indicam que, no Estado de São Paulo, o número de mães entre 35 e 39 anos aumentou 2,3% em dez anos. Em 1995, nasceram 44.891 bebês de mães nesta faixa de idade, o que representa 6,6% dos nascimentos no Estado. Em 2005, o percentual aumentou para 8,9% com 55.152 nascimentos. São muitos os fatores envolvidos na decisão de adiar a maternidade: a estabilidade profissional, a espera por um relacionamento estável, o desejo de atingir segurança financeira, ou, ainda, a incerteza sobre o desejo de ser mãe. Entretanto é importante alertar estas mulheres sobre as conseqüências desta decisão: a idade afeta a capacidade reprodutiva feminina. 

A queda na fertilidade com o avanço da idade é um fato biológico. Estima-se que a chance de gravidez por mês é de aproximadamente 20% nas mulheres abaixo de 30 anos, mas de apenas 5% nas mulheres acima dos 40. Mesmo com os tratamentos para infertilidade, como a fertilização in vitro, a fertilidade diminui e as chances de um aborto espontâneo aumentam após os 40. Há várias explicações para esse declínio de fertilidade: condições médicas, mudanças na função ovariana e alterações na liberação dos óvulos. 

A mulher de 40 anos também tem mais chances de apresentar problemas ginecológicos, como infecções pélvicas e endometriose, que podem diminuir a fertilidade. À medida em que a mulher envelhece, seus óvulos também envelhecem, tornando-se menos capazes de serem fertilizados pelos espermatozóides. A fertilização desses óvulos está associada a um risco maior de alterações genéticas. Por exemplo, alterações cromossômicas, como a Síndrome de Down, são mais comuns em crianças nascidas de mulheres mais velhas. Há um aumento contínuo no risco desses problemas cromossômicos conforme a mulher envelhece. Quando os óvulos com problemas cromossômicos são fertilizados, eles têm uma possibilidade menor de sobreviver e crescer. Por essa razão, mulheres que estão acima dos 40 têm um risco aumentado de abortos espontâneos também. 

Para prevenir a malformação fetal pelo menos seis meses antes de engravidar, é preciso iniciar a suplementação com ácido fólico, que se estende até a 14ª semana de gestação. A função do ácido fólico é prevenir defeitos de fechamento do tubo neural fetal, garantindo uma boa formação da medula espinhal e do cérebro do bebê. 

Preparação é fundamental 

Além de saber que a idade pode ser um fator determinante da fertilidade feminina, a mulher, após os 35 anos de idade, precisa adotar cuidados adicionais antes de engravidar. Os riscos de uma gravidez tardia podem ser contornados com uma preparação prévia e um pré-natal com acompanhamento adequado. Quanto mais saudável estiver a mulher, maior a chance que os nove meses transcorram com tranqüilidade. O primeiro passo desta preparação é colocar a carteira de vacinação em dia. Pelo menos três meses antes de engravidar, a mulher precisa se proteger contra rubéola, sarampo, caxumba, hepatite A e B e catapora. 

Nesta etapa de preparativos não podem faltar os testes de sorologia para hepatite B e C e HIV. Os problemas de saúde preexistentes também devem ser analisados mais de perto no caso de uma gestação tardia. Casos como os de hipotireoidismo merecem atenção especial porque são mais comuns em pessoas acima dos 35 anos e podem interferir numa gravidez. 

Mulheres portadoras de doenças crônicas, tais como pressão alta e diabetes também merecem atenção especial e aconselhamento do obstetra antes de tentar a gravidez. O ginecologista que acompanha esta mulher deve fornecer informações quanto ao curso da gravidez quando se tem hipertensão arterial ou diabetes. É importante que essas doenças estejam bem controladas antes da tentativa de engravidar. Pois, mesmo sem apresentar pressão alta e diabetes pré-existentes, essas condições se desenvolvem mais comumente em mulheres que concebem após os 35 anos. Como resultado desse risco aumentado, exames e monitoramento especiais podem ser recomendados durante a gravidez. 

O lado bom 

Geralmente, quando a maternidade acontece tardiamente, a mulher tem maior equilíbrio emocional para criar o filho. Do ponto de vista psicológico, o estresse e a depressão diminuem. A mulheres que decidem ter um bebê mais tarde, geralmente têm consciência de que precisam melhorar o seu estilo de vida para favorecer a sua própria saúde e a do bebê. Elas adotam com maior facilidade as recomendações para fazerem atividades físicas e manterem uma alimentação controlada para evitar ou controlar problemas cardíacos, diabetes, hipertensão e colesterol alto. 



Fonte:
http://www.minhavida.com.br/familia

Lesões nos joelhos atingem muitos jovens e é frequente no futebol


Articulação responsável pelos dribles, pelas mudanças de direção, o joelho é alvo frequente das mais diversas lesões, agudas, por trauma direto ou indireto, mas instantâneos e de maior energia, e crônicos, por traumas de menor intensidade, mas maior frequência. Há quem diga ser esta articulação aquela que mais frequente tem lesões traumáticas nos esportes. 
Dentro da extensa variedade de lesões, uma chama a atenção pela frequência com que ocorre, principalmente no futebol com toda exposição de mídia, e por levar a longos períodos de tratamento e recuperação: a lesão do ligamento cruzado anterior. 
Essa ocorrência atinge cada vez mais os jovens, que passaram a competir cedo e intensamente, leva a instabilidade do joelho muitas vezes incompatível com a prática esportiva, do futebol, basquete e vôlei, por exemplo, e expõe a articulação a outros danos, como a lesão de meniscos e cartilagem. 
Seu tratamento preferencial é o cirúrgico, embora o conservador, não cirúrgico, tenha espaço. Principalmente para os mais velhos e não tão ativos que aceitem mudar para uma atividade física compatível com sua condição atual. 
Operado, o paciente passa por período de "cicatrização" e recuperação por algo em torno de 6 a 8 meses. Além da integração do novo "ligamento" ao osso, o tecido implantado deve aprender sua nova função antes de ser colocado à prova, trabalho desempenhado por fisioterapeuta especializado. 
Por fim, e não menos importante, antes do retorno ao esporte, promove-se o correto balanço e recuperação muscular, repetindo em treino as condições do esporte. Estes momentos que precedem os retorno à competição também exigem acompanhamento profissional especializado. 
Os cuidados não terminam por aí. Jamais devemos esquecer a genética e a história de vida de cada um. O rompimento de ligamentos ocorre por uma conjunção de fatores, como dieta apropriada ou não, histórico esportivo, traumas anteriores e individualidades de sexo, idade, entre outras, o que torna a recidiva das lesões, e mesmo sua ocorrência no outro joelho, possível. Daí o valor do trabalho preventivo para todos. 
Os traumas que originam as lesões de ligamentos são em sua maioria de ocorrência indireta nas atividades físicas e esportivas, ou seja, consequência a entorses e torções. O comprometimento articular dependente da intensidade, duração e direção da força transmitida. 
Essa complexidade torna o exame clínico inicial fundamental para o correto diagnóstico e planejamento do tratamento, cirúrgico ou não. Embora mais frequente, a lesão do ligamento cruzado anterior pode fazer-se acompanhar por outras, como dos ligamentos colaterais e do cruzado posterior, ou mesmo não existir. Esses outros estabilizadores podem ser lesados independentemente e são tratadas de maneira diferente e apropriada para cada caso, cada ocorrência. 
Como em toda tragédia, o melhor é prevenir. E aqui não é diferente. O trabalho preventivo é fundamental, pois nunca conseguimos o 100% da cura desejada, das condições de antes da lesão. Cicatrizes, maiores ou menores, sempre restarão. 
Essa prevenção inicia-se por avaliações médico-desportiva periódicas, exame clínico apurado com ou sem exames complementares e pela compatibilidade da idade do candidato com o início de treinos e prática competitiva. Ela também passa pelo material e campo de treino e jogos adequados, e termina em uma boa educação física, na qual o praticante aprende que exercícios individuais, de fortalecimento, flexibilidade, resistência, coordenação e equilíbrio, são tão importantes quanto os técnicos que ensinam a chutar, saltar, arremessar, entre tantos. Cuide bem dos seus joelhos para ter longa vida nos esportes.  

Fonte:
http://www.minhavida.com.br/fitness